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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

O Governo amigo

por josé simões, em 05.07.24

 

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Das soluções milagrosas escondidas na manga e dos euros prometidos em campanha eleitoral "nem mais um cêntimo". Ponto. Até porque a quebra de receita com a baixa do IRC vai servir para distribuir dividendos pelo patrão e pelo accionista e o dinheiro investido na economia vai ser zero porque o trickle down não funciona e porque o tempo do "capitalismo reprodutivo" já lá vai.

 

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Construções à direita

por josé simões, em 21.05.24

 

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Ontem tivemos uma fundação, alegadamente isenta e sábia, a enfiar-nos pelos olhos dentro a bondade e a virtude de mais da transferência de rendimentos do trabalho para o capital aka trickle-down, como se tivéssemos todos nascido ontem. Hoje temos o sindicato dos patrões a clamar por unanimidade para mais transferência de rendimentos do trabalho para o capital, por causa da competitividade, do crescimento económico, dos salários, do investimento estrangeiro, com o estudo da fundação, alegadamente isenta e sábia, na mão, que o "demonstra de forma inequívoca". Lá para domingo ninguém se espanta se os dois ex-líderes partidários da direita - Mendes & Portas, no espaço de agit-prop, denominado "análise isenta", que detêm em horário nobre, canal aberto, e sem contraditório, aparecerem a vender a virtude do estudo da fundação, alegadamente isenta e sábia, como eles, e como os patrões das empresas necessárias para o crescimento económico, a creação de riqueza e blah blah blah [criação em português antigo porque é desde esse tempo que nos prometem isto].

 

Aguiar-Branco, o erro de casting que calhou ser segunda figura do Estado na pele de presidente da Assembleia da República, depois de cair na real e ter visto a merda que fez [ao abrigo da liberdade de expressão, honi soit qui mal y pense] em vez de recuar e, num acto de humildade democrática, reconhecer que errou, sem precisar pedir desculpa, seguir em frente e emendar a mão quando a ocasião se propiciar outra vez, e não vão faltar vezes, ensaia uma fuga para a frente e tenta emporcalhar mais gente no turbilhão [também ao abrigo da liberdade de expressão, honi soit qui mal y pense], chamando uma embaixada de sábios em seu socorro. Lá para domingo ninguém se espanta se os dois ex-líderes partidários da direita - Mendes & Portas, no espaço de agit-prop, denominado "análise isenta", que detêm em horário nobre, canal aberto, e sem contraditório, aparecerem a defender a posição de Aguiar-Branco e a apontar o dedo à esquerda castradora.

 

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O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 20.05.24

 

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A descida do IRC teria um impacto positivo no investimento, na competitividade e ainda no consumo já que, neste cenário de redução do imposto em 7,5 pp, a remuneração do trabalho também iria aumentar em 1,79%, pois as empresas conseguiriam reter e partilhar mais lucros com os trabalhadores.

 

Nesta investigação, os autores argumentam que a perda de receita fiscal pela via da redução do IRC poderia ser financiada através de vários instrumentos de compensação orçamental, designadamente impostos sobre o consumo, impostos sobre o trabalho, despesa pública ou transferências sociais.

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

I Want to Believe

por josé simões, em 11.04.24

 

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Baixar o IRC para depois o remanescente ser usado pelas empresas na criação de mais emprego e no pagamento de melhores salários aos empregados colaboradores e não para aumentar a mais-valia ao patrão e ao accionista e para que o 1% mais rico fique ainda mais rico, como acontece até hoje. Depois a recita fiscal baixa significativamente e aqui está o argumento perfeito para o "não há dinheiro para nada", nem para a saúde, nem para a educação, há que entregar competências do Estado ao sector privado. Chudai!

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

I Want To Believe

por josé simões, em 31.01.24

 

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AD acredita que corte de 5000 milhões nos impostos se pagará a si próprio

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

||| Ir "roubar para a estrada" é isto

por josé simões, em 22.10.14

 

 

 

[Daqui]

 

 

 

 

||| De vez em quando até o Correio da Manha [*] tem momentos de lucidez

por josé simões, em 10.07.14

 

 

 

[*] Sem til, não é gralha

 

 

Paulo Núncio, militante do CDS, nomeou Lobo Xavier, militante do CDS, para presidir a uma comissão que vai avaliar a reforma do IRC, elaborada por uma comissão presidida por Lobo Xavier, o militante do CDS.

 

O caso nem é Lobo Xavier ser juiz em causa própria, que a estas chico-espertices o povo já está habituado, o caso é Lobo Xavier, "o gestor e mestre em direito fiscal", um credível a toda a prova, portanto, também ficar incumbido de "recomendar ao Executivo a taxa nominal desse imposto para os anos de 2015 e 2016. Ou seja, não será o governo a determinar a futura redução da taxa, mas António  Lobo Xavier", portanto também. Olé!

 

[Imagem "Hole in Fence, Paris, 1936", Fred Stein]

 

 

 

 

 

 

||| Democracia fiscal

por josé simões, em 24.01.14

 

 

 

Assim como com a reforma do IRC, onde a opção foi reduzir o imposto às grandes empresas de forma a aumentar a mais-valia aos accionistas e aos patrões a que o dinheiro poupado fosse reinvestido na economia para a criação de emprego e riqueza e blah-blah-blah, a reforma do IRS passará por uma redução dos escalões de modo a torná-lo um imposto mais democrático e, em nome da democracia e da igualdade, vamos assistir a um alívio fiscal para quem mais ganha a percentagem a aplicar vai ser igual para quem ganha mil ou para quem ganha um milhão por mês, como incentivo à "mobilidade social" e blah-blah-blah também. E uma vez que o paradigma [gloup!] é a Irlanda talvez fiquemos democraticamente celtas reduzidos a dois escalões de IRS.

