"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Corria o ano de 135 e Adriano, para pôr fim às revoltas e constante instabilidade na região, depois de ter perdido uma legião, desloca para a Judeia a VI legião, a de Ferro, a XII legião, a Fulminante, e o general Lucio Severo, com um grupo de especialistas em guerrilha urbana vindos da Bretanha. Foram massacrados 580 mil judeus, cidades e templos arrasados, milhares de judeus escravizados, a cabeça de bar Kosba cortada e exibida como troféu, e a região rebaptizada de Síria Palestina. "Oitenta mil romanos invadiram Betar, e assassinaram os homens, mulheres e crianças, até correr sangue das soleiras e valetas". Nascia o judaísmo como condição religiosa e cultura, acabava a condição política.
Na apresentação do plano para controlar militarmente o "corredor de Filadélfia" Netanyahu recorre a um mapa onde a Cisjordânia já não aparece assinalada, é tudo Israel, só já ali resta Gaza a incomodar e atrapalhar. Netanyahu e os fundamentalistas religiosos e de extrema-direita com quem está coligado no governo vão "corrigir" a história e repetir na "terra prometida" com os palestinianos o que Adriano lhes fez há quase 1900 anos. E ninguém quer saber.
Primeiro Biden, agora Harris, por causa de Gaza vão ter problemas entre o eleitorado árabe e/ ou muçulmano. Já Trump, que mudou a embaixada para Jerusalém, vai ter a vida facilitada. São as maravilhas do comentariado televisivo tuga, os mesmos de sempre, há décadas com lugar cativo]
[Imagem "Mississippi delegate Kelly Jacobs arrives at the Democratic National Convention Wednesday, Aug. 21, 2024, in Chicago. AP Photo/ Paul Sancya"]
Israeli activists scuffle with Palestinian journalist Saif Kwasmi during the so-called Flag March in Jerusalem, which commemorates the Israeli army's capture of the city's eastern sector in the 1967 war. Hazem Bader/ AFP
Gajos que escolhem o Natal e a Páscoa para cometerem atentados terroristas querem uma pausa na guerra durante o Ramadão. Não há solução política para guerras religiosas com mais de 2000 anos.
Minions de plantão às redes sociais que afirmam sem pestanejar ser o Holodomor uma invenção dos nazis ucranianos e que a fome programada e usada como arma por Estaline é uma efabulação anti-comunista são os minions de plantão às redes sociais que afirmam sem pestanejar ter Israel em curso um genocídio programado contra a população de Gaza.
A Palestinian woman assists an injured man outside al-Najjar Hospital in Rafah, in the southern Gaza Strip, following Israeli bombardment. Said Khatib/ AFP
A boy looks out through a hole in a damaged wall in the aftermath of an Israeli raid, in Far'a refugee camp near Tubas, in the Israeli-occupied West Bank, December 29, 2023. Reuters/ Raneen Sawafta
Israel-Gaza Border - A picture taken in southern Israel near the border with the Gaza Strip shows an Israeli soldier playing violin on a tank, amid continuing battles between Israel and the militant group Hamas. AFP/ Menahem Kahana
Desde o início da guerra Zelensky veste a farda, verde ou camuflado, do exército. Desde o início da guerra Netanyahu veste negro. Integral. A fazer lembrar outros que vestiram negro noutras alturas. Coisa que lhe devia fazer comichão mas que pelos vistos não faz.
The Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO) says that 80 percent of the population in the Gaza Strip was already food insecure prior to the start of the war on October 7. Nearly half of the population of 2.3 million people relied on food assistance from the UN Relief and Works Agency for Palestine Refugees (UNRWA). Mohammed Abed/AFP
The figure of a hand is marked with blood on the wall of a bomb shelter located in the Thai workers’ housing section of Kibbutz Nir Oz, Israel, near the Gaza Strip, Thursday, Nov. 9, 2023. The kibbutz was attacked on Oct. 7 by Hamas militants, who killed and kidnapped members of its community. AP Photo/ Bernat Armangue