||| Diálogo e consenso
Cavaco Silva, O Avisador, pediu diálogo e consenso, ei-lo:
«Notáveis da esquerda e da direita apelam à reestruturação da dívida portuguesa
[Imagem]
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Cavaco Silva, O Avisador, pediu diálogo e consenso, ei-lo:
«Notáveis da esquerda e da direita apelam à reestruturação da dívida portuguesa
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Pois. E o facto da maioria das indústrias do têxtil se encontrar a norte não tem nada a ver com isto. Assim como não tem nada a ver com isto o facto de a mão-de-obra ser muito mais barata a norte; quando não é mesmo o caso de ser mão-de-obra infantil.
Assim de repente lembrei-me de João Cravinho e do discurso da corrupção. Num abrir e fechar de olhos um aeroporto desvaloriza, quando o contrário é que seria de esperar. Afinal é(ra) apetecível para o sector privado e para a famosa classe empresarial portuguesa. Ou o que quer que isso signifique.
(Foto roubada na Wired)
Fez ontem um ano, que Jorge Sampaio, então Presidente da República, no discurso comemorativo do aniversário do 5 de Outubro, pediu "uma revisão criteriosa das leis anticorrupção ".
Cavaco Silva, agora na pele de Presidente da República, pega no discurso de Sampaio e diz: "É preciso que o combate à corrupção seja assumido como um esforço a que todos são chamados". Mais à frente no seu discurso, a todos convoca para este combate, começando pelo Poder Central, Autarquias, Poder Judicial e Jornalistas.
Fiquemo-nos por ora, pelas Autarquias, até porque está na ordem do dia a nova Lei das Finanças Locais.
O que quer dizer Cavaco Silva quando apela aos autarcas?
Estará a referir-se à aparente facilidade com que constantemente se fazem alterações aos PDMs ; sejam elas em Zona Urbana, Zona de Paisagem Protegida ou Reserva Agrícola Nacional?
Ao facto de serem sempre as mesmas empresas a ganhar os concursos, seja qual for o tipo de candidatura, ou valor da proposta apresentada?
Ouvindo o discurso do Presidente da República ocorre-me, que de hà algum tempo a esta parte, o deputado socialista João Cravinho, anda numa "guerra" dentro do PS - partido do governo - com uma proposta que visa criar um organismo de supervisão de práticas da Administração Pública, e que constantemente tem esbarrado na recusa do seu grupo parlamentar em agenda-la para debate. (um dos argumentos é de que vem acrescentar despesa...).
Haverá alguma correlação entre esta recusa e o misterioso mimetismo construtores civis / Partido Socialista / caos urbanistico?
Qual a explicação (científica ou não) entre o boom que se verifica ao nível da construção civil e as autarquias geridas pelo PS? A título de exemplo, e restrinjo-me apenas e só ao meu distrito, Setúbal, facilmente comprovável pelo comum dos cidadãos:
Setúbal, 14 anos de consulado PS; Montijo, quantos anos? (um amigo meu em jeito de brincadeira costuma dizer que Setúbal e Montijo não têm salvação possível, tal é o caos urbanístico, só chamando os Americanos para bombardear e tornar a construir de novo...) ; Sesimbra; Alcochete, um só mandato; Grandola, todas as resmas de propostas em cima da mesa, para a construção em Reserva Natural do Estuário do Sado, Península de Tróia e Lagoa de Melides.
Não se percebe porque é que José Socrates não põe ordem no seu grupo parlamentar e assume como uma das prioridades máximas do governo a causa do combate à corrupção.
À mulher de César não basta ser séria, há que parecê-lo.