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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

|| Being Miguel Relvas

por josé simões, em 12.04.12

 

 

 

Coisas velhas, passadas pelo brushing e maquilhagem, apresentadas como coisas novas, e sublinhadas, até á náusea, como ideias novas que vêm substituir ideias velhas. Isto só costuma acontecer com governos e governantes em final de mandato e massacrados por anos de [má] governação. Não é preciso grande esforço para desmontar o discurso de propaganda do ministro da propaganda, basta fazer as perguntas e deixar responder sem interromper e com grandes planos das expressões faciais, tal é o desfasamento entre a realidade pintada e a realidade, sofrida na pele, todos os dias. Soberbo.

 

[Imagem fanada aqui por print screen ao vídeo]

 

 

 

 

 

 

|| Isto está tudo minado

por josé simões, em 12.01.12

 

 

 

Antes do jantar e depois do jantar. A entrevista devia podia ter acabado logo ao minuto 02.01:

 

«O que está em causa não é a Maçonaria, o que está em causa são negociatas ou intrigas ou influências feitas, digamos, a coberto da Maçonaria. Não pode ter acontecido essas negociatas numa loja em funcionamento, isso é absolutamente interdito, pode acontecer é num jantar que antecede ou sucede a uma reunião maçónica»

 

Mas continuou por mais 32 penosos minutos, cada um pior que o outro. E a rapariguita até nem se esforçou muito.

 

 

 

 

 

 

|| Deus, Pátria e Autoridade

por josé simões, em 15.12.11

 

 

 

"Portugal está onde estão os portugueses e os seus interesses" ou "Portugal está onde estão os seus interesses e os [dos] portugueses", o que para o caso vai dar no mesmo, disse, mais ponto menos vírgula, Paulo Portas na Grande Entrevista da RTP1 e a propósito do encerramento das embaixadas.

 

É por isso que encerrámos a embaixada em Andorra e mantivemos uma embaixada em Roma e outra no Vaticano, separadas entre si por meia centena de metros, digo eu.

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

|| Mephisto

por josé simões, em 01.12.11

 

 

 

A determinada altura foi ao que cheirou a Grande Entrevista com Eunice Muñoz.

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

|| Em lume brando

por josé simões, em 17.02.11

 

 

 

 

 

Disse-me no congresso de Carcavelos, olhos nos olhos, como dizia a avó Ilda “estes olhos que a terra há-de comer”, que ninguém no seu perfeito juízo acredita que este Governo possa durar uma legislatura. Era tão fácil de desarmar, assim a esperteza da entrevistadora deixasse de ser saloia. Pergunta de algibeira que nunca é feita: e se o Governo fizer o seu trabalho, se se deixar de “fitas e governar” o que é que sobra para o PSD, o PSD serve para quê, grilo falante do regime?

 

 

 

 

 

 

 

|| A ordem dos Psitaciformes

por josé simões, em 25.11.10

 

 

 

 

 

 

Ouvir o líder partidário há mais tempo no activo e com responsabilidades ministeriais em dois governos falar em “regeneração do país”. Regeneraquantas?!

 

 

 

 

 

 

|| Mistéeeeerio…

por josé simões, em 02.09.09

 

 

 

Judite de Sousa insistiu, insistiu e insistiu, com Sócrates, se considerava este PSD mais à direita que o CDS e o mais que arrancou como resposta foi "o PSD está neste momento muito à direita, talvez como em nenhum momento da sua história.".

 

Especulando, e caso a resposta fosse “Sim”, teria Judite de Sousa engatilhada a pergunta “em caso de maioria simples, pondera uma aliança parlamentar com Paulo Portas?”. Nunca saberemos.

 

Muito sabido este Sócrates.

 

 

 

|| Domingo jantamos lá em casa?

por josé simões, em 20.08.09

 

 

 

tocava a música e corriam as letras em rodapé e Judite de Sousa pergunta a Manuela Ferreira Leite: “Foi gira esta última pergunta, não foi?”.

 

Agora estou aqui em pulgas para ver qual vai ser a “pergunta gira” que Judite vai fazer para a semana a José Sócrates.

 

(Imagem Swede Leap via Chicago Tribune)

 

 

|| Nós profundamente

por josé simões, em 06.08.09

 

 

 

Em entrevista a Judite de Sousa, o camarada secretário-geral “temos profundas inquietações” e como tal o camarada secretário-geral “acompanhamos profundamente” e “consideramos” que os “profundos problemas” do “nosso” ponto de vista” porque “somos eleitos e respeitamos o mandato”.

 

Camarada secretário-geral, não é por nada, mas ao dono deste blogue vai-nos faltando a paciência para quem, “profundamente”, nos fala na primeira pessoa do plural.

 

(Imagem KCNA / AFP via Getty Images)

 

 

 

Da Homofobia

por josé simões, em 19.02.09

 

«Uma campanha negra é acusar alguém que é candidato a primeiro-ministro (leia-se José Sócrates) de determinada tendência sexual (leia-se homossexual)».

Foi mais ou menos assim que Augusto Santos Silva começou por responder na entrevista a Judite de Sousa., e como exemplo do que é a homofobia melhor era impossível.

 

Passo a explicar. Eu, por exemplo, heterossexual e acérrimo defensor do “cada um mija com a sua e não se fala mais no assunto”, tanto se me dá como se me deu que me chamem homossexual, bicha, paneleiro, rabeta, “olha o gajo pega de empurrão” ou “a menina atraca de popa”; é para o lado que durmo melhor. Quando trato com alguém não estou a ver se é homem ou mulher, homo, hetero ou bi, branco, amarelo, preto ou azul às bolinhas cor-de-rosa. Estou a ver seres humanos com virtudes e defeitos. E depois há o nível intelectual num determinado padrão que é meu. Agora campanhas negras? Poupem-me.

 

É por causa destes pequenos “sinais” - podes dizer que "ando ao papelão", paneleiiro é que não pode ser nada - que desconfio da bondade da agenda fracturante.

 

(Imagem via La Repubblica)

 

 

Avaliações

por josé simões, em 05.02.09

 

«Hoje em dia todos nós somos avaliados; os bancos, o país, as empresas e as pessoas (…) os alunos e os professores também deviam ser avaliados»

 

Gostei deste Perfeito do Indicativo usado por Ricardo Salgado na Grande Entrevista com Judite de Sousa. Escusam de vir os habituais, que o gajo é um banqueiro  e um agiota e um reaccionário e um fascista e que fala de barriga cheia, e por aí. Gostei e prontes!

 

(Foto de Al Fenn/ Time Life Picture/ Getty Images)

 

 

Sensação de vazio

por josé simões, em 15.01.09

 

Recorrendo ao parêntesis, à vírgula, ao ponto e vírgula, etc., exprimimos sentimentos vários via sms. Desconheço se existe algum símbolo que represente a “sensação de vazio”. Vou inventar um agora mesmo: (                                    ). Foi o que me ficou da entrevista a Manuela Ferreira Leite.

 

Com o beneplácito de uma Judite de Sousa que deixou a acutilância e as perguntas incómodas em Sintra, Dona Manuela enrolou, enrolou e tornou a enrolar a conversa. Sem um rasgo de génio nem um bocadinho de magia; léxico futeboleiro. Também como no futebol, e como naqueles jogos do meio da tabela para baixo, e sem o risco de dizer uma enormidade, podemos afirmar: podia estar lá até amanhã que não marcava um golo!

 

(Foto de não me lembro quem, e roubada não sei onde)