A puta da lata!
"Os Estados Unidos não são uma democracia", é o pão nosso de cada dia nos dias que correm pelas redes sociais. A puta da lata!
[“According to the precepts of Ilyich” Soviet poster, 1980]
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"Os Estados Unidos não são uma democracia", é o pão nosso de cada dia nos dias que correm pelas redes sociais. A puta da lata!
[“According to the precepts of Ilyich” Soviet poster, 1980]
Independentemente do que se seguir, a lição a tirar desta desistência de Joe Biden a um segundo mandato na Casa Branca é a do triunfo da democracia. Uma lição para os que cantam loas a tiranos que se eternizam no poder mas que são "importante realidade do quadro internacional, nomeadamente pelo seu papel de resistência à 'nova ordem' imperialista, [...] países que definem como orientação e objectivo a construção duma sociedade socialista - Cuba, China, Vietname, Laos e R.D.P. da Coreia". Sim, está ali escrito República Democrática da Coreia, uma monarquia sanguinária nas mãos de um alucinado, o único gordo num país de magros, e que vê as armas como brinquedos. Sim, está ali escrito China, o pior de dois mundos - do comunismo e do capitalismo, com o poder concentrado nas mãos de um só homem como nem no tempo imperial aconteceu, nem Mao, o "grande timoneiro", ousou. Uma lição para os que justificam tiranos, agora a ocupar a cadeira outrora ocupada por outros tiranos, que nela morriam sentados em nome do povo e dos amanhãs que cantavam e que, como os tempos mudaram, não agem, reagem, "por causa da intensificação da escalada belicista dos Estados Unidos, da NATO e da União Europeia". E um desconforto, sobretudo um desconforto, para tiranos globais e para os aprendizes de tiranos de trazer por casa, com o povo a pensar que o outro, o imperialista, saiu pelo próprio pé, e estes, que ninguém sabe como e porque foram eleitos, um dia não existiam, no dia a seguir eram gente, não saem nem que os empurrem.
Podemos sempre argumentar "O problema não é esse. O que é a democracia? Primeiro tínhamos de discutir o que é a democracia", mas faz parte, melhor dito, nem isto se fazia.
[Imagem de autor desconhecido]
A capa da Time Magazine e a capa do The Guardian Weekly. É preciso ter pontaria.
Independentemente do discurso alucinado do ocidente que incentiva a pedofilia, da destruição da família, do "vejam que até há casamentos entre pessoas do mesmo sexo!", e da parte que não passou nas televisões, a da Ucrânia como peão avançado contra a Rússia, pela Polónia e pelo império Austro-Húngaro no séc. XIX, não é nada de novo, já vem de trás, o que vimos foi Biden na Polónia fazer 50 metros num passadiço pelo meio dos polacos para discursar no meio dos polacos, e Putin na véspera a sair dos bastidores para discursar a 50 metros do inner circle russo, com uma grande maioria do auditório com cara de "deixa-me lá marcar presença e bater palmas que é para um destes dias lá em casa não cair da janela".
[Link na imagem]
[Link na imagem]
Steal @berniesanders’ inauguration look (if our democratic socialist king subscribed to luxury fashion consumerism, of course).
Sign O' The Times, Capítulo CXXVII
Trump supporters organizing 'second inauguration' for him online Jan. 20
[Imagem]
Rudolph Giuliani usa tinta do chinês, Made in China. E isto devia deixar profundamente preocupados os MAGA em geral e os QAnon em particular, muito mais que as alucinadas interferências no resultado das eleições pela globalista aliança "George Soros- Alemanha - Antifa - Cuba - media - Hugo Chávez - corporações - China".
[A imagem é do Instacoise da Mother Jones, o título do post é adaptado dos The Clash]
A Pfizer anunciou a vacina. O desqualificado foi par o Twitter aos berros. O presidente eleito fez uma comunicação ao país.
Sign O' The Times, Capítulo XCVI
Saudades de ouvir falar um presidente norte-americano com mais vocabulário que o Sylvester Stallone em Rambo First Blood.
[Imagem]
Joe Biden has won the presidency
Sign O' The Times, Capítulo XCIII
Entretanto a V Magazine, em colaboração com personalidades do mundo da música ao desporto, do cinema à moda e ao activismo político e social - Janaya Khan, lançou V is for Vote, uma campanha de apelo ao voto nas presidenciais norte-americanas de 3 de Novembro, e que, associado ao já declarado sentido de voto de Taylor Swift, não será muito difícil de adivinhar o objectivo.