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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

|| Entretanto nos States

por josé simões, em 26.12.11

 

 

|| Upgrade

por josé simões, em 22.10.11

 

 

 

Ouvir, nestes últimos dias, a Direita comentar com a boca aberta de orelha a orelha, num misto de espanto e censura "e não é que os ‘indignados’ e os ocupas de Wall Street têm iPhone e iPad?", é só um upgrade do mui salazarento "é pobre mas tem frigorífico".

 

 

 

 

 

 

|| Neste desgraçado país até os protestos são mal direccionados

por josé simões, em 16.10.11

 

 

 

A manif devia ter tido início na Assembleia da República e final no Espírito Santo omnipresente e omnipotente em todos os sectores da sociedade portuguesa edifício do Banco Espírito Santo na Avenida da Liberdade, e aí permanecido até hoje ou até ao dia da apresentação do Orçamento do Estado no Parlamento, como parece ser a intenção dos organizadores.

 

Duas horas antes de apontar o caminho da Grécia a todos os portugueses o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, recebe na residência oficial o presidente do BES, Ricardo Salgado, e toda a gente acha uma coisa absolutamente normal e natural.

 

[Imagem de Paulo Henriques]

 

 

 

 

 

 

|| #Occupy everything

por josé simões, em 16.10.11

 

 

 

O interessante, diria mesmo muito interessante, no ‘movimento’ [agora global], e que o diferencia de todos os outros até hoje é, com excepção de meia dúzia de radicais infiltrados e saudosistas de um tempo que nunca viveram e do qual falam de cor, a aceitação de jogar o jogo dentro das regras do sistema capitalista, com uma única exigência, uma exigência tamanho do mundo, uma redistribuição justa da riqueza e o repúdio total da financiarização. E isto é algo de completamente novo. The Times They Are A-Changin'.

 

Nada de mais falso quando os paineleiros, comentadores e fazedores de opinião nos jornais e televisões, dizem que é uma massa anónima sem uma proposta concreta. Também eles são de outro tempo, do tempo dos bons e dos maus, do comunismo e do capitalismo, da exploração do homem pelo homem e do controlo operário e, naturalmente, andam completamente à nora com a velocidade vertiginosa do processo e com a ausência de uma liderança com quem dialogar e a quem apontar o dedo. Do it yourself, recuperado dos idos de 1977.

 

Curioso, ou nem por isso, terem sido os comunistas os primeiros a perceber a especificidade e as diferenças do ‘movimento’ e, malgré as participações espontâneas de militantes nas manifs, o PCP se ter oficiosamente demarcado através da convocação de uma manif própria para 3 dias depois. Os comunistas, apesar de integrados no sistema parlamentar, recusam o sistema capitalista e sobretudo as movimentações de massas que lhes escapam ao controlo.

 

[Imagem]

 

Adenda: Quando no dia 2 deste mês escrevi “Occupy the world?” não me deitei a adivinhar, era a única e a derradeira saída possível. Parece que pegou de estaca.