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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Ainda os Gandes Portugueses

por josé simões, em 25.05.07

“Houve quem ficasse admirado com a votação que Salazar obteve num recente programa televisivo. Foi uma maioria silenciosa, uma maioria que não se sabia bem onde estava. A Senhora Dona Margarida Moreira acaba de tornar público o seu voto. E ela está, ai de nós, à frente da Direcção Regional de Educação do Norte.”

 

Carlos Fiolhais, para ler no Público de hoje.

O terceiro lugar de Aristides Sousa Mendes

por josé simões, em 27.03.07

 Começo o post com uma declaração de interesses: Votei em Fernando Pessoa.

 

Em editorial assinado no Público de hoje, José Manuel Fernandes (JMF) aponta os “ Quatro motivos para a eleição de Salazar não ser esquecida”.

 

Procurando justificações para o facto de os dois primeiros lugares do pódium terem sido ocupados por Salazar e Cunhal que “representam o que não se quer que Portugal seja, mas que ainda é em boa parte”, JMF avança que “foi o voto militante que derrotou a dispersão de votos nos outros candidatos, mas que existam ainda tantos militantes em nome deste tipo de figuras é um sinal de atraso do país.”

Plenamente de acordo. Aliás em posts anteriores arrisquei mesmo avançar que o vencedor seria Álvaro Cunhal, eleito pelo lobby que colocou a ceifeira de Baleizão nos 15 primeiros. Falhei; não por muito, mas falhei.

 

(O PC deve estar neste momento a pensar se terá sido boa aposta a defesa de Cunhal nas mãos de Odete Santos. De cada vez que a “camarada” abria a boca, o telefone tocava a favor de Salazar. Mais valia ter apostado em Pacheco Pereira.)

 

Onde JMF falha, a meu ver rotundamente, é na análise ao terceiro lugar de Aristides Sousa Mendes.

 

“Porque é que surge tão bem colocado? Só há uma explicação: foi o voto de refúgio para os que desejam enviar um sinal contra a polarização da corrida entre o ditador e o comunista.”

 

Num país onde em inquéritos de rua à porta de uma Universidade (!!!) e em concursos de televisão, Américo Tomaz é identificado como o primeiro Presidente da República a seguir ao 25 de Abril, e Sá Carneiro como ex-preso político, quem é que sabe quem foi Aristides?

 

Não! Foi também o mesmo voto militante. Custe-lhe o que custar, foi o chamado lobby judaico, em defesa de um “justo” com árvore plantada na Alameda, e tudo.

Não estando em causa os inegáveis princípios e valores humanistas que estiveram por detrás da atitude de Aristides Sousa Mendes (valores que aliás partilho em absoluto), JMF não pode querer aplicar um determinado raciocínio a dois finalistas e ignora-lo para outro. JMF está a cair no “politicamente correcto”; para não ser acusado de anti-semitismo faz uma interpretação enviesada da classificação; essa sim, uma atitude anti-semita.

 

Seria útil ao director do Público dar uma passagem de olhos por um livro de Hannah Arendt intitulado As Origens do Totalitarismo.

O Grande Português

por josé simões, em 26.03.07

41% !

ahahah!.. eheheh!.. ihihih!..

(pausa para respirar)

ahahah!.. eheheh!.. ihihih!..

Grandes portugueses

por josé simões, em 31.01.07

 

 Aquando da apresentação dos 10 finalistas de os Grandes Portugueses, escrevi por aqui que não me espantaria absolutamente nada e, até era capaz de apostar que, o vencedor seria Álvaro Cunhal; eleito pelo mesmo lobby que conseguiu colocar a ceifeira de Baleizão nos 25 primeiros.

 

Entretanto um dado novo surgiu. A imprensa de ontem noticiava que, cidadãos deste país andam a receber sms’s anónimos, onde lhes é pedido para ligarem para um determinado numero – 760 102 003 – e, após efectuada a ligação, descobrem que acabaram de votar no Dr. António, mais conhecido por Salazar, nascido e sepultado em Santa Comba Dão.

 

Este novo dado a meu ver em nada altera a aposta que fiz no post anterior; antes pelo contrário; e sublinha e reflecte o imaginário colectivo do povo português – o desejo de “alguém” que governe; avesso que é a estas “modernices” da democracia (a portuguesa só tem 33 anos!), a instabilidades e a mudanças constantes de governos.

 

(Veja-se o modo como o cargo de Presidente da República é encarado mesmo agora em democracia, as simpatias que suscita e os altos níveis de popularidade, seja quem for que o ocupe).

 

Salazar e Cunhal são, à escala nacional, os símbolos máximos das duas ideologias que marcaram o século XX europeu: Os fascismos e os comunismos; ambos cultivando uma imagem ascética e com um sentido de missão quase ao nível do religioso. Sós e de mão firme; e o povo gosta disso.

 

Se Cunhal ganhar (continuo a apostar nisso) é o lugar comum da já mítica capacidade de mobilização dos comunistas; mesmo que seja a única eleição que ganhou e, a título póstumo.

Se Salazar ganhar e, pelos vistos com batota, nada de novo, tudo normal.

Alguém é capaz de apontar uma única eleição que Salazar tivesse ganho sem recorrer à batota? Ah pois é…

 

(Eu cá já votei no Fernando Pessoa)

 

Grandes portugueses

por josé simões, em 15.01.07
Por ordem alfabética, frisou Maria Elisa.
 
Afonso Henriques, primeiro Rei de Portugal; António Oliveira Salazar, segundo Rei de Portugal, Álvaro Barreirinhas Cunhal, o homem do back stage; o quarto não me recorda quem era; o quinto, Fernando Pessoa, primeiro psicólogo de Portugal.
 
Álvaro Cunhal parte em vantagem e, até sou capaz de apostar que vai ganhar. Eleito pelo mesmo lobby que conseguiu colocar a ceifeira de Baleizão nos 25 primeiros.
 
Antevêem-se grandes discussões e, trabalho extra para os comentadores de serviço cá do burgo; o “aparelho” do PC, a organização interna do PC, o poder de mobilização dos comunistas e, etc. e tal.
 
Quando a discussão deveria incidir sobre o porquê do Pai da Democracia (Mário Soares) e o Homem das Grandes Causas (Francisco Sá Carneiro), nem nos primeiros dez figurarem…
 
Vai ser o rir!