Dresden, Palestina
A destroyed part of Gaza City as seen from southern Israel. Tsafrir Abayov/ AP Photo
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A destroyed part of Gaza City as seen from southern Israel. Tsafrir Abayov/ AP Photo
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A dust-covered camera is seen inside an office building damaged in an Israeli strike, in the southern Lebanese town of Nabatieh, November 28, 2024. Reuters/ Adnan Abidi
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1000 dias de guerra na Ucrânia, mas a culpa é nossa, da União Europeia da liberdade e dos direitos humanos, que insistimos em apoiar quem resiste ao imperialismo fascista russo, financiador da extrema-direita para minar a democracia no continente.
1000 dias de Guerra na Ucrânia, e se o conflito escalar para o apocalipse nuclear a culpa é nossa, da NATO, responsável pelo maior período de paz de que não há memória no continente da liberdade e dos direitos humanos.
"A mais séria ameaça que os trabalhadores e os povos enfrentam" não é o fascismo imperialista russo, "a mais séria ameaça que os trabalhadores e os povos enfrentam" não é o pior de dois mundos na China comunista do capitalismo selvagem, "a mais séria ameaça que os trabalhadores e os povos enfrentam" não é um louco na Coreia do Norte, a "República Democrática Popular", com acesso a arsenal nuclear e a exportar para a Europa tropas carne para canhão, "a mais séria ameaça que os trabalhadores e os povos enfrentam" é a NATO a UE e o G7. Tal e qual 1930 na Alemanha, a mais séria ameaça que os trabalhadores e os povos enfrentavam era a social-democracia, não era o nazismo. Há coisas que nunca mudam, nem com lições de história.
[Imagem "Natali Sevriukova reacts next to her destroyed apartment building following a rocket attack in Kyiv, Ukraine, Friday, Feb. 25, 2022. AP Photo/ Emilio Morenatti]
And last but not least o "envolvimento de tropas da Coreia do Norte na guerra, em Kursk, que é território russo e não ucraniano". Para se perceber o nível de sonsice há que perguntar que território é o Donbas, se ucraniano, se russo, de forma a contextualizar uma eventual entrada da NATO na guerra.
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Na rede de Musk um alegado militar de Abril, em conta com o pisco de verificada que permite escrever até 10 000 caracteres, privilégio pago ao dono e financiador de Trump, que agora é que vão ser elas, que a Rússia vai usar o nuclear, que vamos ser todos arrasados, o fim do mundo, o apocalipse. Seria um coitado que nunca ouviu "it'd be such an ignorant thing to do if the Russians love their children too" do Sting, no tempo em que era proibido chamar Rússia à União Soviética, não fora o historial de replicar propaganda do Kremlin, o "por causa da intensificação da escalada belicista dos Estados Unidos, da NATO e da União Europeia" do partido que não é putinista, com um exército de minions nas redes que se confundem com o próprio militar.
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Em 1917 os Estados Unidos vieram. Em 1944 os Estados Unidos vieram. Em 2015 não vai vir ninguém. É este o drama da Europa.
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Quando Edwin Starr gravou War, canção dos The Temptations, que havia de se tornar num hit contra a guerra do Vietname e um dos melhores temas anti-guerra da história da pop-rock, recuperada anos mais tarde pelos Frankie Goes to Hollywood em plena guerra fria e ameça nuclear, nunca antecipou que anos mais tarde, numa outra latitude, Gaza, uma guerra ia ter utilidade: o mundo saber que nas guerras morrem crianças.
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Depois de ter convocado a embaixadora italiana em Moscovo para protestar contra a presença ilegal de jornalistas da televisão pública italiana em zonas controladas pelas tropas ucranianas na região fronteiriça russa de Kursk, agora o Kremlin abre um processo-crime contra um jornalista da CNN por alegadamente ter atravessado ilegalmente a fronteira com a Rússia para filmar uma reportagem na mesma região de Kursk.
Bom era quando o camarada Bruno de Carvalho, ilegalmente em território ucraniano, acompanhava a invasão "operação militar especial" e, com fotos no Twitter, encontrava um azove em cada ucraniano morto e uma bandeira nazi e um exemplar do Mein Kampf em cada habitação que devassava, por cá com direito a livro no prelo a dar conta de tão profunda experiência como jornalista "independente".
Deve ser a isto que algumas mentes iluminadas, com avença nos jornais e lugar cativo no comentariado televisivo, chamam de russofobia e censura a tudo o que vem dos lados da Rússia.
