|| O racismo tem as costas largas
Com mais de 20 anos de “noite”, como dj e como “vamos até lá abaixo beber um copo”, uma coisa aprendi: o racismo vem de onde menos se espera. Que o diga a personagem mais odiosa da noite – o porteiro. Batem à porta e é um grupo de brancos: “boa noite, queiram desculpar mas a casa está cheia”, ou “hoje é uma festa só para convidados”, ou “já passa das tantas e já não podemos deixar entrar”, or ever. “Então boa noite”, meia volta e fora, vamos a outra freguesia. É um grupo de pretos, ou negros, ou blacks, ou afro-europeus, ou o caralho, como lhes queiram chamar, que todos os termos são sempre insultuosos e já vai faltando a pachorra, e a resposta é logo: “Racista!” ou “Se fossemos brancos…”. Foda-se que não dá para falar com quem está sempre com uma navalha na liga!
Obama fez figura de cliente late night de discoteca e meteu os pés pelas mãos. Ou foi à flor da pele e descaiu-se?
(Na imagem Al Jolson)