"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Agora que José Eduardo Moniz abandonou o leme da TVI agradecendo as loas e as odes recebidas pelas suas qualidades de grande gestor e profissional competentíssimo que guiou a estação a líder de audiências, no vale tudo dos reality shows asquerosos às telenovelas mais manhosas, passando pelo jornalismo mais rasca de que há memória, talvez seja boa altura para parar e pensar um bocadinho: a culpa não é dele, é de quem dirige os destinos da televisão na guerra das audiências.
Leio nos jornais que a SIC e a TVI bateram a RTP nas audiências de Natal. Como não estamos propriamente num país de ateus e agnósticos; de pagãos já tenho as minhas dúvidas, face aos cultos de Santos& Santinhas que por aí prolifera de Norte a Sul do rectangulo, o que eu esperava ler, era que as televisões tinham tido quedas pronunciadas de audiências nestes últimos dias.
Que raio de pais é este, que para celebrar a “Festa da Família” se come o bacalhau, o peru, o borrego ou coisa que o valha e depois fica tudo arrochado no sofá a ver televisão?
Não têm nada para falar uns com os outros? Não há mais nada de interessante e útil para fazer?