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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Meter a carneirada a discutir aquilo que interessa discutir

por josé simões, em 08.03.18

 

carneirada.jpeg

 

 

Corria o ano de 2000 e o mui socialista e mui à esquerda Jorge Coelho, então ministro do Equipamento Social, renegoceia a concessão das pontes sobre o Tejo com a Lusoponte, passando para o Estado, que é como quem diz para os contribuintes, o ónus da manutenção das ditas, com o Tribunal de Contas a concluir que "As contrapartidas directas à concessionária ascendem, a preços descontados das taxas de inflação, a cerca de 180 milhões de contos (900 milhões de euros), isto é, o equivalente a uma nova travessia sobre o Tejo".

 

Ao PS interessa que se discuta se a ponte é ou não é segura, se as obras começam hoje, amanhã, ou em dia de São Nunca à Tarde sem pôr em risco os milhares que todos os dias cruzam a 25 de Abril. À direita radical, PSD e CDS, interessa  que se discuta se a ponte é ou não é segura, se as obras começam hoje, amanhã, ou em dia de São Nunca à Tarde sem pôr em risco os milhares que todos os dias cruzam a 25 de Abril, porque enquanto se fala nisso não ficam entalados entre a opinião pública e os interesses das empresas privadas que sempre defendem em prejuízo do erário público. E a isto chama-se meter a carneirada a discutir aquilo que interessa discutir.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

|| Qual é a pata direita do cavalo de D. José?

por josé simões, em 14.11.12

 

 

|| O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 22.05.12

 

 

 

A menos que seja para enriquecer o currículo e ganhar know-how que lhe permita depois desempenhar cargos de direcção numa grande empresa com negócios à sombra do chapéu-de-sol, e ao abrigo do chapéu de chuva, do Estado, "Só um indivíduo que não está bom da cabeça é que vai exercer uma função pública"

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

 

 

|| E o bacalhau quer' aaalhoooooooooooo

por josé simões, em 14.10.11

 

 

 

Cento e um anos de ética republicana. LOL

 

[*]

 

 

 

 

 

 

 

|| O maoísmo tinha, ainda tem, mel

por josé simões, em 02.07.11

 

 

 

Publicar páginas e páginas de escritos sobre o maoísmo e entrevistas a (ex)maoístas sem nunca abordar, sequer ao de leve, o maior genocída da história da humanidade, Mao Zedong himself, é obra.

 

E o que é que, ou porque é que, um (ex)maoísta, no ponto mais ocidental da Europa, tem a ver, ou tem de carregar, com os milhões de perseguidos e outros tantos milhões de mortos às mãos de Mao e do Partido Comunista Chinês? O mesmo que um (ex)comunista, no mesmo ponto mais ocidental da Europa, tem a ver com os crimes de Estaline, o que não é impeditivo para que o tema esteja sempre em cima da mesa de trabalho, não é?

 

Revisionistas eram, são, os outros.

 

 

 

 

 

 

|| O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 19.05.10

 

 

 

 

"Se eu quisesse podia ter sido primeiro-ministro"

 

(Imagem)

 

 

 

 

Valor(es) Alternativo(s)

por josé simões, em 07.12.08

 

De Jorge Coelho não me admiro. Desde os tempos na Quadratura do Círculo em que ficámos todos a saber que conhecia toda a gente. Desde o varredor da rua até ao Papa. E que a todos tinha como pessoas íntegras e honestas. E que aproveitava a ocasião para lhes enviar um caloroso abraço…

 

Agora de Dias Loureiro. Um impoluto que anda cá por ver andar os outros. E que enriqueceu a trabalhar. E que é Conselheiro de Estado e de quem o Presidente da República não vê razões para desconfiar. Deste é que é de estranhar…

 

 

Era disto que Marinho Pinto falava?

por josé simões, em 03.04.08

 

Ao dar de caras com a notícia que Jorge Coelho vai assumir a “presidência executiva do maior grupo de construção civil de Portugal, o grupo Mota-Engil”, não consigo evitar recordar-me do programa A Quadratura do Círculo.
Das palavras de Jorge Coelho, de cada vez que se falava de quem quer que fosse; desde a personalidade mais mediática do país, ao anónimo sem-abrigo: “Fulano de tal é uma pessoa que eu conheço; Sicrano é uma pessoa de quem aliás sou amigo; de Beltrano tenho como pessoa íntegra; e a quem aliás aproveito para saudar e enviar um forte abraço”.
 
(Foto roubada ao Daily Telegraph)
 
 

Fim-de-semana

por josé simões, em 30.03.08

 

Este fim-de-semana foi assim.
 
