"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
É que depois andamos todos muito assustados a debater a ascensão dos populismos na Europa por os eleitores, por saturação de contorcionismo e de double standards, já não se reverem nos partidos políticos todos iguais.
E é, em primeira e última instância, do tão incompetente quanto maquiavélico Miguel Relvas, que agora tem peçonha e vai "morrer" longe, e ainda por cima teve o topete de não ser doutor coisa nenhuma, numa família política que preza, sem questionar, o doutor, o estatuto do doutor, a palavra do doutor, a opinião do doutor, o veredicto do doutor, acima de tudo e de toda e qualquer evidência. Mas isso agora também não interessa nada porque o ministro que é doutor à séria e à antiga, Poiares Maduro, vai resolver a questão em menos de um fósforo, com mais um menos remoque aos limites que o Tribunal Constitucional coloca à "liberdade de deliberação democrática".
Façam a ginástica que fizerem para a história fica que mais uma lei inconstitucional foi aprovada com os votos da maioria PSD/CDS e os votos contra de toda a oposição: PS, PCP, BE e PEV. O Relvas que aguente que já é grande.
Money for the boys é, por exemplo, candidatos autárquicos derrotados nas urnas pelo voto popular, posteriormente nomeados Governadores Civis pelo Governo. Os presidentes de Junta são eleitos, não ocupam o cargo como que por artes mágicas.
No centenário da República somos todos muito éticamente republicanos. Somos não somos?