"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
A receita "chapa 5" do empresariado que, na sua grande maioria, dá emprego a trabalhadores com melhores habilitações literárias do que eles próprios. Quando em período de crise cortar nos custos através de despedimentos, quando em período de crescimento económico e expansão distribuir pelo patrão e accionista contra o risco de se ter de despedir por os custos serem incomportáveis. Como dizem os 'amaricanos', "one size fits all".
Pode-se perguntar para que existe o Parlamento se só servir para rectificar os acordos conseguidos na Concertação Social. Inventa-se uma central sindical, não importa a sua representatividade nem a sua implantação no mundo do trabalho, só para dar um ar de legitimidade às decisões das centrais patronais e viva o corporativismo de Salazar e que se lixe a democracia.
Ver João Vieira Lopes, presidente da Confederação do Comércio e Serviços, à saída da reunião com a Troika dizer que, "curiosamente", a Troika lhe transmitiu que este programa de ajustamento não é da sua responsabilidade mas da única e exclusiva responsabilidade do Governo. "Curiosamente".