"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Se os ácaros alegarem que estavam a tentar aceder a provas de uma eventual promiscuidade entre a Vodafone e o sub-mundo do futebol, em negócios menos claros e à margem da lei, ganham imunidade, simpatia editorial e uma medalha no Dia da Raça?
Uma acção de guerrilha da sociedade civil como resposta a uma acção de terrorismo de Estado. Uma ilegalidade como resposta a outra ilegalidade. É de uma guerra que se trata, caso não tenham ainda percebido.
Após ter aprendido que na China não há censura na web; mas tão-somente “alguma «desabertura» sua «revelada» em termos de acesso aos sites de propaganda «organizadora» contra o seu regime”, ainda assim, presumo, não fossem os utilizadores pensar que o que lêem é verdade e revoltarem-se contra as verdades estabelecidas; e depois de ler esta prosa: “Será a possibilidade de, em permanência, não só localizar para apontar por tudo o que é mundo. (…) Será agora a ambição de entrar em tudo o que é computador, processador, para observar, desorientar, destruir, sendo o caso. Daí, a perspectiva de profissão para os novos hackers (…)”, lembrei-me deste acontecimento recente, e dei por mim a pensar no que poderia ter sido o mundo se nos tempos de Ioseb Besarionis Dze Jughashvili e de Lyeaníd Ilítch Bryéjnyef já houvesse acesso generalizado à web…
Esta notícia faz-me lembrar a recente pseudo-ocupação do Insurgente. Com uma diferença: aqui é mesmo a sério. Nada de palhaçadas insurgentes, com linguagem pseudo-esquerdalha, com linguagem pseudo-okupa; a ideia que certa direita tem do discurso de determinada esquerda, e que fez a indignação de muita alma penada por esses blogues fora.
Qual seria a reacção do Insurgente perante uma okupação mesmo a sério?
Qual seria agora, a reacção na blogosfera, perante uma okupação mesmo a sério?