O Capítulo 1, Art. 1 da Carta da ONU
Não sei se Salazar alguma vez invocou a Constituição como argumento para negar a independência às colónias.
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Não sei se Salazar alguma vez invocou a Constituição como argumento para negar a independência às colónias.
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A primeira página do La Voz de Galicia, edición de Arousa [via]
El Parlament proclama la República i posa en marxa el procés constituent
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Dantes, um povo, uma região, decidiam a sua entidade própria, decidiam seguir o caminho que muito bem entendiam, declaravam a independência, cada um ia às suas e não se falava mais nisso. Ou falava-se. Uma guerra, mais ou menos prolongada no tempo, com mais ou menos mortos e feridos. Ou nem isso, já que tínhamos entrado na era da civilização sobre a barbárie e os checos separaram-se dos eslovacos na boa e as repúblicas soviéticas foram cada uma às suas a olharem de soslaio para a irracionalidade e na Jugoslávia de Tito. Era o chamado "direito dos povos à autodeterminação e independência", reconhecido pela Carta da ONU e por constituições de países vários, Portugal incluído.
Agora há um problema chamado "mercados". E há a "avaliação de risco" e há o "risco negativo" e há a "percentagem do PIB" e há a "economia do país" e há os milhões a pagar de indemnização ao parceiro de divórcio e há "o investimento", estrangeiro ou outro, e há o Banco Central Europeu e há o Fundo Monetário Internacional e há o "rating" atribuído. Um cataclismo medonho, a Besta do Apocalipse que faz os milhares de mortos e a destruição antes provocada por uma guerra da independência parecer coisa de limpar o rabinho a bebés e qualquer um com cu [quem tem cu tem medo] arrepiar caminho.
Se isto não é o triunfo do capitalismo financeiro global sobre o destino que as pessoas querem dar às suas vidas, às suas terras, às suas comunidades, não sei o que será mas coisa boa não é
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A primeira página do The Independent, sob um fundo de tempestade e tormenta que se avizinha, por contraponto à primeira página do Telegraph, com um radioso sol nascente como fundo.
A primeira página do Daily Telegraph
A capa do [Scotland] Sunday Mail.
Pessoas que ficam muito preocupadas com a possibilidade da Escócia poder vir a ser um país independente. E até fazem campanha pelo "Não" e tudo. E pessoas que ficam muito preocupadas com a possobilidade de a Catalunha poder vir a ser um país independente. E até fazem campanha pelo "Não" e tudo. Pessoas que até queriam passar alcatrão e penas no Álvaro, ministro, por ter acabado com o feriado do 1.º de Dezembro. E fizeram campanha e tudo
[Imagem What Will Happen to the Union Jack If Scotland Votes for Independence?]
Constituição da República Portuguesa
Artigo 7.º
Relações internacionais
3. Portugal reconhece o direito dos povos à autodeterminação e independência e ao desenvolvimento, bem como o direito à insurreição contra todas as formas de opressão.
«Barroso, a Escocia: "Seguir en la UE será extremadamente difícil, si no imposible"»
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«Era odiado pelo povo por, sendo português, colaborar com a representante da dominação filipina. Tinha alcançado da corte castelhana de Madrid plenos poderes para aplicar em Portugal pesados impostos, os quais deram origem à revolta das Alterações de Évora (Manuelinho) e a motins em outras terras do Alentejo. Foi a primeira vítima do golpe de estado do 1º de Dezembro de 1640. Depois de morto, foi arremessado da janela do Paço Real de Lisboa para o Terreiro do Paço, pelos conjurados.»
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CAPÍTULO I
Objectivos e princípios
Artigo 1.º
«o respeito do princípio da igualdade de direitos e da autodeterminação dos povos»
Desculpem a minha ignorância mas não consigo perceber o que é que a Esquerda e a Direita têm a ver com isto [há povos de Esquerda e povos de Direita?]; o que é que a República e a Monarquia têm a ver com isto [uma pessoa é primeiro republicana ou monárquica antes de ser português, chinês, inglês, ou catalão?]; o que é que ser bom ou mau para Portugal e/ ou para a Europa tem a ver com isto [o bem estar de Portugal e/ ou da Europa é um valor mais alto que os anseios de um povo/ região?]; não percebo o argumento da junção das coroas de Aragão e Castela 500 anos antes de Madrid existir, como se a História dos povos e das nações fosse algo imutável, ao mesmo tempo que se passa ao lado da independência de Portugal em relação a Castela ter sido sempre impulsionada de baixo, pelo povo e pela burguesia, contra o desejo e a ambição das elites, da nobreza e algum clero, consumada em casamentos de conveniência, laços sanguíneos e alianças políticas diversas.
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Mijinhas à parte, e continuando a ser uma incógnita a razão/ razões para o[s] Governo[s] da República nunca terem percebido que a independência da ilha só colhe apoio entre os cidadãos do continente, e, com isso, continuarem continuamente a alimentar campanhas independentistas manhosas na primeira, ou por interposta[s], pessoa[s], permitindo que o soba continue a ser o soba e fomentando o nascimento e proliferação de toda uma corte que se alimenta do erário público, a questão é de rápida solução, bastando para tal pronunciar as palavrinhas mágicas: re-fe-ren-do.
[Imagem de Alex Levac]
Está bem que antes de Tristão Vaz Teixeira e João Gonçalves Zarco terem dado às ilhas adjacentes nos idos de 1419 não havia por lá ninguém, indígenas, nada, só mato e árvores. Daí que até se falar em colonialismo e opressão parece-me um 'cadinho exagerado. Mas em nome do direito dos povos à autodeterminação e independência, e se for essa a vontade do povo, expressa por exemplo em referendo, aceita-se. Por quem sois, que viva Zapata!
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No Orçamento de Estado [e no bolso do contribuinte] quantas TAP’s, Carris, CP’s e RTP’s vale a ilha da Madeira?
Se a ideia é libertar o contribuinte, privatize-se o que há para privatizar e independência (já!):
"por que razão não pode haver pessoas que pensem a favor da independência?"