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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Liberalismo para totós

por josé simões, em 18.05.23

 

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As margens de lucro foram responsáveis por dois terços da inflação. As margens de lucro. Só em Portugal contribuíram para quase 66% da subida de preços. Sessenta e seis por cento. Quem o diz é o Banco Central Europeu, a Comissão Europeia, e o Banco de Portugal, depois de Mário Centeno ter alertado para a relação de espiral entre aumento de salários e aumento de preços. Aumento de salários igual a aumento de preços, não se pode aumentar salários para os preços não aumentarem, a inflação são 1% contra todos e no final ganha a margem de lucro do patrão e do accionista, como diria o Gary Lineker.

 

 

 

 

O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 04.04.23

 

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O presidente do PSD acusou hoje o Governo de dar "uma machadada na moral dos funcionários públicos" ao recorrer a empresas privadas para fiscalizar o controlo de preços.

 

[O original, na imagem com link, tinha mais piada que a fotocópia]

 

 

 

 

"Pelo pão de cada dia! Pois claro!"

por josé simões, em 03.04.23

 

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A propósito da agitação destes tempo que correm o que a História nos ensinou foi que os sovietes são um meio, não são o fim, e que atingido o objectivo os sovietes são descartáveis ou, como se diz agora, os idiotas úteis. Portanto, "Pelo pão de cada dia! Pois claro!", mas.

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

Gozar com o pagode

por josé simões, em 28.03.23

 

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Sempre me fez espécie o fenómeno emigrante, dos estádios cheios, do orgulho numa pátria que os expulsou por não querer saber deles, a diáspora do quanto mais me bates mais gosto de ti. Ainda mais espécie me faz ver o acolhimento dispensado a Luís Montenegro, o personagem sem passado, "o meu passado chama-se Passos", o que apontou a porta da emigração, "há que sair da zona de conforto", o do "brutal aumento de impostos", que Montenegro fez o pino a defender no Parlamento enquanto líder da bancada para lamentar, o monte negro que no estrangeiro acusa o socialismo de carregar as pessoas com impostos. "Levantai hoje de novo  o esplendor de Portugal".

 

Sábado vou ao Mercado do Livramento em Setúbal, mercado de produtores, e a batata que era a 1€ continua a 1€, a cenoura que era a 1€ continua 1€, a laranja que era a 1€ continua a 1€, os ovos que eram a 3€ a dúzia continuam a 3€ a dúzia, a alface que era a 1€ continua a 1€, a cebola que era a 1 € continua a 1€, a pera rocha que era a 1€ continua a 1€, e por aí fora, parece aquelas lojas que havia dantes, as do tudo a 300, e os outros, os que vão ao hiper, vão poupar 1€ e picos no cabaz de compras e ficam todos contentes por continuarem a pagar mais caro que eu. É destes que os Lobos Xavieres desta vida gostam. "Sobre a terra, sobre o mar".

 

 

 

 

O amigo do povo

por josé simões, em 24.03.23

 

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António Costa vai baixar o IVA do cabaz alimentar para depois vir dizer "estão a ver, eu tinha razão, a margem foi absorvida pelo retalho" vou repor outra vez tudo como estava e os preços aumentarem ao consumidor na exacta proporção da reposição?

 

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Quem viu a factura das refeições reduzida depois da baixa do IVA na restauração ponha o dedo no ar.

 

 

 

 

'spetaaaaaaaclo!

por josé simões, em 16.03.23

 

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Com as pessoas a serem assaltadas de cada vez que vão ao supermercado o Governo proclamou a intenção de criar um "selo Preço Justo" que vale para garantir "que ninguém tem prejuízo e que foram criadas condições de sustentabilidade de toda a cadeia alimentar". É o PS no seu melhor a não governar. Inventar uma merda [é mesmo este o nome] qualquer que vem mesmo a calhar para a ocasião, fazer grande aparato durante uns dias nas televisões, tudo ficar como está, não resolver o problema dos cidadãos, daqui por meia dúzia de meses continuar tudo na mesma e já ninguém se lembrar do que foi anunciado. Como grita o outro, do outro preço, o certo, 'spetaaaaaaaclo!

