"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Em 2006 as escutas do caso Portucale apanham uma conversa entre Paulo Portas e Abel Pinheiro onde se discute a sucessão e é feita referência a um banco apontado como parceiro do CDS em vários projectos.
Entre 2011 e 2014, os anos do "apagão fiscal" relativo às transferências para offshores, do CDS Paulo Núncio metido por Paulo Portas à frente da secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais, ocultou empresa que levou à queda do BES, a "caixa negra" do GES.
Ele há coincidências que parecem coisas arquitectadas de propósito e com o intuito de manchar e denegrir o bom nome das pessoas e instituições.
Nos idos de Novembro do Ano da Graça de 2014 o Esquerda.Net e o Jornal de Negócios, ambos no mesmo dia 7 [aqui e aqui respectivamente] fizeram notícia com o graaaaaaande furo jornalístico que ontem, 4 - quatro - 4 anos depois, a SIC nos enfiou casa dentro, com direito a debate na SIC Notícias e tudo, e que terminou com o fantabulástico Zé Gomes a desculpar o Governador do Banco de Portugal, classificando-o de ingénuo, enquanto culpava o ministro Vieira da Silva pela não apresentação de contas do Montepio Geral [mas isso são contas de outro rosário, o rosário da filha da putice] . Era só isto.
Todos diferentes, todos iguais. O comunismo de Eduardo Stock da Cunha num lapidar "Duas pessoas em seis mil [colaboradores] são 0,03%. Acha que me vou preocupar?" [não fosse o "colaboradores"...]. Agora resta aguardar por quando tocar a "limpar para vender" se o comunismo de Stock da Cunha se mantém e o gestor de topo continua nos 0,03% de "dois em seis mil", igual ao ex-trabalhador-agora-colaborador que atende ao balcão, ou se salta para o nível seguinte do "todos os bancários são iguais mas alguns bancários são mais iguais que outros", fazendo juz ao nome mui português "stock da cunha, agência de colocação de emprego para amigos e conhecidos" e recorre à fórmula mágica dos gestores para lá de bons, bombeiros, para endireitar empresas: despedir por baixo, a eito e a torto e a direito.
O que nenhum super-juiz ainda explicou, de viva voz ou através dos gabinetes de comunicação do Tribunal de Instrução Criminal – Correio da Manha e Sol, mas devia, digo eu que não percebo nada disto mas que gosto de tudo muito explicadinho, até por causa dos "alarmes sociais" e tais, é porque é que com José Sócrates foi tiro e queda, da manga do avião para a choça e da choça para as buscas e rebuscas na "casa dos segredos" na Rua Bran Can como dizem na televisão, logo meia dúzia de horas depois e com Ricardo Salgado foi tiro e vá lá V. Exa. , comendador, não é mas podia ser, descansado, que a gente vai fazer uma busca e uma rebusca daqui por 120 dias, se é que aquele hiato entre a detenção para falar com o meritíssimo e as notícias do aluguer de um espaço num hotel da linha para encher de caixotes e papelada diversa não foi suficientes. Se calhar é porque os tostões do Banco Espírito Santo “não são um risco para o contribuinte” e os alegados 20 milhões de Sócrates, esse pulha, vão ser pagos até ao último avo com o dinheiro de todos nós.
[O título do post fanado ao João Pires e a imagem encontrada aqui]