Um pantomineiro na Administração Interna
Assim de repente, já tivemos um ministro que se demitiu por causa da queda de uma ponte, onde não era tido nem achado, um ministro que se demitiu por causa de uma anedota de alentejanos, um ministro que se demitiu por suspeitas de fuga ao fisco, que depois se provaram infundadas, e um ministro que foi demitido por ter simulado uns corninhos com os dedos para um deputado na bancada da Assembleia da República. Hoje temos um ministro que nove meses depois, e só depois de um trabalho de investigação jornalística que gerou uma onda de revolta e de indignação nas redes e que trouxeram a reboque os partidos políticos, aparece no Parlamento, inchado que nem um gigante de dois metros, a ser engraçadinho, a ironizar sobre o atraso de toda a gente à defesa da Lei e da Ordem e do Estado de direito e dos direitos humanos, se procurarem bem vão ver que está ao lado de Luther King em algumas fotos nas marchas pelos direitos civis, enquanto a polícia que tutela continua em roda livre, a patrocinar posts no Facebook de organizações clandestinas que fomentam o ódio, o racismo e a xenofobia, pejadas de elementos ligados à extrema-direita. É este senhor, um pantomineiro que não sabendo nada de nada sobre qualquer que seja o tema em discussão consegue perorar durante horas sobre o assunto parecendo a maior sumidade mundial na matéria, que o primeiro-ministro, António Costa, insiste manter em funções.
[Na imagem print screen, de post já apagado, no Facebook da GNR]