 

 

 

 

Como diria o outro, é fazer as contas

por josé simões, em 01.03.23

 

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Enquanto no sector da distribuição, aquele onde "as margens são muito baixas", os lucros disparam - "a Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce, apresentou lucros de 419 milhões de euros até Setembro, o que representa uma subida de quase 30% face ao período homólogo" e a Sonae, dona do Continente fechou o primeiro semestre "com lucros de 118 milhões de euros, o que representa uma subida de 89% face a igual período do ano passado", as famílias "cortaram a fundo na comida que levam para casa", numa escala nunca vista, nem nos idos da troika. Ora se quem compra anda a emagrecer e quem vende anda a engordar... como dizia o outro, é fazer as contas.

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

Enquanto a inflação vai e vem

por josé simões, em 27.02.23

 

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Como cidadão admite que esteja a haver especulação com os preços e que "há algum aproveitamento deste efeito inflacionista". Se como "empresário" e presidente vitalício do sindicato dos patrões fica contente com esta inesperada mais-valia e aumento da riqueza não disse e também ninguém se lembrou de lhe perguntar.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

O Pai Natal

por josé simões, em 20.12.22

 

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A tarifa especial de electricidade é aplicável a desempregados. Alguém que auferia, por exemplo, para cima de dois, três, quatros mil euros mensais e se vê na situação de desempregado cai automaticamente na tarifa especial, malgré o subsídio que de desemprego que vai receber. Além disso agora vai também receber os 240 paus extras, porque “a inflação atinge de maneira muito desigual as várias camadas da população", e são abrangidos pela tarifa especial de electricidade, que é condição para receber a ajuda extraordinária, "específica para as famílias mais vulneráveis". E ainda dizem que o Pai Natal não existe.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

"É básico, não é?"

por josé simões, em 27.10.22

 

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"É básico, não é?" que se o Governo taxasse os bens alimentares essenciais a 0% ia aumentar ainda mais a margem de lucro dos patrões e accionistas, tal e qual a lengalenga do Ilusão Liberal com o imposto sobre os produtos petrolíferos, ninguém deu por nada. É básico e o CDS sabe. Mas as preocupações do CDS nunca foram com o consumidor final, naquela faixa que mais sofre com a inflação e com o aumento do custo de vida.

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

E ainda há quem inveje a vida dos ricos

por josé simões, em 21.10.22

 

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Escreve o jornal do militante n.º 1 na secção "Sociedade" que os "supermercados estão a colocar alarmes em produtos alimentares básicos, como latas de atum ou garrafas de azeite", "as pessoas estão desesperadas, escondem latas de atum e leite para comer ou dar aos filhos". Vira-se a página para o caderno "Economia" e ficamos a saber que a "inflação castiga todo o tipo de famílias: nas mais pobres pesam alimentos e habitação, nas mais ricas os restaurantes e hotéis". Os que vêem o atum e o azeite ao preço do whisky na prateleira do supermercado e os que por estarem quase pobres vão ter de abdicar de brincar aos pobrezinhos na Comporta. Isto podia ter outro título, sei lá, jornalismo de merda.

 

 

 

 

Liberalismo para totós

por josé simões, em 16.09.22

 

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Anos a fio a ensacarem mais-valias com os trabalhadores colaboradores em salários mínimos, por causa da competitividade, do emprego e o diabo a quatro. Na primeira contrariedade, uma guerra inventada pelo fascismo russo na Ucrânia, por exemplo, e aparecem a falar em layoff por "trabalhadores a mais". O Estado, essa entidade mítica, que pague Ou isso ou o desemprego.

A falta de responsabilidade social, de educação, de humanismo ou, como alguns gostam, de caridade cristã, não lhes permite aguentar o posto de trabalho por uns meses a quem vestiu a camisola e lhes deu tudo. Implicava mexer na conta bancária, fortuna pessoal, e uma coisa é a conta pessoal, outra coisa é a conta da empresa. Como é que de uma se chega á outra ou como é que da outra se foge de uma isso agora não interessa nada.

