"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Para ler a explicação do primeiro-ministro em relação às declarações sobre os jornalistas é obrigatório subscrever o jornal do grupo de comunicação social, propriedade do militante n.º 1 do partido do primeiro-ministro, proprietário do canal de televisão onde o primeiro-ministro deu uma entrevista a uma alegada jornalista. Economia circular e "jornalismo tranquilo".
O Jornal Polígrafo está a bloquear no Twitter todos aqueles que, educadamente, perguntam se não há verificação de factos [fact-checking] à mais recente divagação em ácidos de José Gomes Ferreira sobre uma história de Portugal alegadamente mal contada, e amplamente divulgada em todos os meios do Grupo Impresa. Por estas alturas já devem ser umas largas dezenas as contas bloqueadas.
O que é que José Gomes Ferreira sabe de Balsemão para continuar em roda livre na televisão do militante n.º 1?
As redes sociais são boas quando usadas pelos avençados do partido do militante n.º 1 para largarem spin, fazerem acções de propaganda e manobras de intoxicação da opinião pública.
As redes sociais são boas para o grupo de comunicação social do militante n.º 1 estar nelas.
As redes sociais são boas para os jornalistas do grupo de comunicação social do militante n.º 1 virem para as redes sociais queixarem-se das redes sociais.
As redes sociais são boas para os órgãos de comunicação social do grupo de comunicação social do militante n.º 1 lucrarem milhões com o clickbait.
As redes sociais são boas para a televisão do militante n.º 1 fazer RT e linkar, de sábado a segunda, notícias saídas no jornal do militante n.º 1.
As redes sociais são boas para o pivô do telejornal noticiar "o movimento nascido nas redes sociais" e o que "o político tal disse nas redes sociais".
As redes sociais são boas, a começar pela "alvorada" dos blogues, porque democratizaram a opinião e, como consequência, a opinião pública deixou de só opinar o que interessava à opinião privada, patrocinadora de fazedores de opinião pagos pelo grupo de comunicação social do militante n.º 1.