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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

||| Adaptar a realidade à propaganda

por josé simões, em 26.03.15

 

 

 

Esqueceu-se foi de referir que, excluindo as migrações forçadas por alterações climáticas, guerras, regimes autoritários [por exemplo as deslocações forçadas de populações na União Soviética de Estaline] é a existência de oportunidades que propícia a migração e não medidas de pura propaganda, desgarradas e sem nexo, ainda que numa escala nacional e de reduzida migração pendular, como as do Governo a que pertence.


«"Não há desenvolvimento sem migrantes", diz secretário de Estado»

 

 

 

 

||| Isto é para rir ou para chorar?

por josé simões, em 12.03.15

 

estabelecimento prisional de évora.jpg

 

 

O Governo, por interposta pessoa José Cesário, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, está "muito preocupado" e "a acompanhar a situação" do cidadão português detido preventivamente em Díli, Timor-Leste, por suspeita do crime de branqueamento de capitais, e sem que, até ao momento, tenha sido feita qualquer acusação.


Isto é para rir ou para chorar?


[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

||| A tralha cavaquista, os alunos da "escola alemã", e a "escola alemã" ela própria

por josé simões, em 17.02.14

 

 

 

Corria o ano de 1980 e Francisco 'o pensamento político' Sá Carneiro, primeiro-ministro, e Cavaco 'nascer duas vezes' Silva, ministro das Finanças, assinam um decreto-lei a estabelecer que aos membros do Governo que «não tenham residência permanente na cidade de Lisboa ou numa área circundante de 100 quilómetros poderá ser concedida habitação por conta do Estado ou atribuído um subsídio de alojamento».

 

Decreto-lei que, 30 anos depois, havia de dar um jeitaço do caraças à tralha cavaquista, entretanto recuperada para o Governo da Nação pelo passismo [rima com passadismo], apesar da habitação própria e permanente em Lisboa, a vida custa a todos, a prestação ao banco e o IMI, e tal, mas que, assim que caiu em público, abdicou dos direitos adquiridos, pelo exemplo que vem de cima e os sacrifícios pedidos aos portugueses e a imagem e a imagem do Governo e a imagem da coligação e "por decisão pessoal minha, amanhã mesmo, e eu vou abdicar de um direito que tenho, faço-o porque entendo que devo fazê-lo", prontes.

 

E eis que chegados ao ano de 2014, e chegados os alunos da "escola alemã", que viaja de avião em económica e que acha absolutamente natural que alguém a ganhar o salário mínimo nacional vá trabalhar para 50 ou mais quilómetros de casa, sem subsídio de transporte nem subsídio de alimentação, quanto mais subsídio de residência, apesar da mulher e dos filhos que ficam lá e da casa ao banco para pagar, a mobilidade social, e tal também, e alarga o raio de acção do decreto de Francisco 'o pensamento político' Sá Carneiro, primeiro-ministro, e Cavaco 'nascer duas vezes' Silva, ministro das Finanças, de 100 para 150 kms e a comparticipação reduzida de 75% para 50%, também o exemplo que vem de cima e os sacrifícios pedidos aos portugueses e a imagem e a imagem do Governo e a imagem da coligação, decreto mesmo à medida de Agostinho 'roubaram-me a password do Twitter, who the fuck is the Ongoing?' Branquinho.

 

Não fora o caso, e o exemplo, dos alemães, os "donos da escola", e tudo isto era tudo absolutamente normal, assim é só conversa de taxista, porque a política precisa dos melhores e dos competentes e os melhores e os competentes fazem-se pagar, a cousa pública não tem nada a ver com isto e já chega de conversa populista e nas próximas eleições a abstenção vai ser outra vez recorde e "será sempre a subir até ao cimo de ti", como na canção da ex-deputada do CDS e ex-pivot de um telejornal que apresentava com um megafone de vender cuecas nas feiras, "e leva mais este par de meias e estes atoalhados e os turcos para a casa de banho".

 

Até um dia.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

 

 

|| A "linha vermelha" que o Governo não pode passar

por josé simões, em 27.10.13

 

 

 

Trabalhar vinte e quatro dias consecutivos, sem folgar, até cerca de dez horas por dia, pagando menos de metade do acordado e menos do que o salário mínimo em vigor, em Espanha, França, Alemanha, Holanda, e Inglaterra não, que é trabalho escravo. Diz o Governo da criação de emprego a 300 euros por mês, 8 dias por semana, feriados incluídos, sem subsídio de alimentação e de transporte, apalavrado e sem contrato de trabalho, com muita muita muita sorte a cargo de empresas de trabalho temporário, e que aconselhou os cidadãos a emigrar. Sobre quantas famílias dividem uma mesma casa para economizar na renda e de quantos em quantos dias tomam banho, não há registos.

 

[Imagem]