In Memoriam
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O Jornal Polígrafo está a bloquear no Twitter todos aqueles que, educadamente, perguntam se não há verificação de factos [fact-checking] à mais recente divagação em ácidos de José Gomes Ferreira sobre uma história de Portugal alegadamente mal contada, e amplamente divulgada em todos os meios do Grupo Impresa. Por estas alturas já devem ser umas largas dezenas as contas bloqueadas.
O que é que José Gomes Ferreira sabe de Balsemão para continuar em roda livre na televisão do militante n.º 1?
O busílis da questão nesta never ending story, que começou muuuuuito antes de Manuel Loff e que vai continuar muuuuuito depois de Rui Ramos, é a atitude dos escudeiros, novos e velhos, do salazarismo, do Estado Novo e do fascismo, em particular, e de todos os tiranos da nossa história, no geral, em desculpabilizar a supressão das liberdades fundamentais, a repressão, a opressão, a perseguição política e a tortura, reescrever a História de modo a que o povo acredite que não foi dor a dor que realmente sentiu, enquanto, simultaneamente, agitam o fantasma de um regime político que nunca existiu, a ditadura comunista que oprimiu Portugal no pós revolução de 74.
¡No Pasarán!
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Talvez não fosse mal pensado, de mansinho para não fazer ondas, retirar de circulação o mal engerocado vídeo, com direito a destaque na homepage do “jornalismo arejado” e tudo, de modo a não cairmos no ridículo aos olhos dos finlandeses e do resto do mundo.
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Conseguir falar em liderança durante o Renascimento e em reaccionarismo na maioria dos países europeus, sem referir uma única vez o obstáculo epistemológico religião/ igreja católica/ Inquisição e a perseguição aos grandes vultos da ciência e da cultura, mais a decapitação do poder económico e do investimento com a perseguição e expulsão dos judeus, que viriam a ter papel activo e determinante no desenvolvimento e crescimento dos países do norte da Europa, concorrentes directos de Portugal na expansão e exploração colonial. É obra!
Não foi, nunca foi, uma estrada de um só sentido. Esta é uma História (muito) mal contada: «“as raízes da nação portuguesa e a de toda a Europa, quer queiramos ou não”, são cristãs». Mas feita a contabilidade final talvez a Igreja Católica, como ela é no mundo actualmente, deva mais à nação portuguesa do que o inverso. Basta ler a História de Portugal e dos descobrimentos portugueses (e espanhóis também).
Para a eternidade, pela pena de Luís de Camões.