"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
O Jornal Polígrafo está a bloquear no Twitter todos aqueles que, educadamente, perguntam se não há verificação de factos [fact-checking] à mais recente divagação em ácidos de José Gomes Ferreira sobre uma história de Portugal alegadamente mal contada, e amplamente divulgada em todos os meios do Grupo Impresa. Por estas alturas já devem ser umas largas dezenas as contas bloqueadas.
O que é que José Gomes Ferreira sabe de Balsemão para continuar em roda livre na televisão do militante n.º 1?
Diz o Zé Gomes 'programa de governo' Ferreira na televisão do militante n.º 1 que não precisamos ver a chuva a cair para saber que choveu durante a noite, basta sair à rua de manhã e ver as poças de água, logo, se o Sócras metia torneiras de luxo no apartamento de Paris e ia às compras ao Sunset Boulevard de Los Angeles é mais do que provado que é corrupto.
Daí até ao Zé Gomes 'programa de governo' Ferreira aparecer na televisão do militante n.º 1 a dizer que estava a almoçar num restaurante e que ouviu um casal na mesa ao lado, que iam tirar todo o dinheiro do BES, que o banco estava em risco de falir, e que interrompeu o repasto para se dirigir à mesa e dizer que não senhor, que isso era tudo uma treta e que ele próprio, se tivesse poupanças assinaláveis, ia já amanhã comprar acções do GES, para no dia a seguir o GES ter dado o peido mestre, com todo o rol de desgraças e misérias que sobrou até ao dia de hoje para o contribuinte, e sem perspectivavas de tão cedo vir a acabar, para uns tempos depois o jornal do militante n.º 1 avançar que tinha uma lista de jornalistas avençados do BES, que eram pagos pelo Ricardo Salgado para só dizer bem do banco e constuir narrativas de modo a enrolar investidores e pequenos aforradores, em linguagem comum conhecidos por totós, e depois essa lista nunca mais ter aparecido até aos dias que correm, os dias em que a gente sai à rua e vê as poças de água e sabe que choveu durante a noite. É isto, não é?
Pedro Passos Coelho primeiro-ministro dava entrevistas à hora do jogo do Benfica. Pedro Passos Coelho primeiro-ministro no exílio reagenda a entrevista para o dia a seguir ao jogo do Benfica. De resto não há mais nada a assinalar, apesar do esforço dos avençados opinion makers das televisões em jurarem que o jogo à defesa, perante dois entrevistadores friendly com perguntas a roçar o imbecil, ter sido um "reformular" de discurso.
E depois disto o senhor continua como director-adjunto, com programa semanal de autor e a dar a sua douta opinião, todos os dias e a todas as horas, sobre tudo o que mexe à face do planeta. Já lá vão quase 3 anos.
No programa “Negócios da Semana” de ontem, 1 de Março de 2017, o jornalista José Gomes Ferreira, que é teu Diretor Adjunto, teve como convidados, entre outros, os ilustres Professor João Duque, académico, e Dr. Tiago Caiado Guerreiro, advogado fiscalista. As grandes notícias do dia foram: - A audição na AR dos secretários de estado, atual e antecessor, sobre uma colossal fuga de capitais do País, ao longo de anos, que não foi escrutinada pelas finanças; - A emissão, pela SIC, canal do mesmo grupo, da primeira parte de um programa sobre o Banco de Portugal e a sua imensa responsabilidade em tudo o que a economia portuguesa e os portugueses, em geral, sofrem, têm sofrido e irão continuar a sofrer por muitos anos. Apesar da relevância de qualquer destes temas, e até da sua potencial inter-relação, o programa “Negócios da Semana” escolheu como seu tema do dia a Caixa Geral de Depósitos, os SMS’s do Ministro das finanças, as opções (que são só do conhecimento de José Gomes Ferreira) da Administração Domingues que, de facto, praticamente nem esteve em funções e, prato forte, o programa de recapitalização da CGD. Não há aqui nenhum problema deontológico. O canal SIC-Notícias, e o seu Diretor Adjunto José Gomes Ferreira, tem o direito de fazer as suas escolhas editoriais. Seguramente que esta opção sistemática por fugir aos temas mais relevantes quando eles vão contra a orientação ideológica dos responsáveis nada tem a ver com a destruição do património de imagem que o canal tem vindo a sofrer, perdendo para a CMTV o lugar de canal informativo de referência no “cabo” em Portugal. Mas, se as opções ideológicas na escolha dos temas é algo que só a vocês, internamente, diz respeito, o mesmo não se passa com o conteúdo dos programas em si. E, neste caso, o programa de ontem constituiu um dos mais graves ataques que alguma vez foi feito em televisão em Portugal, ao regime democrático, à estabilidade do sector financeiro e à sustentabilidade da economia portuguesa. Poderás, Ricardo, argumentar que as opiniões do João ou do Tiago são isso mesmo: opiniões. Que têm o valor que lhe quiser dar quem os estiver a ouvir. É verdade! Mais, Ricardo, podes argumentar que o canal não é responsável, nem deve interferir, nas opiniões dos seus convidados. É verdade! Eu próprio já fui, mais que uma vez, convidado como comentador no teu canal e NUNCA fui condicionado nas minhas opiniões. E isso está correto. Mas, se isto é verdade Ricardo, o mesmo já não se aplica a José Gomes Ferreira. Ele, além de responsável e pivot do programa em questão, é TAMBÉM, e acima de tudo, teu Diretor Adjunto. Ao contrário do que acontece com a opinião dos convidados, João Duque e Tiago Caiado Guerreiro, a opinião de José Gomes Ferreira, quando veiculada pelos meios da SIC-Notícias, amarra e responsabiliza o canal (SIC-Notícias), a marca (SIC) e a empresa (IMPRESA). O argumento