"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
O CDS que, mais rápido que a própria sombra, saiu a terreiro em protesto contra a cobrança de IMI a edifícios propriedade da Igreja Católica que não destinados ao culto, e que nem sequer vai até às capelas mortuárias, que as famílias, por interposta pessoa, as agências funerárias, pagam bem pagas à Igreja em nome de um enterro da Fé, é o CDS que, dizem as "más línguas", quer tramar Jerónimo, ler PCP, com o fim da isenção do famigerado imposto nos edifícios propriedade de partidos políticos, já que a sede do CDS pertence à Igreja Católica que é precisamente como começa este post. Como diz o pagode, "quem sai aos seus não é de Genebra".
E o dízimo que é pago voluntariamente via declaração de IRS ou por transferência do Orçamento do Estado para os heterónimos vários da Igreja católica, as IPSS.
O sentimento de posse e o direito de propriedade são prejudiciais ao homem novo que se quer na nova relação feudal servo-senhor que é o neoliberalismo libertador do Estado e criador de emprego e riqueza.
Se bem que um dos irmãos faça sempre o papel de metralha bom, não para manter o contribuinte receptível à extorsão e ao saque, mas para bem se salva[r]guardar, estão aqui os três, é só colocar os nomes por baixo e nem é preciso muita imaginação.
Paulo Portas já reagiu às novas medidas de austeridade anunciadas […] pelo Governo., considerando que "isto é um bombardeamento fiscal na nossa economia".
O líder do CDS-PP, criticou duramente as declarações do primeiro-ministro, enumerando as medidas de cariz fiscal - agravamento do IVA, IRC e IRS - Portas pergunta: "Isto é um pequeno esforço?".
Depois disse, no Parlamento, desconfiar que o agravamento do IRS visa tanto os trabalhadores no activo como os pensionistas.
[…]
"Lamento profundamente que os portugueses cheguem à conclusão que o Governo não tem palavra em matéria fiscal", afirmou.
Basta ter visto com atenção nas televisões as entrevistas de rua, logo a seguir à comunicação ao país do "cidadão e pai", para perceber a eficiência do trabalho de formiguinha da máquina de propaganda da maioria PSD/ CDS, de meses e meses de manipulação da opinião pública, através dos escudeiros de serviço instalados na comunicação social, com especial incidência nas televisões em tudo o que é debate e programa, que a leva a aceitar com passividade o saque e o esbulho que lhe é feito pelo governo das empresas e das marcas, com um encolher de ombros e que é preciso fazer sacrifícios para endireitar as contas do país, tortas pelo despesismo e o socialismo e o keynesianismo e as fundações e as gorduras do Estado e o viver acima das nossas possibilidades, quando a verdadeira razão para o termos chegado ao dia de hoje ter sido precisamente um ano de desgoverno do além da troika do quarteto Coelho-Portas-Gaspar-Relvas. Já era tempo de a Esquerda reagir ao embuste, não?