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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Recapitular a matéria dada

por josé simões, em 27.04.20

 

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"São pessoas de profissões muito, muito diversas. Desde os motoristas de táxi ou de Uber, pessoas que trabalham em ginásios, fisioterapeutas, dentistas, trabalhadores de circos ambulantes, feirantes, cabeleireiras, manicures, pessoas das profissões ligadas ao turismo. E aquilo que temos hoje é um grande número de pessoas que, de repente, não têm qualquer rendimento ou remuneração". Diz a Isabel Jonet que nunca viu nada assim, com os exemplos dados de profissões ditas liberais, do recibo verde, do fugir à factura para fintar o fisco. Lembrem-se depois quando vos vierem dizer que "baixar os custos do trabalho foi a reforma que ficou por fazer" e que o mercado do trabalho deve ser liberalizado e desregulado, sem direitos, garantias e vínculo contratual, porque o Estado só atrapalha o elevador social e a livre escolha dos cidadãos mais as leis laborais e os sindicatos que são um entrave ao crescimento da economia e à criação de riqueza, na conta bancário do patrão e do accionista e do paraíso fiscal na Holanda.

 

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Um fim-de-semana diferente

por josé simões, em 03.12.17

 

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Este foi o fim-de-semana em que os senhores Belmiros de Azevedos e Alexandres Soares dos Santos deste país ficaram com as contas bancárias mais recheadas graças ao espírito humanista e solidário dos portugueses e, lá do aconchego fiscal na Holanda, prenhes de patriotismo e preocupações sociais e propósitos de crescimento com muitos dígitos e recuperação económica para o país, vão continuar a insultar os compatriotas, de malandros e calaceiros para cima, enquanto exigem "reformas laborais" em benefício da rigidez patronal, eliminação das contratações colectivas e trabalho máximo para pagamento mínimo, que isto aqui não é a Alemanha para onde emigram os portugueses que não produzem nada em Portugal.

 

Portugueses doaram mais de 1.500 toneladas ao Banco Alimentar

 

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||| O ritual

por josé simões, em 29.11.15

 

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O ritual cumpriu-se este fim-de-semana os dois dias em que as contas bancárias de Alexandre Soares dos Santos e de Belmiro de Azevedo ficaram mais recheadas graças ao bom coração e aos espírito solidário do português anónimo sem que haja da parte do 2.º e 3.º homem mais rico de Portugal, respectivamente, qualquer contribuição para a causa. Lucro, lucro, lucro, a caridadezinha cumpriu a sua função, os escuteiros desempoeiraram as fardas e venderam calendários para 2016 e algumas consciências vão agora dormir descansadas. Até à próxima campanha.


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||| E é verdade, sim senhora

por josé simões, em 12.09.14

 

 

 

«"Há profissionais da pobreza em Portugal", alerta Isabel Jonet»

 

 

Pessoas que recebem e gerem milhões, transferidos do Orçamento do Estado, duplicando funções ao Estado social [e gerando mais custos em salários para os contribuintes], os que já estão no Estado e na Segurança Social, os que trabalham para as IPSS e são pagos pelo dinheiro dos contribuintes, que o voluntariado não chega para as sobras por mais voluntario que seja, e que a pretexto ainda vão doutrinando e evangelizando no Estado laico.

 

Pessoas que se dedicam a organizar xis dias por ano o Dia do Hiper e do Supermercado, valendo-se do bom coração e da caridade cristã dos seus co-cidadãos, o dia em que os hipers e supers duplicam e triplicam as vendas, gerando milhões em lucros para os patrões e accionistas, sem que se dignem sequer a doar uma parte aos mais necessitados.

 

Ainda não percebi se a dona é mesmo desleixada com o visual e com a higiene pessoal ou se é estratégia de marketing para parecer mais chegada aos pobrezinhos e desvalidos do capitalismo financeiro a que presta vassalagem sempre que as oportunidades lhe surgem mas, no próximo Dia do Hiper e do Supermercado, sugiro que cada português de bom coração ou de caridade cristã coloque um frasco de champô dentro do saquinho porque parece que a oleosidade [com Cristiano accent] está a afectar a já por si fraca capacidade de raciocínio da senhora.

 

 

 

 

 

||| Um fim-de-semana diferente

por josé simões, em 02.06.14

 

 

 

Este foi o fim-de-semana em que os senhores Belmiros de Azevedos e Alexandres Soares dos Santos deste país ficaram com as contas bancárias mais recheadas graças ao espírito humanista e solidário dos portugueses e, lá do aconchego fiscal da Holanda, vão continuar, prenhes de patriotismo e preocupações sociais e propósitos de recuperação económica e crescimento, a insultar os compatriotas, de malandros e calaceiros para cima, enquanto exigem reformas laborais, eliminação das contratações colectivas e trabalho máximo para pagamento mínimo.

 

«O Banco Alimentar Contra a Fome recolheu este fim de semana mais de duas mil toneladas de alimentos na campanha realizada em cerca de duas mil superfícies comerciais […]»

 

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||| O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 02.04.14

 

 

 

Pleno emprego alcançado através da erradicação, ou censura, das "redes sociais", estão explicados os dígitos de crescimento económico da Turquia, China, Arábia Saudita e et cætera.

 

Desempregados a quem já não sobra dinheiro para a prestação da casa, mais água e luz, mas que ainda vão aguentando a dose diária de feice coise e tuita para a veia, os manhosos.

 

Desempregados recentes na bloga e no feice coise e no tuita, os calaceiros, à procura de informação e opinião isenta, fora do circuito da comunicação social câmara de eco e capturada pela agenda ideológica que caiu sobre a Europa.

