"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Hoje no hipermercado, enquanto me registava as compras, a empregada, não mais que uns 24/ 25 anos, tentou, por todos os meios, convencer-me da bondade de fazer exactamente a mesma coisa online mais a comodidade da entrega ao domicilio. Um dia vou perceber a apetência pelo suicídio dos miseráveis na base da "cadeia alimentar".
Este foi aquele fim-de-semana em que, graças ao humanismo e à solidariedade dos portugueses, o n.º 2 e o n.º 3 no top 25 da lei da selva ficaram um pouco mais gordos para o ataque ao n.º 1.
Um hipermercado, símbolo máximo do capitalismo consumista, abre ao público a 25 de Novembro, no Barreiro ex-vila piloto da industrialização portuguesa, bastião da resistência operária, do sindicalismo reivindicativo e do Partido Comunista.
O poder das marcas e o capitalismo e o mundo gira e o capitalismo gira com ele e o caralho.
(Na imagem “Os 3 da Vida Airada”, o resto fica ao vosso critério)