"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Ministérios e secretarias de Estado e direcções-gerais e autoridades várias pejadas de centenas e centenas e centenas de militantes e simpatizantes, inner circle, do PSD e do CDS, sem currículo mas já com 4 anos de currículo, por nomeação dos ministros e secretários de Estado, também eles militantes do PSD e do CDS, mas os ministros e os secretários de Estado nunca sabem nada de nada. A rebaldaria total e a falta de autoridade, é a versão bondosa.
Nos filmes amaricanos os operacionais 'adormecidos' e os pelotões desactivados da Delta Force são contactados por alguém da Administração para uma operação suja secreta numa República das Bananas, algures entre a América Latina e África, "mas isto não é oficial se forem descobertos estão por vossa conta que nós vamos desmentir tudo".
Com mais de um ano de atraso o que o relatório da Inspecção-Geral de Finanças nos diz é que o Estado em 2013 gastou quase 4400 milhões de euros com subvenções públicas, um aumento de 130% devido às alterações legais introduzidas naquele ano com o objectivo de apertar o cerco a estes auxílios [!].
Com o Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social no primeiro lugar do ranking, por via das subvenções atribuídas pelo Instituto da Segurança Social a IPSS's e outros heterónimos da Igreja Católica e outras caridadezinhas da "economia social" a troco da destruição e desmantelamento do Estado social [1340,5 milhões contra 1293 milhões em 2012], e com a a Presidência do Conselho de Ministros [561 milhões concedidos] a roubar o segundo lugar ao Ministério da Educação e Ciência [530,6 milhões], que em 2013 surge no terceiro posto – ocupado um ano antes pelo Ministério da Economia e do Emprego. Prioridades do Governo da direita...
Só não vê quem não quer ver. Ou se calhar é preciso fazer um "desenho"… [pelo menos para o excelentíssimo Ministério Público e para a meritíssima senhora Procuradora].
No meio da não-notícia, a papelada foi destruída de acordo com as regras – portaria nº 525/ 2002, há uma "sim-notíca". Se Maria 'Swaps' Albuquerque, aquando da passagem de pastas do anterior para o actual Governo, tivesse, como lhe competia, pedido a papelada… a papelada estava agora disponível para avaliação. Assim é chapelada. Que conveniente.
Um Governo ideologicamente apostado em desmantelar o Estado para o melhor repartir pela elite da clientela político-partidária encomenda um "estudo" onde as fundações exclusivamente privadas dominam o ranking das 190 fundações.