Um bando de palermas
Que desde a sua fundação este bando de palermas já tenha dado líderes ao partido, deputados à nação, governantes, de secretários de Estado a ministros e primeiros-ministro, ao país, é esta a nossa tragédia.
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Que desde a sua fundação este bando de palermas já tenha dado líderes ao partido, deputados à nação, governantes, de secretários de Estado a ministros e primeiros-ministro, ao país, é esta a nossa tragédia.
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Depois da derrota nas legislativas que deram maioria absoluta ao PS e no dia em que o PSD soube que tinha perdido para o PS um deputado, dos dois em disputa pelo círculo da Europa, após a impugnação das eleições pelo partido de Rui Rio, os jotas laranjas inauguram um cartaz alusivo à sucessão de António Costa. Preocupações ou, como dizem os 'amaricanos', "karma's a bitch".
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No dia em que "o comunismo foi dominado e o 25 de Abril finalmente cumprido", segundo a narrativa da direita radical, por tropas que previamente juraram fidelidade à cadeia de comando e ao Presidente da República, general Costa Gomes, suspeito de simpatias pelo PCP. E no dia em que a direita radical conseguir explicar isto sem rococós e realidades alternativas vai ser um grande dia.
Depois de uma aliança com o Chaga para a governação nos Açores, o cartaz da juventude do Chaga da JSD para assinalar o 25 de Novembro. Não ter a puta da vergonha na cara é isto.
Se pessoal do PCP, ou do Bloco, fosse colocar um cartaz na porta de uma qualquer festa do PSD era provocação da extrema-esquerda ou da "esquerda radical", assim é o "direito de exprimir uma opinião" consagrado em Constituição. Alexandre Poço, deputado da Nação e recém eleito presidente da JSD no Twitter.
Um bando de palermas sem nada que fazer e a repetir chavões ocos que ouviram dizer em casa ou na "universidade de verão" da jota.
[A imagem é uma manipulação minha da original]
"a realidade tira o tapete à ideologia"
Aquele senhor que passou quase 5 anos de uma legislatura a tentar meter desempregados contra trabalhadores no activo - os direitos adquiridos, e a meter desempregados, principalmente os jovens, contra reformados e pensionistas - não descontaram para receber o que recebem, alguns deles a suportarem com as magras reformas filhos e netos no desemprego, vítimas do "ajustamento, fala agora em "maior coesão geracional". Não podemos diabolizar os reformados depois do "não podemos diabolizar o FMI" e do "não podemos diabolizar o eucalipto".
Aquele senhor que mais desigualdades e miséria provocou em 5 anos de governação reduzindo o debate à despesa do Estado e às "gorduras do Estado", gerindo o Estado na lógica de quem gere uma família, cortando a eito subsídios e comparticipações numa altura em que as pessoas mais deles precisavam diz agora que "não podemos reduzir o debate à despesa do Estado".
Aquele senhor que publicamente lamentou que durante os quase 5 anos de duração da sua legislatura a única reforma que ficou por fazer foi a da redução dos custos do trabalho lamenta agora que em Portugal só uma percentagem reduzida da população pague IRS.
Aquele senhor que durante quase 5 anos de legislatura reduziu o subsídio de desemprego - nos montantes a pagar e na sua duração temporal, e que quase eliminou o RSI, aparece agora preocupado com a necessidade de definir um "patamar mínimo para a sobrevivência".
Aquele senhor que fez a "reforma da Saúde" cortando salários, aumentando a carga horária dos profissionais, pagando o máximo a empresas de trabalho temporário para contratarem pelo mínimo e atribuindo competências a empresas privadas, Misericórdias e IPSS; aquele senhor que fez a "reforma da Educação" congelando salários e progressões nas carreiras, congelando contratações e aumentando o número de alunos por turma, reduzindo verbas no ensino público enquanto atribuía competências a colégios privados em duplicação de oferta nas áreas cobertas pelo Estado; aquele senhor cujo vice-primeiro-ministro apresentou um "Guião Para A Reforma do Estado" com meia dúzia de generalidades e banalidades em meia dúzia de folhas A4 em Times New Roman tamanho 24 diz que agora "não se discutem reformas".
