Domingo à noite na televisão do militante número um
Luís Marques Mendes, no seu espaço de comentário televisivo, a 4 de Julho de 2021.
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Luís Marques Mendes, no seu espaço de comentário televisivo, a 4 de Julho de 2021.
Joe Berardo deve 439 millhões à Caixa Geral de Depósitos, Joe Berardo deve 330 milhões ao Novo Banco, Joe Berardo deve 230 milhões ao BCP.
Joe Berardo paga 5 milhões de caução e fica em Liberdade.
Como diria o outro, "é fazer as contas".
Rui Rio, alegado líder do PSD, num evento que contou com a participação de Paulo Portas, ex-líder do CDS, das escutas que metiam um banqueiro a pagar o salário ao líder, ex-ministro que meteu o BES à força no consórcio dos submarinos, e de Cavaco Silva, o tal, aquele que para serem mais honestos que ele têm de nascer duas vezes, e que antes tinhas inventado a clique do BPN e do BPP, quer saber como foi possível um caso como o do Joe Berardo. Estas merdas não se inventam.
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Quem continua a rir é Mário Crespo que durante mais de um ano promoveu o comendador, dia sim dia não no telejornal da televisão do militante n.º 1, SIC Notícias, a vender moral, rectidão, subida na vida a pulso, e objectivos patrióticos. O idiota útil no título não é o Crespo, até porque está no plural.
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A prisão de Joe Berardo "é um dia triste para o mundo empresarial" diz o doutor sujeito que, aproveitando a experiência e o conhecimento adquirido no Estado enquanto jurista na Autoridade Tributária e Aduaneira, foi trabalhar para o privado como consultor fiscal na empresa de Caiado Guerreiro, especialista em fuga ao fisco e desviar fortunas para paraísos fiscais. Cada um com as suas preocupações.
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Se um desses quaisquer tropa fandanga responsáveis por decidir empréstimos de 3 500€ num balcão qualquer da Caixa Geral de Depósitos alegar que não se lembra do empréstimo que decidiu e que correu mal a gente até acredita, devem haver milhares de pedidos dessa ordem todos os dias, vai-se lá lembrar daquele especificamente?
Se o Governador do Banco de Portugal alega não se lembrar da autorização dada pelo banco central que governa para a entrada de Joe Berardo no capital do BCP, com um empréstimo contraído no banco do estado no valor de 350 milhões de €, mesmo que posteriormente corrija para não ter estado na reunião que o decidiu, está a mentir com quantos dentes tem na boca porque não é todos os dias em que um valor daquela ordem aparece em cima da mesa das reuniões.
E se Vítor Constâncio mentiu é porque tem/ tinha a clara noção de que o que estava a ser feito não era correcto. Tão simples quanto isto.
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[Imagem de António Cotrim/ Lusa]
Personagens como Joe Berardo, que está morto em casa há pelo menos 37 anos sem que o fisco, a vizinhança, ou a comunicação social tenham dado por isso, devem ser estimulados e incentivados a virem a terreiro dizer o que lhes vai na alma como forma de trazer os jovens de volta à política e à contestação.
Falar à geração actual (18/ 20 anos), nascida e criada com a Democracia consolidada, em «“mudar o sistema político”, nem que seja com “um novo género de ditadura» é encher as ruas de jovens, logo no dia seguinte, a levantar as pedras da calçada. Abençoado Berardo!
(Em stereo)
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Também não sou amigo de Armando Vara, nem sequer tenho por ele especial simpatia e também pertenço ao clube dos que acham bastante nebuloso o seu percurso profissional desde empregado bancário na CGD de Mogadouro a vice-presidente do BCP, mas ouvir o amigo de Pik Botha dizer “nunca fui da política”…
Joe Berardo que uma vez disse a Mário Crespo na SIC N que devia poder despedir como e quando quisesse sem haver lugar a indemnizações e que os despedidos deviam era sair agradecidos por lhes ter dado emprego durante xis tempo. Ao senhor Comendador dói pagar a quem quer que seja. Para mim ponto final.
(Imagem “Day of Ashur” de Don McCullin)