"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Quando o presidente dos Estados Unidos publica na sua conta Twitter e Instagram o resultado de uma enquete levada a cabo pela Breitbart, o site ligado à extrema-direita norte-americana, especialista em notícias falsas, teorias da conspiração, histórias intencionalmente enganadoras e deturpadoras da realidade, propagador de opiniões racistas e antissemitas, que teve como director Steve Bannon, o estratega da ascensão de Trump à Casa Branca, acredita genuinamente na representatividade da "sondagem" ou é só mais um insulto à inteligência dos cidadãos?
A grande falha, talvez a maior de todas e a imperdoável e merecedora de impeachment, dos governos do PT de Lula e Dilma foi não terem mexido uma palha para reformar o sistema constitucional parlamentar brasileiro.
Um espectáculo ainda mais deprimente que as transmissões de Natal da RTP a preto-e-branco das "províncias ultramarinas para a Metrópole" com os infindáveis "para os meus pais, irmãos, namorada e restante família um bom Natal e um próspero Ano Novo". "Em nome de Deus e do coronel que torturou a Dilma". "Em nome de Deus e dos meus filhos e da Escola de Samba da Mangueira". Em nome de Deus e dos meus netos e dos eleitores de Mato Grosso. "Em nome de Deus e dos unicórnios e do Botafogo". "Em nome de Deus e dos eleitores do Estado de Minas Gerais". "Em nome de Deus e por causa da extinção dos dinossáurios e do Cruzeiro de Belo Horizonte": Por amor de Deus...