Sign O' The Times, XXIV
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Sign O' The Times, Capítulo XXIII
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Sign O' The Times, Capítulo XXIII
Quem tem, ou já teve, filhos pequenos, como sói dizer-se, sabe o que é pagar pelos anos de creche e infantário com se de propinas de universidade privada se tratasse. Isso ou em casa dos avós ou à solta na rua. E quem tenciona ter filhos também o sabe. E se calhar ajuda. A não os ter. E a grande "reforma estrutural" que falta fazer, depois da dos passes sociais, é o acesso gratuito a creches e infantários, isto sim um verdadeiro incentivo à natalidade, nada daquelas acções manhosas de propaganda, como os cheques-para-isto e os cheques-para-aquilo ou os abatimentos em sede de IRS.
[Imagem de autor desconhecido]
Página 7 do programa eleitoral da coligação Portugal à Frente:
«É necessário sobretudo encontrar soluções, tendo em conta que os estudos demonstram que os portugueses gostariam de ter mais filhos, mas sentem muitos obstáculos à concretização desse desejo [...].»
«Por nossa iniciativa, foi promovido um amplo debate em redor das questões da natalidade, que permitiu a apresentação de um conjunto de medidas legislativas, quer na Assembleia da República, quer no Governo [...]»
«O caminho está iniciado, mas é necessário ir mais longe, levando à prática medidas adicionais que removam os obstáculos à natalidade que favoreçam a harmonização entre a vida profissional e a vida familiar, que permitam uma participação efetiva dos pais na vida dos filhos, nomeadamente no que toca ao acompanhamento do seu percurso escolar, que melhorem os apoios à primeira infância [...]»
Assim, como a baixa natalidade é um problema nacional, como os portugueses gostariam de ter mais filhos e até há estudos que o comprovam e tudo [vejam só!], depois de se aumentar o horário de trabalho, diminuir os dias de férias e de descanso, cortar os salários e aumentar a carga fiscal, precarizar as relações laborais, reduxir ou até eliminar a prestação do Abono de Família, «o objectivo é claro: queremos um Estado mais amigo das famílias e que se oriente pela preocupação de remover os obstáculos à natalidade», resolvemos abrir as creches 24 horas por dia para assim os pais poderem desatar a fazer filhos à vara larga pois sabem que podem ficar nas fábricas, nos escritórios, nas limpezas, nas colocações de trabalho temporário, nos bancos e empresas privadas, com 12 e mais horas de carga laboral sem direito a remuneração do trabalho extra, nos estágios e nas acções de formação profissional, descansadinhos da vida de sol-a-sol porque sabem que os filhos estão na creche, de sol-a-sol, em boas mãos, nas mãos das IPSS’s pagas com o dinheiro do contribuinte.
Página 8 do programa eleitoral da coligação Portugal à Frente:
«Facilitar uma maior flexibilização dos horários das creches. A maioria das creches pratica um horário das 8h às 19h, nem sempre coincidente com as necessidades das famílias. Assim, propomos a majoração dos acordos de cooperação para as creches que anteciparem o horário de abertura ou adiarem o horário de encerramento, como forma de promover um apoio reforçado e mais compatível com as necessidades das famílias e dos seus horários de trabalho.
E se fossem gozar com quem vos talhou as orelhas?
[Imagem de Vivian Maier]
Eram muito à frente os Irmãos Marx nos idos de 1935. Cabe sempre mais um:
"Dependendo da vontade das instituições, temos um número potencial de 20 mil lugares em creches". Voluntários serão chamados para reforçar os cuidados.
O principio “autocarro da Carris” aplicado às creches e infantários:
«Ministro Mota Soares apresenta medida para aumentar vagas nas creches»
(*) Assim como o motorista é sempre só um quer transporte 10 quer transporte 140 passageiros, os educadores e auxiliares…