Cães aos CírculosAlexandre Soares & Jorge Coelho
 
(Vinyl 7”)
 
 

Realidades; mais ou menos virtuais

por josé simões, em 06.03.08

 

 
Segundo o DN, António Cunha Vaz aconselhou Luís Filipe Menezesa tentar as novas tecnologias para atrair os eleitores”:
 
"Qualquer partido de oposição devia ter um 'Second Life' para mostrar aos portugueses como faria se fosse Governo."
 
António Cunha Vaz recebe dinheiro por isto! É o que se chama deitar dinheiro à rua. É que o PSD está todo ele transformado num Second Life, não desde o dia das directas que consagraram Menezes como líder; desde o dia em que Cavaco Silva "abdicou". Seria necessário um António Cunha Vaz por cada militante; mas ao contrário; para os retirar da realidade virtual, e trazê-los de volta à realidade pura e dura. Isso sim!
 
(Foto fanada ao Guardian)
 
 
 
 
  
Ainda no DN – e esta a meu ver é a mais importante – o Coelhone foi (é?) o spin doctor de Sócrates!
 
“assumiu ter sido ele o autor do anúncio pré-eleitoral da criação de 150 mil empregos, que José Sócrates utilizou como uma das bandeiras da sua campanha em 2005”
 
Conta Jorge Coelho que foi a Inglaterra assistir a duas campanhas do guru socialista Blair para uma pós-graduação em como enganar os tugas. O que ele aprendeu:
 
"Exagerar no anúncio das políticas para obter melhor cobertura mediática", "Nunca anunciar uma medida que não possa ser anunciada mais duas ou três vezes" e "abandonar uma política que seja mal recebida pela opinião pública"
 
Nada que um observador minimamente atento já não soubesse. Os primeiros dois pontos foram religiosamente seguidos por Sócrates até “ontem”; à queda do ministro da Saúde. Passámos (passaram, salvo seja) ao terceiro ponto. Afinal sempre vão haver eleições para o ano… Depois de dizer o que disse, e, segundo o DN, com um sorriso nos lábios, concluiu:
 
"A imagem dos políticos está muito degradada".
 
Amén. Digo eu.
 
(Foto fanada ao The Times)
 
 

Dão-se alvíssaras!

por josé simões, em 22.02.08

 

A quem indicar uma única (não é pedir muito!) emissão do programa A Quadratura do Círculo em que, quando se fala deste, daquele, ou daqueloutro, Jorge Coelho não tenha começado a sua intervenção com “Eu conheço bem o fulano; ou o beltrano; ou o sicrano; de quem sou um bom amigo, e desde já aproveito para lhe enviar um forte abraço”; ou “e desde já aproveito para o cumprimentar”; ou ainda “tenho-o como pessoa integra”.
 
Mas não. Foi preciso a trapalhada do Casino Lisboa, para a comunicação social descobrir que o Coelhone é amigo de toda a gente…
 
Era disto que Marinho Pinto falava?
 
(Foto via Chicago Tribune)
 
 

Abdicação de principios

por josé simões, em 30.10.06

Primeiro foi Jorge Coelho a contestar o encerramento de urgências hospitalares, “se calhar há outros sectores que mais facilmente podem ser desengordurados (…)”. Seguiu-se-lhe António Vitorino na RTP1, dizendo que o défice orçamental não pode ser alcançado através de economias na área da saúde, advertindo para a necessidade de “explicar melhor” a decisão de aumentar as taxas moderadoras; mas mais subtil que Jorge Coelho, finta o adversário e chuta a bola para canto; o Governo “tem de fazer a demonstração da conformidade constitucional” do aumento das taxas moderadoras; e aconselha o Governo a reivindicar que “um serviço universal não é incompatível com o critério de equidade com as responsabilidades de cada um”.

 

Correia de Campos, Ministro da Saúde, agradece a (in)esperada mãozinha e anuncia que vai pedir ao grupo parlamentar do PS que proceda à verificação da constitucionalidade da proposta das taxas moderadoras.

 

Isto não é mais que uma habilidade de transpor para o plano técnico, uma discussão que deveria ser do campo ideológico.

A ver: Sendo o PS um partido que se reclama da área do socialismo democrático, preocupado com a solidariedade e justiça social, ao encaminhar a questão para a possível constitucionalidade ou falta dela, liberta totalmente o acto governativo de qualquer pendor ideológico, e o que deveria ser uma questão de princípios políticos passa a ser uma mera questão tecnocrática, não diferenciando o PS de qualquer outro partido de direita e/ ou de ideologia neo-liberal.

O famoso esbatimento de fronteiras entre esquerda e direita.

 

Existe alguma diferença entre constitucionalidade e justeza de actos governativos.

Não é por ser constitucional que a medida passa a ser justa.

 

Assim, se for declarada a constitucionalidade da medida, o processo é para avançar, e a ideologia é atirada às urtigas.

 

É a versão século XXI, do Partido Socialista que já havia metido o socialismo na gaveta.