"E os símbolos estão datados e até podem ser ofensivos"
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Acabamos com os brasões na Praça do Império, limpamos o passado, purificamos a nossa história e não se fala mais nisso. O colonialismo nunca existiu e a prova disso é que nem há brasões das ex-colónias na Praça do Império. A seguir a câmara de Lisboa muda o nome da Praça do Império para "Praça do Futuro Radioso No País Sem Passado" porque "Praça dos PALOP", apesar de ser muito bonito e muito in, é um topónimo à partida excluído pelos engulhos que a Guiné-Equatorial causa à "esquerda" revisionista moderna e prá frentex, que pactuou com Hosni Mubarak e Ben Ali na Internacional Socialista, e que ainda tem muito trabalhinho pela frente, a começar logo por ali - Torre de Belém, Padrão dos Descobrimentos, na [re]construção de um país inócuo, incolor e indolor, expurgado de todas as memórias que não cabem nos cânones do homem novo no país novo. Não se vê, não se lê, não se fala nisso, não existiu.
É uma chatice a cleptocracia angolana vir às compras a Lisboa, com os kuanzas esbulhados ao seu próprio povo, e dar de caras com os brasões das ex-colónias numa Praça de um Império. Não vamos chatear a máfia de José Eduardo e Isabel dos Santos com minudências da História de Portugal que o dinheirinho faz falta ao comércio da Avenida da Liberdade, sem a calçada portuguesa por causa dos stilettos heel das damas, e ainda há a Sonangol e os editoriais do Jornal de Angola e o MPLA na Internacional Socialista.
“Respondeu-me que os brasões são sinais do colonialismo e que não contasse com ele para tratar daquilo”
"Câmara de Lisboa vai acabar com brasões das ex-colónias no jardim da Praça do Império"
A câmara de Lagos, no Algarve, é que já derrubava de vez o Mercado dos Escravos. E aquela estátua do Infante D. Henrique também não está ali a fazer nada.
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Uma vez que as notícias sobre a morte do PCP eram manifestamente exageradas, vai servir para dar o golpe de misericórdia no Bloco de Esquerda e, só por isso, o PS devia aplaudir de pé a iniciativa de Rui Tavares, que joga precisamente no campo da esquerda socialista que não se revê no… PS, neste PS. Uma contradição? Não. Para quem não nasceu ontem, não tem fraca memória, ou para quem simplesmente se interessa, a peça volta à boca da cena, pela enésima, vez desde o dia 25 de Abril de 1974, sempre no campo do PS, outro PS, outros PS.
PLU [i-c] Partido do Litoral Urbano [intelectual-cosmopolita], Livre ou em Bloco, construído a partir de cima e sem implantação no terreno e no trabalho, tem os dias contados. Dediquem-se à pesca. Ou ao chinquilho.
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Foi com estas mui singelas mas profundas palavras que um colectivo de juízes condenou o administrador da Bragaparques ao pagamento de uma multa de cinco mil euros por corrupção activa para acto ilícito, por tentativa de suborno a um vereador – eleito por voto popular em eleições livres e democráticas – da Câmara de Lisboa, no valor de 200 mil euros.
Se a matemática não me falha, entre o valor do suborno e a multa a pagar vai uma diferença de 195 000 – cento e noventa e cinco mil – 195 000 euros. E ainda há quem tenha a pouca vergonha de vir dizer que em Portugal a Justiça protege os corruptos e os corruptores.