Nova Iorque 1997 / Bagdad 2007
Se dúvidas (ainda) houvessem sobre as reais intenções dos norte-americanos para o petróleo, perdão, para o Iraque; se dúvidas (ainda) houvessem sobre a capacidade da administração Bush para compreender esse vespeiro, fruto da sua criação, toda a região e todos os países circundante, elas ficaram ontem totalmente desfeitas com a notícia publicada pelo The Guardian.
Entra em funcionamento em Setembro próximo a maior embaixada do mundo. Localiza-se em Bagdad; é dos Estados Unidos. São 27 edifícios e casas dispersos por 42 hectares – uma área semelhante ao Vaticano; vai custar 438 milhões de euros.
De repente vem-me à memória um filme de John Carpenter cuja acção decorre num cenário pós-apocalíptico: Nova Iorque 1997. Manhattan é uma ilha isolada do resto do país, de onde não se pode sair, dominada por bandos e seitas que ditam a sua lei consoante zonas de influência demarcadas e divididas. Nem é necessária muita imaginação; inverta-se a situação, substituindo Manhattan pela embaixada dos EUA