"a realidade tira o tapete à ideologia"
É nos dias que correm o argumento dos argumentos invocado pela direita radical quando não tem argumento: a liberdade de expressão contra a censura e o silêncio.
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"a realidade tira o tapete à ideologia" [via]
"a realidade tira o tapete à ideologia" [via]
Ainda não foi assim há tanto tempo que Cavaco Silva presidiu uma legislatura à cegueira ideológica da direita radical no desmantelamento do Estado social em favor de obscuros interesses privados, com a realidade a tirar-lhes o tapete debaixo dos pés todos os dias e todos os dias as metas ajustadas para encaixarem na realidade que não se compadecia com ideologias, e posteriores manobras de diversão, cego pelo radicalismo ideológico, a adiar a realidade da solução governativa que tinha pela frente, com chamadas ridículas, para ser simpático, ao Palácio de Belém, desde o Corpo Nacional de Escutas à Confraria do Bacalhau. Esta meia dúzia de linhas gastas com a espinha que o personagem tem atravessada na garganta já foi demasiado tempo perdido.
[Imagem de autor desconhecido]
O homem que fundou a meias com Miguel Relvas uma empresa para sugar fundos comunitários em acções de formação para controladores de aeródromo na zona centro; o homem que sem se lembrar do salário que recebia trabalhou para uma Organização Não Governamental criada com o objectivo de sacar fundos comunitários; Pedro Passos Coelho no debate Fórum Jovem da JSD Distrital de Lisboa:
Que o actual Governo está a "empurrar o país para o passado" significa que o anterior Governo empurrou o país para o futuro;
Que o actual Governo está empenhado em reverter as reformas que o anterior Governo fez e que isso também é voltar ao passado;
Que embaratecer os custos do trabalho e ainda vir a público gabar-se de não ter sido suficiente;
Que aumentar os dias de trabalho por via da retirada de dias ao descanso;
Que desequilibrar as relações laborais em favor da rigidez patronal com a aprovação de um novo Código do Trabalho com a da UGT;
cumplicidadeQue aumentar taxas e reduzir subsídios e comparticipações;
Que afastar a justiça das populações;
Que desmantelar a Segurança Social em favor das IPSS da caridadezinha;
Que apertar o garrote orçamental à escola pública enquanto se aumentam as transferências para o ensino privado;
Que destruir o tecido empresarial do país;
Que os milhares de falências e encerramentos;
Que os milhares de desempregados e os milhares de emigrantes;
Que transformar o desemprego de factor conjuntural para factor estrutural da economia:
Ter o topete de dizer ás pessoas que tudo isto foram reformas e um grande passo em frente para levar o país para o século XXI;
Que a memória das pessoas é curta.
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Sumário: Como maquilhar as contas públicas com a ajuda da Goldman Sachs.
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Não é o líder da JSD de Braga vir a terreiro criticar Hugo Soares, Luís Montenegro e Luís Campos Ferreira por terem terem viajado para ver o campeonato europeu de futebol a convite de Joaquim Oliveira [Olivedesportos], quando o PSD critica o pagamento de viagens do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Rocha Andrade, pela Galp, com um lapidar "não podemos apregoar um caminho e os nossos representantes fazerem o contrário. Não podemos pedir explicações ao secretário de Estado dos Assuntos Fiscais que vai ao Europeu a convite da Galp e ser surpreendidos pela intimidade do líder parlamentar [Luís Montenegro] e do seu primeiro vice-presidente, Hugo Soares, com interesses empresariais. Não podemos condenar politicamente o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, quando o nosso líder parlamentar e o seu primeiro vice-presidente Hugo Soares aceitam participar em viagens de amigos, não dignificando e honrando as funções que exercem. Este caso é uma verdadeira pouca vergonha que não podemos aceitar de modo algum", não.
O que é absolutamente maravilhoso é, pelo meio da rabecada dada, Firmino Vila Verde Costa ter metido o primeiro-ministro no exílio ao barulho com um "o país espera mais do PSD e o líder do partido, Passos Coelho, não merece, pelo esforço que fez pelo país, este tipo de demonstrações", confirmando os zum-zuns que dão conta da crescente divisão dentro do partido, das margens cada vez mais apertadas para Passos Coelho, enquanto a bancada para lamentar [não é gralha] lhe vai minando o caminho.
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