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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

||| As desculpas esfarrapadas de um pantomineiro

por josé simões, em 06.12.13

 

 

 

Só quem nunca teve o jantar temperado todas as noites, durante meses a fio, com as imagens que chegavam nos telejornais dos confrontos no Soweto, com a polícia do apartheid a disparar a torto e a direito sobre tudo o que respirava [e quem nunca teve pode procurar no tubo ou nos arquivos das televisões para ter uma ideia] é que engole a pantominice das «reservas [pelo] incentivo à violência».

 

E nem vale a pena recorrer a Bertolt 'lugar-comum' Brecht "do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento, mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem", blah-blah-blah, ou à 3.ª Lei de Newton, "para toda interacção, na forma de força, que um corpo A aplica sobre um corpo B, dele A irá receber uma força de mesma direcção, intensidade e sentido oposto", blah-blah-blah também, para perceber onde é que estava a origem da violência.

 

É que há coisas que têm a ver com a ética, com a igualdade, com o respeito e com a tolerância, com o humanismo, ou para o caso e para os personagens em questão, com o "humanismo cristão", sempre mui pio na primeira fila da igreja mesmo frente ao ambão.

 

[Imagem]

 

Adenda: Outra pantominice, a da "preocupação da diplomacia de Lisboa em relação à comunidade portuguesa na África do Sul" foi desmontada por Ramalho Eanes, Presidente da República, depois de receber Thabo Mbeki com honras presidenciais no Palácio de Belém, com Mandela preso e o ANC na clandestinidade, mais ponto menos vírgula, porque "uma guerra revolucionária nunca é ganha pelo poder instituído e temos de projectar o futuro de 600 mil portugueses".

 

 

 

 

 

 

|| E quem fala assim não é gago

por josé simões, em 29.07.09

 

 

 

«Até os palestinianos serem capazes de se governar e respeitar compromissos, não haverá cedências de Israel. Não é missão do Estado judeu promover a sua própria aniquilação.»

 

(Na imagem fanada no Times, Israel Founded)

 

 

 

 

Das diferenças entre Portugal e a Grã-Bretanha

por josé simões, em 03.02.08

 

“São quatro: A Grã-Bretanha é uma ilha, é uma monarquia, não tem cartão de identidade e não tem comunistas.
(…) se a Grã-Bretanha não fosse uma ilha, Napoleão tê-la-ia invadido, a república teria sido implantada e o cartão de identidade instituído. Com república e cartão de identidade, mais tarde os mais cedo teriam aparecido os comunistas”
 
In “Bilhetes de Colares, 1982 – 1998
de Alfred Barnaby Kotter aka José Cutileiro; Assírio & Alvim
 
(Foto fanada no El Pais)