"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
The Terminator e o olhinho a piscar no meio da fuselagem. The Bionic Woman. The Thing de Matthijs van Heijningen Jr. . O cluster dos posters para filmes série B passa pela Região Autónoma da Madeira. Criação de emprego e prestígio, muito mais que qualquer zona franca.
Depois, quando os teóricos da treta vierem "ó da guarda e aqui d’el rei" com a qualidade da democracia e a credibilidade dos políticos e dos partidos e o afastamento dos cidadãos da cousa pública e que o populismo grassa e as conversas de taxista e o não-sei-quantos, lembrem-se de que a argumentação da defesa não passa pela má ou boa utilização das verbas mas pela competência do tribunal para julgar, e por o os deputados estarem a ser "julgados nestes autos sem que o Tribunal suscitasse e obtivesse o levantamento da imunidade". Assim como no futebol do Apito Dourado, onde a argumentação não foi a veracidade das escutas telefónicas mas a sua legalidade.
Quem o garante é o líder regional José Manuel Rodrigues, não o líder nacional Paulo 'Viriato' Portas, herói da luta contra a ocupação estrangeira. Continua assim a haver espaço para a "ginástica olímpica".
Os eleitores da Região Autónoma da Madeira votaram CDS nas legislativas de 2011 ou votaram José Manuel Rodrigues? Dito de outra maneira, foi José Manuel Rodrigues que conduziu o CDS a um resultado histórico em 2012 na Região Autónoma da Madeira ou foi a presença do chapéu de Paulo Portas nas ilhas durante a campanha eleitoral?
Uma só certeza, José Manuel Rodrigues leu a carta que Paulo Portas escreveu aos militantes.
[Imagem "Performance to celebrate the 69th birthday of Kim Jong-il, leader of socialist north Korea, in the capital of Pyongyang", Feb. 16, 2011, autor desconhecido]
Começar a defraudar o eleitorado menos de 24 horas depois de ser eleito. Argumentação maravilhosa, esta.
Ainda sou do tempo em que o CDS/PP se entretinha a fazer campanha com Elisa Ferreira e a ‘gamela’ de Bruxelas. Tivesse Elisa Ferreira atirado que as decisões sobre o futuro de Portugal vão ser tomadas em Bruxelas.