 

"o pior inimigo dos desempregados são as redes sociais. Muitas vezes as pessoas ficam desempregadas e ficam dias e dias inteiros agarradas ao Facebook, ou agarradas a jogos, agarradas a amigos que não existem e vivem uma vida que é uma total ilusão"

 

A dona Isabel calada é uma poetisa.

 

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||| A cadeia alimentar

por josé simões, em 01.12.13

 

 

 

Este foi aquele fim-de-semana em que, graças ao humanismo e à solidariedade dos portugueses, o n.º 2 e o n.º 3 no top 25 da lei da selva ficaram um pouco mais gordos para o ataque ao n.º 1.

 

«Banco Alimentar recolhe mais de 2000 toneladas de produtos»

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

 

 

|| Enjoy

por josé simões, em 28.06.13

 

 

 

Os pobres mais pobres, os remediados que se viram pobres, a classe média destruída, os 99% da população mundial que contribui para que este "estádio de desenvolvimento" [gloup] fique marcado pela apresentação de melhores condições de vida, em média melhores do que as que oferecia o anterior, para os 1% da população mundial, cada vez mais, mais 1%.

 

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|| A função engorda da caridadezinha

por josé simões, em 02.06.13

 

 

 

O dia em que as contas bancárias de Alexandre Soares dos Santos e de Belmiro de Azevedo ficaram um pouco mais gordas.

 

Ia comprar um pacote de leite comprou dois – um para casa outro para o saco; ia comprar uma lata de conserva comprou duas – uma para casa outra para o saco; ia comprar um pacote de massa comprou dois; um saco de arroz vezes dois; uma lata de salsichas vezes duas; e assim sucessivamente, vezes euros, vezes milhões de consumidores.

 

Há gente que consegue fazer fortuna com tudo. Até a explorar o lado mais humano dos seus co-cidadãos.

 

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|| O que a senhora caridadezinha viu na Grécia

por josé simões, em 11.12.12

 

 

 

«[…] há o problema dos imigrantes que entram todos os dias pelas ilhas da Grécia, sobretudo os curdos e os afegãos. Pessoas miseráveis que não têm ambição nenhuma de trabalhar […] que vão demorar até se endireitarem.» Heil!

 

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|| Marcelices

por josé simões, em 12.11.12

 

Agora em "modo Eusébio". Era o que se dizia do king-pantera-negra nos seus tempos áureos de jogador e a propósito das suas limitações ao nível do discurso; que não era pago para fazer palestras mas para marcar golos. E como era genuíno fazia o que sabia e marcava golos. Muitos. Não se armava era em jogador, não fazia teatro, não marcava na própria baliza.

 

No fundo, lá bem no fundo, a senhora não tem culpa, é vítima das circunstâncias.

 

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|| Conversa de ir ao cu, pardon my french

por josé simões, em 11.11.12

 

 

 

O trabalho de Isabel Jonet à frente do Banco Alimentar Contra A Fome é assim a modos como o da Madre Teresa de Calcutá e das Irmãs da Caridade no continente asiático, serve para de xis em xis tempo a sociedade capitalista [no sentido da sociedade em que vivemos] limpar a má consciência e continuar tranquila de pantufas no sofá no aconchego do lar. O resto é conversa de ir ao cu.

 

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|| Rewind/ Fast Forward buttons

por josé simões, em 09.11.12

 

 

 

Corria o ano de 1990 e chegavam, vindas da Europa, caravelas carregadas de ouro como no tempo do ouro do Brasil. Era primeiro-ministro o senhor Aníbal Cavaco Silva que assistia, por detrás das vidraças da marquise na Travessa do Possoilo, à criação do Banco Alimentar Contra A Fome no intervalo de receber o bispo de Setúbal, vermelho de clamar contra a miséria e o desemprego, no Palácio de S. Bento com um almoço de jaquinzinhos com arroz de tomate.

 

Vinte anos depois o mesmo senhor Aníbal Cavaco Silva, agora Presidente da República, propõe que se recolham os restos dos restaurantes para alimentar os famintos e deserdados do sistema que criou, depois de medalhar no dia da Pátria a senhora Isabel Jonet, que não vai ao rock para aforrar para a radiografia e para a água que não soube ensinar os filhos a poupar.

 

Como se pode ver nada disto é novo, já bem de trás, de muuuuuito atrás. Há é muita fraca memória.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

 

 

|| Poupar no bife para pagar a radiografia

por josé simões, em 09.11.12

 

 

 

 

 

 

|| Cilinha Supico Pinto, 2.0

por josé simões, em 07.11.12

 

 

 

Em Portugal não há miséria, miséria miséria há na Grécia, em Portugal há em gente mal governada, anos e anos e anos a fio a viver acima das suas possibilidades. Não podemos comer bife todos os dias [nem peixe. E alguns, cada vez mais, nem pão, nem leite, nem fruta, nem nada, mas isso agora também não interessa nada]. Nem devemos ir ao rock, há que poupar o dinheiro do bilhete para as radiografias das eventuais mazelas apanhadas nas aulas de ginástica. Acabe-se com a disciplina de Educação Física na escola pública, despeçam-se os professores, é dois em um, diminui-se o número de empregos na Função Pública e, como não há mazelas daí decorrentes, deixa de ser necessária a comparticipação do Serviço Nacional de Saúde que a seguir se privatiza.

 

Poupar, poupar, poupar, cortar, cortar, cortar. Ponham os olhos na senhora que já não lava o cabelo para economizar no champô.

 

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