 

«Para já, o Governo prepara-se para nomear uma comissão para a reforma do IRS, algo que prevê concretizar até ao final  deste mês. Quem liderar este processo terá, […] quatro grandes orientações: “simplificar o imposto”, acolher “as melhores práticas internacionais”, “facilitar a mobilidade social” e fazer com que o IRS “atenda mais à dimensão das famílias”»

 

«Portugueses pagaram a maior factura de sempre de IRS em 2013»

 

[Imagem de Nicholas Ballesteros]

 

 

O mesmo Paulo Núncio em Setembro de 2012: «Portugal tem "hoje um número de escalões que não existe noutros países europeus" e sinalizou que a reforma fiscal que será feita nesta legislatura irá implicar uma "significativa redução" daqueles escalões».

 

 

 

 

 

 

 

||| É fazer as contas

por josé simões, em 20.12.13

 

 

 

O público-alvo do Governo PSD/ CDS-PP.

 

«Governo esconde benefícios fiscais de 1045 milhões a grandes grupos económicos»

 

Ainda alguém se lembra do dia 5 de Junho do Ano da Graça de 2011?

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

 

||| Merry Fucking Christmas

por josé simões, em 19.12.13

 

 

 

O desagravamento fiscal em sede de IRS e IVA, aquilo que dói às pessoas e às famílias, o que faz o Maomé do pagode ir à montanha do consumo e estimular a economia pela procura interna, isso "será no futuro", um futuro que a Deus pertence, já que isto é um Governo de tementes e uma oposição de crentes, tipo Dia de São Nunca à Tarde, ou tipo Só Deus Sabe, ou tipo Quando as Galinhas Tiverem Dentes e o Carapau Tosse, ou, mais realisticamente, tipo Em Vésperas de Eleições.

 

Foi uma prenda de Natal para os patrões, err… para as empresas. Olarilas! Tipo pagarem-nos o 13.º por inteiro, sem descontos e com o subsídio de refeição a aconchegar. Mas isto é a gente a sonhar em modo mais-valia para o patrão, e rombo na sustentabilidade da Segurança Social. É que ainda ninguém demonstrou por A + B, ou por 1 + 1 = 2, ou por outra qualquer equação igual a qualquer coisa que faça sentido, que a poupança ou o ganho, depende do lugar onde se está sentado, vá reverter para a economia, via investimento e criação de mais postos de trabalho e de mais riqueza e blah-blah-blah, para as pessoas e para o país.

 

Depois das festas, e ainda antes do Carnaval, certinho comó destino, vamos ver o homenzinho, sem pressas [qual é a pressa?]  vir ameaçar, tipo João Proença, outro homenzinho cheio de responsabilidade e de sentido de Estado, denunciar o acordo por incumprimento da parte do Governo. E os tementes riem-se dos crentes que acreditam em milagres. E Paz na Terra entre os homens de boa vontade, Lucas 2:14.

 

[Imagem]

 

Adenda: Outro milagre da crença vai ser assistir à ginástica acrobática do vice-irrevogável depois de ter dito que a baixa do IRC era boa para as micro e pequenas empresas e menos generosa para as grandes.   

 

 

 

 

 

 

|| Descubra as diferenças

por josé simões, em 25.10.13

 

 

 

«Segundo Carlos Silva adiantou aquando da candidatura, em Maio deste ano [...], é o Espírito Santo que lhe paga um salário, e como tal sentiu-se no dever de reunir com o patrão, Ricardo Salgado, para pedir autorização para integrar a lista»

 

 

«Para Pires de Lima, não só os empresários e os vários parceiros que foram ouvidos durante o processo "deram nota de acolhimento da reforma como também a UGT e isto deveria merecer a ponderação do PS"»

 

 

 

 

 

 

 

|| Alfaiataria fina

por josé simões, em 17.10.13

 

 

 

Impostos por medida e taxas de IRC por encomenda para criar emprego. Do Governo eleito pelo povo para as grandes empresas e corporações.

 

[Via]

 

 

 

 

 

 

|| Distribuição dos sacrifícios

por josé simões, em 16.10.13

 

 

 

A juntar à descida do IRC em 2 pontos percentuais o Orçamento do Estado para 2014 elimina a "taxa de solidariedade" em sede IRS de 2,5% para rendimentos superiores a 80 mil euros/ ano e de 5% para rendimentos superiores a 250 mil euros/ ano.

 

Um Governo eleito pelo povo para as empresas e corporações.

 

[Imagem de Banksy]

 

 

 

 

 

 

|| Mais 2% a repartir pelos accionistas e patrões

por josé simões, em 14.10.13

 

 

 

«A taxa de IRC vai descer no próximo ano de 25% para 23%». [A juntar à redução dos custos do trabalho].

 

 

 

 

 

 

|| O "elevador social" de Paulo Portas na campanha eleitoral

por josé simões, em 24.09.13

 

 

 

«O imposto que mais contribui para o aumento da receita continua a ser o IRS, com uma subida de 30,1% (provocada em larga medida pelos agravamento de taxas realizados este ano).

 

[…]

 

O IRC também abrandou (de um crescimento de 7% para 6,1%), enquanto o IVA, que estava a cair 1,3% até Julho, cai agora 2,1%.»

 

Brutal aumento de impostos e queda contínua, e continuada, do consumo interno, e apesar do aumento da eficácia da máquina de cobrança do fisco. "Chegou o momento do investimento". Pois sim. 

 

[Imagem]