"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Elon Musk, que não é só o homem mais rico do mundo mas também o imigrante mais famoso dos Estados Unidos, com contratos de milhões de dólares com agências governamentais que lhe rendem outros milhões, pergunta no Twitter/ X, de quem é dono, porque razão ninguém tenta assassinar o presidente dos Estados Unidos e a vice e candidata Kamala. Fosse um haitiano "comedor de cães a gatos" e tinha a sua conta bloqueada a a autorização de residência e dupla nacionalidade revogadas.
[Na imagem print sreen do tweet entretanto já apagado]
Independentemente do que se seguir, a lição a tirar desta desistência de Joe Biden a um segundo mandato na Casa Branca é a do triunfo da democracia. Uma lição para os que cantam loas a tiranos que se eternizam no poder mas que são "importante realidade do quadro internacional, nomeadamente pelo seu papel de resistência à 'nova ordem' imperialista, [...] países que definem como orientação e objectivo a construção duma sociedade socialista - Cuba, China, Vietname, Laos e R.D.P. da Coreia". Sim, está ali escrito República Democrática da Coreia, uma monarquia sanguinária nas mãos de um alucinado, o único gordo num país de magros, e que vê as armas como brinquedos. Sim, está ali escrito China, o pior de dois mundos - do comunismo e do capitalismo, com o poder concentrado nas mãos de um só homem como nem no tempo imperial aconteceu, nem Mao, o "grande timoneiro", ousou. Uma lição para os que justificam tiranos, agora a ocupar a cadeira outrora ocupada por outros tiranos, que nela morriam sentados em nome do povo e dos amanhãs que cantavam e que, como os tempos mudaram, não agem, reagem, "por causa da intensificação da escalada belicista dos Estados Unidos, da NATO e da União Europeia". E um desconforto, sobretudo um desconforto, para tiranos globais e para os aprendizes de tiranos de trazer por casa, com o povo a pensar que o outro, o imperialista, saiu pelo próprio pé, e estes, que ninguém sabe como e porque foram eleitos, um dia não existiam, no dia a seguir eram gente, não saem nem que os empurrem.
Independentemente do discurso alucinado do ocidente que incentiva a pedofilia, da destruição da família, do "vejam que até há casamentos entre pessoas do mesmo sexo!", e da parte que não passou nas televisões, a da Ucrânia como peão avançado contra a Rússia, pela Polónia e pelo império Austro-Húngaro no séc. XIX, não é nada de novo, já vem de trás, o que vimos foi Biden na Polónia fazer 50 metros num passadiço pelo meio dos polacos para discursar no meio dos polacos, e Putin na véspera a sair dos bastidores para discursar a 50 metros do inner circle russo, com uma grande maioria do auditório com cara de "deixa-me lá marcar presença e bater palmas que é para um destes dias lá em casa não cair da janela".
Rudolph Giuliani usa tinta do chinês, Made in China. E isto devia deixar profundamente preocupados os MAGA em geral e os QAnon em particular, muito mais que as alucinadas interferências no resultado das eleições pela globalista aliança "George Soros- Alemanha - Antifa - Cuba - media - Hugo Chávez - corporações - China".
[A imagem é do Instacoise da Mother Jones, o título do post é adaptado dos The Clash]
Entretanto a V Magazine, em colaboração com personalidades do mundo da música ao desporto, do cinema à moda e ao activismo político e social - Janaya Khan, lançou V is for Vote, uma campanha de apelo ao voto nas presidenciais norte-americanas de 3 de Novembro, e que, associado ao já declarado sentido de voto de Taylor Swift, não será muito difícil de adivinhar o objectivo.