Depois volta a normalidade e não há ninguém para fazer nada, desde o pessoal dos aeroportos aos empregados do turismo e restauração, como com o "fim" da pandemia.

A culpa é dos calaceiros que não querem fazer nada, encostados ao subsídio, só com exigências. Ele é horário de trabalho, ele é hora para refeição, ele é dias de folga, ele é férias. Cambada de comunistas, pensam que somos um país rico?

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

Alforrecas

por josé simões, em 13.09.22

 

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Pessoas que comentam nas televisões, cujo único atributo para o fazerem é moverem-se bem no amiguismo lisboeta, serem amigos de fulana ou sicrano, conhecerem aquele e aquela, proximidade aos poderes que decidem quais os cartilheiros que, no tempo tal, devem marcar a agenda e passar o spin, que tirando isto não tinham onde cair mortos e ficavam a falar de borla no balcão do café ou no transporte público sem que ninguém lhes passasse cartucho, recebem avença mensal de muitas pensões médias para dizerem aos reformados e pensionistas que não podem ser aumentados no valor da inflação. 

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

Houdini Costa

por josé simões, em 06.09.22

 

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Quem não taxa os lucros excessivos das empresas também não devolve o que excessivamente arrecadou.

 

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Nota: Depois da [a]normalidade que é um Presidente comentar todos os aspectos da acção governativa e dar opinião, sem que lha perguntem, em áreas onde não é tido nem achado, vamos entrar na [a]normalidade que é um Presidente elogiar publicamente, e em directo para o país, a acção do maior partido da oposição de que é militante?

 

 

 

 

Há o jornalismo e há o filha da putismo

por josé simões, em 12.07.22

 

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António Costa e o Partido Socialista governaram como a direita queria:

não se pôs um travão ao aumento das rendas de casa por ser um ataque ao investimento privado na recuperação dos imóveis urbanos, depois de décadas ao abandono e à degradação, nem nas outras rendas, as das energéticas e das PPP rodoviárias, por exemplo, que o Estado tem de honrar os compromissos e não pode dizer que agora afinal não senhor, acabou-se a mama;

não se taxaram as empresas com maiores lucros, nem com lucros conjunturais devido à pandemia ou à invasão russa da Ucrânia, que isto não é a União Soviética, nem o socialismo, nem tampouco a Venezuela, e ainda corríamos o risco de deslocalizarem para a Taprobana onde o mercado é mais liberalizado e amigo do investimento;

teve um arremedo de baixa de imposto sobre combustíveis, rapidamente absorvido pela margem de lucro das gasolineiras, e depressa deixou de ser uma vitória do Ilusão Liberal reclamada em cartaz na rotunda, para cair no esquecimento ou do "mais vale estar calado que fazer figura de urso" a reivindicar coisas que até um puto da primária percebe o logro;

deu 60 paus de ajuda alimentar a cada família carenciada enquanto os espanhóis se esticaram até aos 200, mas também não é por aí, que dar dinheiro vivo a calaceiros e manhosos é incentivo à chulice de quem não quer trabalhar e fazer pela vida, como defende a direita, e se têm fomeca está cá o Banco Alimentar e o voluntário Marcelo, que até sai mais barato ao Estado que sai do bolso e do bom coração dos compatriotas que recusam a lei da selva do direito do mais forte à sobrevivência, princípio ético e moral do liberalismo;

e o pasquim que passou 5 anos a acusar o PS de governar a toque de caixa dos parceiros da esquerda geringonça, a apontar os males que isso trazia, trouxe ao país, e com reflexos nas décadas vindouras, agora chora porque afinal os socialistas não governaram como os comunas e os esquerdalhos queriam que governasse.

 

A Judiciaria já fazia uma investigação, com um daqueles nomes pomposos, imagem de marca, que costumam abrir telejornais, tipo "Operação Papel para Forrar o Balde do Lixo", sobre como é que jornais que não vendem, i e Sol, por exemplo, estão sempre nas bancas e no online ao minuto.

 

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