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AD acredita que corte de 5000 milhões nos impostos se pagará a si próprio
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AD acredita que corte de 5000 milhões nos impostos se pagará a si próprio
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Quando toda a gente já tinha assimilado que o trickle down não funciona porque leva ao aumento da mais-valia do patrão e do accionista" aparece o génio da lâmpada ilusionista liberal a jurar que "uma redução mais significativa de impostos levará ao crescimento do salário médio bruto".
Um gajo de direito, gestor de recursos humanos, a liderar uma colectividade política que faz da economia bandeira, com este parlapié, ou não sabe daquilo que fala, ou é vigarista, ou é fezada, ou as três.
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Em "Chora, que logo bebes" há um Presidente de férias na praia em modo pateta alegre que todos os dias às 13 horas em ponto veste polo e mete chapéu de pala na cabeça para dizer em directo na abertura dos telejornais que o Presidente está de férias e que não comenta propostas da oposição enquanto repete tintim por tintim as propostas do seu partido na oposição sobre a baixa dos impostos. "É proibida a entrada a quem não andar espantado de existir".
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Liz Truss, que quando era pequenina queria ir mais além que a Margaret Hilda, abolir a taxa mais alta de impostos - a dos ricos, reverter o anunciado aumento do imposto sobre as sociedades e o já em vigor aumento da taxa para a segurança social, baixar o imposto sobre os rendimentos, privatizar o que ainda resta do Estado social bife e do NHS, o famoso trickle down de Reagan, quanto mais ricos forem os ricos mais vai pingando para os mais pobres e rebéubéu pardais ao ninho. Não estiveram para aí virados os "mercados", nem com meias medidas, e em menos de um fósforo estava a Libra a ir ladeira abaixo, os juros da divida pública ladeira acima, o caos instalado na City, e os fundos de pensões em risco de falência, anarchy in the UK. A mesma receita que o Ilusão Liberal defende para Portugal e que perante o fiasco saiu a terreiro a clamar que a culpa era da réstia de socialismo que havia no "plano" - um ligeiro aumento das pensões sociais. Um partido que é uma RGA* - Reunião Geral de Alunos de alucinados. Veio o FMI falar em aumento de desigualdades, os "socialistas" Financial Times e The Economist a classificarem o "plano" como a loucura em roda livre, e ainda conseguiu a senhora o pleno de ter todos os tablóides pró Brexit contra si. É obra para um torie. Acossada por todos os lados despediu o bode expiatório, ministro das Finanças Kwasi Kwarteng, como se ninguém soubesse ao que ela vinha e o que se propunha fazer, foi como se o José Freixo tivesse despedido o Donaltim por falar demais e dizer coisas da boca para fora. Não estiveram para aí virados os poucos tories que têm os 5 alqueires bem medidos e que já passaram a fase RGA*, a senhora acabou por se demitir passados longos e eternos 44 dias de Governo e no momento imediato a Libra desata a subir. Como diriam os Ilusionistas Liberais, o socialismo manda nisto tudo.
[Link na imagem "state of the art: minister of silly walkouts"]
O primeiro imposto sobre os "lucros inesperados" foi aplicado em Portugal, sob aplauso da direita liberal, quando Vítor Gaspar, ministro das Finanças, resolveu taxar com 20% todos os prémios de jogo superiores a 5 mil euros, que já eram recebidos "limpos" pelos vencedores, depois de pagas todas as taxas ao Estado, obras sociais e et cetera, contra os 20 mil euros base de taxação em Espanha, por exemplo.
Agora assistimos a um "ó da guarda!", "os ladrões socialistas!", pela mesma direita liberal face à intenção mostrada pelo Governo em taxar ganhos nos casinos das criptomoedas .
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A Federação Portuguesa de Futebol, entidade com estatuto de utilidade pública desportiva atribuída pelo Estado, urdiu um esquema com o seleccionador nacional para lesar o Estado, por via da fuga aos impostos, e continua tudo como se nada se tivesse passado. O seleccionador continua a seleccionar, o presidente do futebol continua a presidir ao futebol, o outro que fala sobre tudo e que chega à flash interview primeiro que os jogadores nunca ouviu falar no assunto, no fim acertam as contas com o fisco, e lá vamos cantando e rindo. É a doutrina social dos que se benzem antes de entrarem no relvado, vão perorar sobre a fé que muda vidas a plateias de devotos carentes de exemplo depois de terem ouvido o Papa pedir justiça fiscal e exortar ao pagamento de impostos. Amém.
