Tão ladrão é o que vai à horta como o que fica à porta, vox pop
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"A minha aventura homossexual com o General Custer", dos Xutos, podia bem ser a banda sonora da futura auto-biografia do arquitecto que identifica homossexuais no elevador pelo modo como pisam o chão e a quem, convenientemente, os mortos enquanto vivos contaram as orientações e as preferências sexuais dos vivos, ainda vivos, que dos mortos para os vivos nem a tanto a Solnado se atreve.
Que o primeiro primeiro-ministro no exílio, a quem os vivos nunca contaram que era feio mentir, que as contribuições para a Segurança Social eram obrigatórias, seja cúmplice e colaborador em tamanha filha-da-putice diz mais sobre ele próprio que sobre o livro que vai apresentar, sobrem quem o escreveu ou sobre as fantabulásticas revelações que nele constam, a quem os mortos, ainda vivos, ou vivos antes de mortos, não comunicaram serem passíveis de procedimento criminal por parte dos visados, assim como nunca lhe tenham dito contado o valor do contado auferido enquanto porteiro – de "abrir portas", numa ONG inventada para sacar fundos comunitários.
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A avó Ilda, nascida era D. Manuel II, O Desventurado, El-Rei de Portugal e falecida era Jorge Sampaio, O Saudoso, Presidente da República, e que esteve em Fátima com os pais aquando das segundas aparições e que dizia não saber o que é que toda a gente tinha visto que ela não tinha visto nada de nada além do ter dormido mal e ao relento, era mais nova que o João César das Neves e que o José António Saraiva, os dois juntos ou cada um a valer o que vale.
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Outro argumento válido, e actual, seria o de escrever que a Marta teve quase tantos namorados quantos os portugueses abrangidos pelo programa dos retornados da emigração do Governo Adjunto, a cargo do Secretário de Estado Adjunto do Ministro Adjunto, e ainda as inumeras possiblidades de tocadilhos manhosos-brejeiros-machistas com o nome da prova de vida de Pedro Lomba.
Adenda: Vou escrever uma carta ao director [old style] a contar da vez que fui com a Marta num elevador [fui mesmo, não é treta].
"uma trama policial, que começa com a descoberta de um cadáver na piscina de um condomínio de um bairro de Lisboa", e o culpado é o mordomo, que é gay não assumido e tem um poster do James Dean na parede do quarto? Só pode ser, compra livros na FNAC ao Chiado, e pelo modo como coloca os pés no chão, cruza as mãos uma sobre a outra e inclina ligeiramente a cabeça…
A haver exercício de contraditório seria mais ou menos assim:
«À minha frente, no elevador, está um homem dos seus 60 ou 65 anos. Pelo modo como me olha fixamente de certeza que é um gay não assumido, com um casamento de fachada, talvez com filhos, quiçá até netos. Um sofredor com vida dupla, que vê em mim a materialização da Canção do Engate do António Variações "E eu sou melhor que nada, lai-lai-lai". Até deixou crescer barba e pôs um ar austero para não levantar a mínima suspeita. Sessenta anos a representar… Chego por fim ao rés-do-chão e saio rapidamente para a invisibilidade da multidão que sobe o Chiado. Já em frente à Brasileira dou comigo a pensar "aquela cara não me é estranha…"»
[*] «The Gay Times Readers' Awards cited him as the male gay icon of all time» Impact on culture and media e Debated sexual orientation
[Imagem James Dean In Times Square by Dennis Stock]
Em como ficamos todos a saber que o semanário dirigido pelo ilustríssimo José António Saraiva, de cognome “Política A Sério”, só divulga gravações em segredo de justiça e fanadas n(d)os tribunais.
(Imagem “Bozo's original cast, 1961” via Chicago Tribune)