"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Depósitos de velhos, aka lares de idosos, em Inglaterra e no País de Gales, estão a recomendar aos velhos ali depositados que assinem documento de não-reanimação para evitar que as camas dos hospitais fiquem ocupadas por pessoas com menos hipóteses de sobreviver em caso de infecção pelo novo coronavírus.
"We would therefore like to complete a DNACPR form for you which we can share … which will mean that in the event of a sudden deterioration in your condition because [of] Covid infection or disease progression the emergency services will not be called and resuscitation attempts to restart your heart or breathing will not be attempted"
No fundo tudo gira em torno do Estado social inglês, porque é de Inglaterra que falamos que isso do Reino Unido é modernice recente, e da subsídio dependência, que a há e muita, é ler o Mail, o jornal da classe média inglesa com um milhão de exemplares diários na rua vendidos e que fez a campanha pelo Brexit e uma caça diária aos pimps do dinheiro do contribuinte.
Das casas pagas pelo Council, da água e da luz pagas pelo Council, das mães solteiras em casa, pagas por cada filho que tenham até à hora da morte, desde que [oficialmente] não trabalhem nem [oficialmente] voltem a casar, das casas pagas e/ ou subsidiadas pelo Council aos casais e aos casais com filhos e aumentando proporcionalmente quantos mais filhos, do NHS orgulho, praticado por médicos e enfermeiros maioritariamente estrangeiros [deixado a milhas de distância pelo SNS português em qualidade de atendimento e serviços prestados e com menos propaganda patrioteira].
Dos emigrantes, desde o Horta-Osório ao anónimo empregado de balcão em Brixton ou à empregada da limpeza em Kensington, para uma empresa de trabalho temporário, a fazerem o trabalho que os bifes não querem fazer e que lhes permite o golfe na Quinta do Lago ou as bebedeiras em Albufeira, e que usufruem de todas as regalias, direitos e garantias oferecidos pelo Estado inglês, em pé de igualdade com os ingleses, sejam eles ingleses manhosos-calaceiros da subsídio dependência, ou com os emigrantes manhosos-calaceiros da subsídio dependência, é tudo emigrante e nem tudo é inglês.
Das reformas e pensões para a vida no início da vida desde que cumpridos os mínimos exigidos e desde que se saiba movimentar dentro do sistema e invocar a doença ou a maleita certa.
Foi isto que foi a votos, foi com isto que as pessoas votaram e é uma chatice do caraças porque afinal nem a Margarida foi assim a liberal e o terror dos malandros que a direita radical evoca, nem a liberal e desmanteladora do Estado social que a esquerda [eu incluído] aponta. Imaginemos então como é que era o Estado social inglês antes da dama...
"Can you tell me where my country lies?" said the unifaun to his true love's eyes. "It lies with me!" cried the Queen of Maybe - for her merchandise, he traded in his prize.
Ganhou o Chancellor Adam Sutler e o next step talvez seja reerguer a Muralha de Adriano para proteger a ilha dos bárbaros a norte que a sul está lá o canal desde sempre e a RAF nos ares. E Já que de "Dieselboom" a Tusk, passando por Juncker e Schäuble, ninguém é homenzinho com H grande para seguir o mesmo caminho do aprendiz de feiticeiro Cameron, ao menos que sirva para refundar a União Europeia, no sentido de a tornar numa organização democrática, governada por dirigentes eleitos, liberta de tratados castradores que impõem aos Estados membros políticas que não escolheram e que não podem recusar, uma espécie de Catch 22 da governação económica e política, e que regresse às origens, à Europa do[s] Estado[s] social[ais], dos direitos, liberdades e garantias, e não a Europa bandeira da City e do neoliberalismo contra os povos que a integram, ou aguardar que o referendo seja repetido, tantas vezes quantas as necessárias, até que os 'bifes' digam aquilo que interessa à Europa que digam como é tradição na União Europeia, para que tudo fique na mesma, de "Dieselboom" a Tusk, passando por Juncker e Schäuble. Keep calm.
Além de conduzirem ao contrário do resto mundo; de medirem as distâncias como os putos fazem no tira-teimas ao berlinde; os líquidos com aquilo que aqui se toma ao pequeno-almoço; e de ser um bico d’obra pôr o telemóvel a carregar porque as tomadas na parede têm 3 buracos; comemoram o Dia do Pai no princípio do Verão. E não gostam do pai.
Eram oito da manhã e ouvi no telejornal da SIC N que Steven Gerrard, capitão do Liverpool, tinha sido detido por desacatos num bar e estava “neste momento a ser interrogado pela polícia”.
Era meio-dia e ouvi no telejornal da SIC N que Steven Gerrard, capitão do Liverpool, tinha sido detido por desacatos num bar e estava “neste momento a ser interrogado pela polícia”.
Eram 19 horas e ouvi no telejornal da SIC N que Steven Gerrard, capitão do Liverpool, tinha sido detido por desacatos num bar e estava “neste momento a ser interrogado pela polícia”.
Como a detenção ocorreu por volta das duas e meia da manhã, isto dá, mais coisa menos coisa, cerca de 18 – dezoito – 18 horas e meia (!!!) de interrogatório a um bêbado que armou confusão num pub.
O que vale é ter sido em Inglaterra, uma democracia parlamentar e um Estado de Direito, fosse no Zimbabwe ou na Birmânia e ainda era levado a crer que era verdade e que estavam a torturar o homem.
O Independente pediu a seis agências publicitárias para anteciparem uma possível campanha eleitoral em Inglaterra já em 2009. E o resultado é muito bom. Para saber mais e ver os restantes cartazes, aqui.