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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

O ódio da direita aos pobres

por josé simões, em 18.07.24

 

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Interessante seria saber quantos dos abrangidos por esta medida, ou que a breve prazo venham a levar com ela em cima, são eleitores do partido da taberna, pela cruz no boletim de voto, ou por terem ficado em casa no dia das eleições. "É tudo uma cambada de ladrões!", "Querem é todos tacho!", "É tudo a mesma merda!", "A minha política é o trabalho!". Os malandros, manhosos, calaceiros do subsídio de desemprego, que ali se deixam ficar, porque sim e não por um azar da vida, que usufruem duma benesse do Estado, do nosso dinheiro, e não porque descontaram para isso, para o caso de se verem nesta situação. Quem vai procurar activamente emprego com o[s] filho[s] ao colo, o Governo que opta pelo mais fácil - cortar, ao invés de cumprir a sua função - responder às carências das populações, a infância roubada pela ausência de interacção com os outros da mesma idade.

O ódio da direita aos pobres na arte de conseguir com que os menos pobres achem esta uma medida justa e racional.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

|| Coisas que o contribuinte, cumpridor dos seus deveres, faz com prazer

por josé simões, em 18.09.10

 

 

 

Entre outras, paga do seu bolso as propinas (fora “o resto”) dos seus filhos no ensino público gratuito, e paga, por via dos impostos, a bolsa de estudo (por encomenda) do filho do “carenciado” e ultra-periférico Malaquias.

 

E se fosse na ilha dos maus da Madeira?

 

(Imagem de autor desconhecido)

 

 

 

 

|| O Soba das ilhas Cor-de-Rosa

por josé simões, em 09.07.10

 

 

 

O que menos interessa aqui é se o dinheiro do contribuinte foi bem ou mal gasto.

São duas as perguntas a exigir uma resposta clara:

- A senhora foi eleita?

- A figura de Primeira-dama existe na Constituição da República Portuguesa?

 

O que vale é que Alberto João Jardim tem as costas largas.

 

(Imagem)

 

 

 

 

|| “Democraticamente”

por josé simões, em 28.05.09

 

Ou seja, “ter a coragem de, democraticamente, defender a nossa democracia”, passa por anti-democraticamente, impor aos outros a obrigação de fazer uma coisa que, democraticamente e em liberdade, não o querem fazer.

 

Dizem que este senhor é militante do partido fundado por Mário Soares e que também tem assento no Conselho de Estado.

 

(Mas por que raios é que estão sempre a falar do Chávez, do Putin, do Khadafi e do Fidel?)

 

Leitura aconselhada.

 

|| Da sucata

por josé simões, em 19.05.09

 

Leio no sítio da RTP Açores que o caso dos 48 milhões de euros do erário público esbanjados num monte de ferro e a que por força querem dar o nome de navio, chega hoje à Assembleia da República «pela mão do deputado do CDS / PP eleito por Viana do Castelo, onde o navio foi encomendado pelo Governo dos Açores».

 

Também no mesmo sítio tomo conhecimento que o «Governo dos Açores quer resolver problema da sucata no arquipélago», através do subsídio à «exportação de sucata inter-ilhas e para o Continente português», e que de «acordo com a Portaria que está a ser preparada pela secretaria açoriana do Ambiente, esses apoios poderão chegar aos 100% do custo do transporte dos resíduos».

 

Não sei se há alguma relação entre ambas as notícias, uma vez que estamos a falar de sucata. Mas parece-me um contra-senso, para não lhe chamar outra coisa, gastar 48 milhões num monte de sucata num navio, em nome da coesão inter-ilhas e em nome dessa mesma coesão subsidiar a exportação de sucata para fora das ilhas.

 

Custo da insularidade, que, dê por onde der, são sempre os mesmos a pagar.

 

 

O Mugabe dos Açores (*)

por josé simões, em 14.03.09

 

Já ouvi e li, desde os blogues aos media, malhar no Bokassa da Madeira por todas as razões e por mais aquela. E boas malhações razões, diga-se de passagem.

 

Nunca ouvi nem li, foi que o tal “da Madeira” tivesse esbanjado 48 – quarenta e oito – 48 milhões de euros do erário público num monte de sucata que a muito custo se chama de barco, e que a muito custo se consegue manter à tona, e que a ser transaccionado ao quilo, a muuuuuito custo algum sucateiro dará por ele metade do preço de custo.

 

Nunca ouvi e palpita-me que para o caso também não vou ouvir.

 

(*) ou o Alberto João “bom”.

 

(Foto roubada ao Times)