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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Símbolos nacionais

por josé simões, em 09.04.07

 Alguém que me explique cabalmente porque é que valorizar a bandeira e o hino nacional por alguém oriundo da esquerda deve ser considerado como uma deriva à direita.

Vem isto a propósito do apelo feito pela candidata do PS francês – Ségolène Royal – para que os franceses colocassem a bandeira tricolor nas janelas, e a reabilitação do hino nacional, que passou a encerrar os comícios de campanha, donde havia andado arredado em favor de temas interpretados por Madonna ou Black Eyed Peas, o que foi considerado pela maioria dos analistas como um piscar de olho ao eleitorado que tradicionalmente vota à direita.

 

A esquerda não é patriótica nem nacionalista – no sentido de amor à pátria? A esquerda não respeita nem tem orgulho na Bandeira e no Hino?

Por outras palavras, somos todos de direita – perigosamente – quando colocamos as nossas bandeiras nas janelas e varandas em apoio à Selecção Nacional? São Scolari e Marcelo Rebelo de Sousa, Le Pen’s em potência por haverem apelado a esse acto?

Que me recorde, todos os comícios, quer do PS, quer do PC portugueses, terminam com A Portuguesa, e bandeiras nacionais nunca faltaram

A quem é que interessa fazer passar esta ideia?

A quem interessa clivar o eleitorado, ou mais grave, um povo, atribuindo o exclusivo da assumpção dos símbolos pátrios a determinada facção politico-partidária ou ideológica? Certamente àqueles senhores que afixam cartazes na principal rotunda da capital com mensagens xenófobas.

 

É que hoje são os imigrantes, amanhã são os pretos e os judeus, depois os comunistas os socialistas e até alguns sectores da direita mais os católicos. Isto é uma remake de um filme que esteve em exibição por essa Europa fora há 60 anos atrás.