"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
O Jornal das 7 na televisão do militante n.º 1, a SIC Notícias, ao 10.º dia da campanha eleitoral para as eleições Legislativas de 2015:
A coligação a jogar em casa, a coligação no Cavaquistão. A coligação no Cavaquistão que já não é o Cavaquistão mas o Passistão, de Passos, quem o disse foi o presidente da Câmara, eufórico com a recepção do pagode na rua. A coligação no Passistão que nem chegou a ser o Passistão para ser logo o PàFistão, de PàF, onde o PSD sempre dominou mas onde o CDS sempre teve o seu nicho de mercado, quem o disse foi Paulo Portas a pôr-se em bicos dos pés para parecer ser gente. E blah-blah-blah, e blah-blah-blah, Portugal! Portugal! e tal.
"A arruada já lá vai em direcção à ultima acção de campanha do dia, um grande jantar comício, estamos em Viseu e por isso é de esperar uma grande mobilização para esta noite [...].
Numa altura em que passou a comitiva da coligação nesta arruada e há aqui várias pessoas que estão [atrapalhado] aaaaa... zangadas e que estão aaaaa... lançar alguns insultos a Pedro Passos Coelho e a Paulo Portas..." diz o repórter no terreno, no Cavaquistão-Passistão-PàFistão.
"Obrigado Pedro, vamos naturalmente estar atentos aquilo que será o desenrolar da campanha da coligação no terreno" e corta a emissão, o de Lisboa.
"A coligação está em Setúbal para o comício da noite" e a imagem é a de um jantar num pavilhão, higienizado e insonorizado, onde só se entra por convite. Um comício.
A coligação está em Setúbal para o comício da noite e o Pedro Benevides está com ela.
"Setúbal é um dos 5 mais importantes distritos do país e pode vir a decidir eleições renhidas. Por outro lado é conhecido que é também aqui neste distrito que os eleitores mais flutuam no seu sentido de voto".
Flutuam entre o PS e o PCP mas isso o Benevides, Pedro, não disse. Se calhar porque ainda não era nascido, dou de barato.
E lá foi a coligação, com o Benevides, Pedro atrás, caçar votos flutuantes a Setúbal, por convite e ao jantar.
E "vai ser assim todos os dias no jornal das 7 até às eleições legislativas, fazemos a campanha nas redes sociais, Joel, com a tua ajuda".
E o Soares, Joel, de plantão às "redes sociais" selecciona o Paulo Gorjão, aliás, o Paulo Gorjão tem lugar cativo na selecção do Soares, Joel, o Paulo Gorjão está ele próprio de plantão 24 horas por dia ao Twitter, em cima da campanha do Partido Socialista e de António Costa, sem que o Soares, Joel explique ao pagode quem é o "internauta" Paulo Gorjão, aquele que não foi convencido por António Costa.
E o Soares, Joel, de plantão às "redes sociais" ainda selecciona mais, selecciona no Twitter Michael Seufert, que é deputado do CDS, aqui o Soares, Joel gaguejou, se calhar não era para ser dito, não que o Michael Seufert "brinca com o caso", mas que é deputado do CDS. Já fica com mais currículo, público e publicado, do que o "internauta" Gorjão.
E foi só malhar no Costa todo o santo dia. O Twitter é um local tramado, para o Partido Socialista. Twitter fechado. O Soares, Joel volta amanhã.
E isto é só um exemplo assim com o pé que tinha mais à mão. E é assim todos os dias e a todas as horas em que há bloco noticioso com todos os temas e com todos os assuntos. Mesmo com sondagens marteladas mais de metade do trabalho de sapa da coligação está feito. Não é em vão que se é militante n.º 1.