de que José Gomes Ferreira atua, nestes casos, como Jornalista e não como teu Diretor Adjunto não pode ser usado à exaustão. Até porque, para quem está a ver e ouvir não é possível fazer a distinção, porque o próprio também não a faz. Assim, o ataque cerrado que foi ontem feito à CGD e ao seu processo de capitalização, é uma opção editorial do canal de que és Diretor e, como tal, responsabiliza-te também a ti. Aliás o teu passado profissional e a forma exemplar como desempenhaste as tuas funções, até à atual, não permite, a ninguém, pensar o contrário: vais, também neste caso, assumir as tuas responsabilidades. A Caixa Geral de Depósitos não é um nome (CGD) ou um Banco do Regime (seja qual for o regime vigente). A CGD é o Banco de confiança de uma miríade de Portugueses, de reformados, de funcionários públicos, de emigrantes, de pequenos empresários e empresas. A CGD é o posto de trabalho de vários milhares de trabalhadores. Vários milhares de famílias, de progenitores a cargo, de crianças, dependem, direta e indiretamente, da CGD para a sua sobrevivência, para a sua dignidade enquanto seres Humanos. Mais do que tudo isso a CGD é a instituição para a qual TODOS nós Portugueses vamos ter de contribuir com os nossos impostos e os nossos esforços e sacrifícios de vida para a salvar da terrível situação financeira em que foi deixada pela soberba de gestores, pela indecência de políticos e pela incompetência do Banco de Portugal. Assim sendo, Ricardo, são do Canal as expressões ontem utilizadas pelo teu Diretor Adjunto José Gomes Ferreira, como por exemplo: “Vão roubar aos pobres”; ou “Vão enganar velhinhas”, relativamente ao processo de emissão de dívida da CGD. Mas, principalmente, é TAMBÉM do Canal SIC-Notícias a posição oficial (e definitiva, de acordo com o programa de ontem) de que a CGD não vai sobreviver e todo o capital vai ser perdido (como aconteceu no BES). Eu sei, Ricardo, que isso é o melhor que poderia acontecer a todos os que têm dívidas colossais para com a CGD e, principalmente, a todos os que defendem a sua privatização. Mas se é essa a posição oficial da SIC-Notícias então que o digam sem fingimentos. Até lá, travestir de jornalismo as opiniões veiculadas (e com a terminologia com que o foram) tem como única consequência o enfraquecimento da democracia, da sociedade livre, da solidariedade e, principalmente, da dignidade de um povo em geral (e dos trabalhadores da CGD em particular). Fiquei muito triste Ricardo. Vindo do José Gomes Ferreira, tudo bem. Tendo a tua cobertura, magoa qualquer cidadão de bem.
Um abraço,
Carlos Paz
Nota: esta carta será enviada como anexo a um conjunto de exposições sobre o tema à ERC (Comunicação Social), à CMVM (Mercados), ao BdP (Banca) e à Provedoria de Justiça.
Associar a precariedade à pobreza é uma posição ideológica. José Gomes Ferreira comenta a comunicação de Natal de António Costa, primeiro-ministro, na televisão do militante nº1 – SIC Notícias.
José Gomes Ferreira, depois de 4 anos, todos os dias e a todas as horas, a apregoar as virtudes e a bondade da austeridade como forma de incutir confiança nos investidores, chamado à televisão do militante n.º 1 - SIC Notícias - para "analisar" a aparente acalmia das bolsas depois da eleição do psicopata Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, afiança, e jura a pés juntos, que tal se deve ao gosto dos investidores pelo investimento público, e pelo subentendido nos discursos de Donald Trump em meter o FED a imprimir notas a toda a força.
A DBRS não baixou o rating do país e isso “são boas notícias para o Governo”, a menina do telejornal do Mário Crespo na televisão do militante n.º 1 – SIC Notícias, porque se isto tudo der para o torto quem arca com as culpas e as consequências é o Governo, coisa que nos idos do Governo da direita radical eram “boas notícias para o país” e, com um bocado de jeito, para toda a zona Euro.
A menina do telejornal do Mário Crespo na televisão do militante n.º 1 – SIC Notícias antes de introduzir a "análise" do Zé Programa de Governo. Que isto da DBRS não baixar o rating do Governo da Geringonça, quando antes podia baixar o rating de Portugal, é tudo concertado com os mercados, porque os os investidores precisam de dívida pública rentável, já que a alemã dá juro negativo, e porque há buéeeee fundos de pensões espalhados por esse mundo fora que vivem dos juros de países lorpas como Portugal.
Se isto não é a filha da putice em directo e em horário nobre...
Todas as semanas José Gomes Ferreira convida uma personalidade da vida portuguesa como pretexto para poder, durante 45 minutos, perorar na televisão do militante n.º 1 sobre economia, política económica, política monetária e alguma politica, política mesmo, deixando de quando em vez cair umas imbecilidades, pontuadas com um sorriso palerma como se fosse o raciocínio mais genial da televisão portuguesa. Pois bem, hoje calhou a vez a António Costa.
[Já que o Eurogrupo colocou José Gomes Ferreira como ministro das Finanças no lugar de Mário Centeno achei por bem ilustrar o post com a imagem do José Gomes Ferreira mesmo José Gomes Ferreira, o verdadeiro, o que não pode deixar de ser considerado lisongeiro para o outro, o "jornalista"]
É a expressão, o sorriso ausente e a pose superior que fazem o objecto das crónicas de José Gomes 'Programa de Governo' Ferreira e de Nuno 'Murganheira' Melo ou é antes o objecto das crónicas de José Gomes ‘'Programa de Governo' Ferreira e de Nuno 'Murganheira' Melo que faz a expressão, o sorriso ausente e a pose superior?