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A damaged monument to Soviet founder Vladimir Lenin stands in a central square in Sudzha, Kursk
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Minions do "partido que não é putinista" nas redes a elogiarem o sentido de Estado do neo-fascista Órban, a toupeira de Putin na União Europeia, por afirmar que a guerra foi despoletada pela aproximação da NATO e da UE à fronteira russa, de uma assentada metendo no bolso detrás das calças o famoso "direito dos povos à auto-determinação e independência", na Constituição que tanto exigem ser cumprida, ou o direito de integrarem ou não blocos e alianças que muito bem entenderem, na famosa Acta de Helsínquia, sempre invocada pelos candidatos à Presidência da República e ao Parlamento Europeu, onde foi metida por Brejnev como defesa no tempo em que a fronteira da Rússia URSS ficava em Berlim.
De onde mais menos se espera sai um Jacques Doriot.
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O taberneiro pode insultar toda a gente, o taberneiro pode levantar falsos testemunhos, o taberneiro pode mentir com quantos dentes tem na boca [porque estamos na era do pós-verdade], o taberneiro pode dizer coisas e a seguir dizer que nós não o ouvimos dizer aquilo que disse, o taberneiro pode dizer tudo isso e o mais que lhe aprouver, mas ninguém pode dizer nada ao taberneiro, ninguém pode apontar nada ao taberneiro, ninguém pode dizer "o senhor diz e faz exactamente o contrário daquilo que diz quando está ao balcão da taberna" porque isso entra na categoria de ataque a um deputado eleito por um partido com assento parlamentar na casa da democracia, coitada da democracia.
A Rússia pode invadir um Estado soberano, porque sim, porque aquilo é tudo União Soviética, e "por causa da intensificação da escalada belicista dos Estados Unidos, da NATO e da União Europeia"; a Rússia pode bombardear áreas residenciais, infantários, escolas e hospitais, porque aquilo estava tudo pejado de azoves, como reportou o excelentíssimo militante do PCP jornalista tuga, que viu e fotografou uma bandeira nazi e um exemplar do Mein Kampf em todas as casa onde em que entrou no Donbass, e que continua a ver mesmo sem lá estar; a Rússia pode fazer isso tudo e ainda ameaçar os vizinhos da Ucrânia com uma invasão e o resto do mundo com uma guerra nuclear; a Ucrânia não pode efectuar ataques cirúrgicos em território ucraniano ocupado pela Rússia - Donbass e Crimeia, por causa da morte de civis inocentes e porque isso é o envolvimento da Ocidente, da União Europeia, da NATO, e dos Estados Unidos, não necessariamente por esta ordem, no ataque a um estado soberano, a Rússia.
A Rússia financia partidos que se sentam no Parlamento Europeu ao lado do partido do taberneiro. O Partido Comunista da URSS Rússia apoia a política de Putin contra a Ucrânia e o resto do mundo. O Partido Comunista Português não é putinista.
LEGO creators turn ukrainian architectural icons into building sets to raise funds
E, numa manobra circense de distracção, quase, quase, quase no final do debate, João Oliveira diz que a solução para a guerra e para a paz e para a prosperidade e para o sol brilhar para todos nós, "está aqui", brandido para João Cotrim de Figueiredo uma papeleta que se supõe ser a Acta Final de Helsínquia. E o que é que diz a Acta Final de Helsínquia? Consagra o "respeito pela igualdade e individualidade soberana de cada Estado; o respeito por todos os direitos inerentes à sua soberania, incluindo o direito de cada Estado à igualdade jurídica, à integridade territorial e à liberdade e independência política [coisa que a Rússia não reconhece à Ucrânia]; o direito de cada Estado de definir e conduzir como desejar suas relações com outros Estados de acordo com o direito internacional; o direito de pertencer ou não a organizações internacionais, de ser ou não não ser parte de tratados bilaterais ou multilaterais, incluindo o direito de ser ou não ser parte de tratados de aliança, o direito à neutralidade". E assim cai por terra toda a justificação putinista do PCP para a invasão da Ucrânia pela Rússia por causa da "intensificação da escalada belicistas dos Estados Unidos, da NATO, e da União Europeia". Como toda a gente embatucou e o candidato do PCP passou por grande pacifista, ao contrário de todos os outros, a conclusão a tirar é que ninguém leu a puta da acta, a começar pelo "pacifista" João Oliveira.
[Imagem de autor desconhecido]
Gajos que escolhem o Natal e a Páscoa para cometerem atentados terroristas querem uma pausa na guerra durante o Ramadão. Não há solução política para guerras religiosas com mais de 2000 anos.
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Primeira página do dinamarquês Politiken.
À cabeça no boletim de voto:
Vladimir Vladimorovich Putin, 71 anos, líder indiscutível da Rússia desde 2000, tanto como presidente como enquanto primeiro-ministro.
Os últimos três, vivos, e aqui é que reside a pluralidade democrática da Rússia:
Nicholas Kharitonov, Partido Comunista, apoia a guerra na Ucrânia.
Leonid Slutsky, Partido Liberal Democrático (Partido nacionalista), apoia a guerra na Ucrânia
Vladislav Davankov, Novo Povo, defensor da paz e das negociações com a Ucrânia, no quadro definido por Putin.