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Mesmo com uma carga fiscal de 60%, das mais altas da Europa, e a menos que se pense que o dinheiro que financia o Estado social, e ainda paga os bancos, nasce do chão, como é que o peso dos impostos pode ter reflexo, que tem, no consumidor se as gasolineiras aumentarem o preço do produto? 60% sobre 1 € será sempre 60% sobre 20 cêntimos de euro ou sobre 2 €.
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O Governo que com uma alteração à legislação fiscal permite a fuga da EDP ao pagamento de 110 milhões de euros em impostos, apesar de sobejamente avisado, é o Governo que acaba com a moratória do crédito à habitação e que admite recorrer para o Constitucional para travar apoios sociais aprovados pela oposição.
André Ventura, em regime de licença sem vencimento da Autoridade Tributária, e em situação de conflito de interesses no que diz respeito ao combate à fraude fiscal e fuga aos impostos por acumular o cargo de deputado com o de consultor da Finparter, empresa especializada na aquisição de vistos gold e imobiliário de luxo, o denominado planeamento fiscal, em português corrente "fuga ao fisco", apresentou um projecto de revisão constitucional que visa eliminar a "ideia obrigatória" da progressividade nos impostos sobre o rendimento. Dito de outra forma, quem ganha 600 € mensais leva, por exemplo, com uma taxa de 13% em cima, a mesma taxa a aplicar a quem ganha 6 000, 60 000, 600 000 ou 60 milhões, que a vidinha custa a todos. É a voz do dono e, não fossem os manhosos dos ciganos do RSI, o país era muito mais justo e democrático.
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A Holanda, da engorda às custas das empresas fugidas aos impostos nos países das putas e vinho verde, vulgo sul da Europa, quer penalizar empresas que saiam do país das socas para países com impostos mais baixos. Putas é no Red Light District em Amesterdão, o vinho verde, por mais que me esforce, não consigo alcançar.
Holanda tem plano para penalizar empresas que saiam para países com impostos mais baixos
"[...] a Iniciativa Liberal veio defender a isenção generalizada de pagamento da TSU, IRS, IVA, IMI e taxas autárquicas, ao mesmo tempo que exige ao Governo que avance com pacotes de apoio às empresas. Fico sem perceber onde é que a IL pensa que o Estado costuma ir buscar o dinheiro."
Helena Pereira no Público
REPENSAR O SISTEMA FISCAL NA ÓPTICA DO UNIVERSALISMO
Rui Rio promete reduzir a taxa de IRC, passando dos actuais 21% para os 19% em 2020, até chegar a 17% em 2023: menos 1.600 milhões de euros, medida majorada no interior, o que quer que isso signifique, qualquer que seja o maluco que vá investir onde não há tribunal, finanças, estação dos correios, bancos, para já não falar em escolas e postos de saúde;
Rui Rio promete uma descida do IRS para a "classe média", sem avançar valores;
Rui Rio promete uma descida do IRS para quem tem rendimentos mensais entre os mil e os dois mil euros, menos 3,7 mil milhões de euros;
Rui Rio promete medidas sortido rico para as empresas que investem e exportam: alargamento do prazo de reporte de prejuízos para dez anos, o reforço do regime fiscal de patentes e inovações, menos 300 milhões de euros;
Rui Rio promete redução do IVA na electricidade e no gás, de 23% para 6%, menos 500 milhões de euros;
Rui promete redução do IMI, do IVA na electricidade e no gás: 1,5% do PIB, menos 3,7 mil milhões de euros;
Rui Rio Rui Rio promete dar 1,9 mil milhões às empresas e 1,8 mil milhões às famílias.
Partindo da premissa simples que o dinheiro não estica nem nasce do chão, que toda a gente aprende em casa desde pequenino, com tanta conta de subtrair ao Orçamento do Estado onde é que Rui Rio vai buscar o dinheiro para cumprir as obrigações do Estado e ainda assegurar, e até melhorar, como não se cansa de repetir, o regular funcionamento do Estado social tal e qual o temos e conhecemos?
Os portugueses gostam de ser gozados?
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