|| Como diria o outro, "uma certa podridão de hábitos políticos"
Um banco, "que não foi nomeado", na instrução de um processo onde Ricardo Salgado, presidente do Banco Espírito Santo, era elemento chave, dispunha-se a pagar, benemeritamente e sem segundas intenções, o salário do líder do CDS, que já não era Paulo Portas porque demissionário, mas alguém escolhido por Paulo Portas, para lhe permitir ser líder sem o ser; mais os ciúmes de alguém que se julgava escolhido por Paulo Portas para ser líder do CDS sem o ser, à roda de um despacho assinado por dois ministros do CDS, poucos dias antes de cessarem funções, Nobre Guedes e Telmo Correia, e que dava carta branca a uma empresa do Grupo Espírito Santo, na figura de um militante do CDS, Abel Pinheiro, para o abate de milhares de sobreiros [espécie protegida] na herdade da Vargem Fresca e o avanço de uma exploração turística.
Paulo Portas, depois de uma demissão irrevogável e depois de regressar ao partido a pedido de várias famílias e de uma birra de Nuno Melo, apanhou o "elevador político" e é vice-dono do Governo, Telmo Correia, depois de candidato derrotado à liderança, cof-cof, do CDS e de candidato derrotado à presidência da Câmara de Lisboa, continua a desempenhar as funções de fiel escudeiro do chefe, no Parlamento e nas televisões, onde tem lugar cativo, Nobre Guedes e Abel Pinheiro estão em stand by a aguardar o seu "momento Eduardo Catroga e/ ou Rui Machete".
[Imagem "Women workers at Butlins wearing Marilyn Monroe face masks as they parade in their swimsuits", May 1952, Hulton Arch/ Getty Images]