"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Exactamente o mesmo princípio que levou a direita radical no Governo da Troika a cortar o subsídio de desemprego para obrigar os "malandros", os "calaceiros", os "chulos da sociedade" a procurarem o trabalho que não havia nas empresas que todos os dias fechavam as portas.
A gente lê e não acredita na desonestidade intelectual de quem vê desde sempre os portugueses a cruzarem fronteiras em busca de melhores salários no estrangeiro.
Diz a propaganda governamental que a Port of Singapure Authority vai investir 40 milhões de euros no Porto de Sines sem apoios do Esatdo português, o tal "aliviar o peso da Estado na economia", em tom mavioso na boca de Pedro Passos Coelho, quando na realidade o que a Port of Singapure Authority vai fazer é deixar de investir 130 milhões no Porto de Sines, de um investimento inicial previsto de 200 milhões de euros caso o Estado português investisse 70 milhões. É fazer as contas, à boa e à má moeda, que o dinheiro não estica e há que satisfazer com rendas fixas as clientelas do "sentido de Estado" do "arco da governação".