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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

|| O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 19.06.12

 

 

 

"Esta situação poderá suscitar dúvidas, fazendo prever que o exame vá premiar os bons alunos"

 

Agora repitam três vezes: "vai premiar os bons alunos, vai premiar os bons alunos, vai premiar os bons alunos" e depois todos à manif dos stôres contra a avaliação que vai premiar os bons professores.

 

[Imagem "June 30, 1924, Debutantes with Summer Follies, Mary Seldon, Dora Wagner" via National Photo Company Collection]

 

 

 

 

 

 

|| Sensação de impotência e sentimento de revolta é o que me vai na alma; dá para passar no exame?

por josé simões, em 27.07.11

 

 

 

Mas, como diz o povo, a culpa também não é deles, é de quem os fez assim:

 

«se deveu ao facto de os alunos terem confundido sensações com sentimentos»

 

(Imagem de Romaric Tisserand)

 

 

 

 

 

 

 

|| Por causa da “ajuda” do Governo, mais de metade dos alunos… (*)

por josé simões, em 15.07.11

 

 

 

Bastou “um acréscimo de exigência” para se constatar que, pelos vistos, “os alunos estavam um bocado esquecidos”.

 

Como é que quem nunca soube, porque nunca lhe foi exigido que soubesse, pode esquecer? (Resta-lhes sempre o Novas Oportunidades…).

 

(*) Adaptação de uma notícia que fez manchete esta semana

 

(Imagem Love-Hate Graffiti, New Orleans, 1937 by John Gutmann)

 

 

 

 

 

 

|| Saiu-te a carta na Farinha Amparo? (Cap. II)

por josé simões, em 23.05.11

 

  

 

Parece que, além de insultarem todos aqueles melhoraram as suas qualificações pelo programa Novas Oportunidades, o que ele querem é que haja uma «educação para pobres e outra para ricos como havia antes do 25 de Abril»

 

«Saber contar até 8 bastava para pergunta de Física»

 

Cada escavadela cada minhoca…

 

(Cap. I)

 

 

 

 

 

Uma pergunta simples

por josé simões, em 19.07.07

Há uma coisa que me faz espécie; confusão; não me entra; complica-me com o sistema nervoso: todos os anos, em todas as disciplinas, em todos os exames, sucedem-se os erros nos enunciados das provas. Sempre tive o desejo de poder fazer, a quem de direito, uma pergunta simples, e gostava de receber em troca, também uma resposta simples. Quem é que elabora as provas de exame? São elaboradas pelos Contínuos, Zeladores ou afins, das escolas e dos liceus – com todo o respeito que essas profissões mereçam? Há pergunta que nunca pude fazer, tive a resposta no Público de hoje. E, afinal os senhores Contínuos e Zeladores não são para aqui tidos nem achados.

 

Primeiro escolhe-se uma mão cheia de professores do secundário, conhecedores dos programas, e um chefe de equipa. A partir de matrizes genéricas, elaboram-se potenciais perguntas e faz-se um esboço de exame. Depois a prova é auditada do ponto de vista científico, por professores do ensino superior. «Há questões que voltam para trás para serem reformuladas pelas equipas. Outras são deitadas para o lixo. (…). Até que surge a versão final Há então que resolvê-la e definir os critérios de correcção.» Aqui chegados, chamam-se alguns profs do secundário alheios à equipa, para fazer os testes ao cronómetro. O enunciado torna a ser corrigido. Por cada item retirado é feita uma redistribuição das perguntas para evitar desequilíbrios. Os exames são impressos. É feita uma revisão gráfica e duas auditorias linguísticas. Até que chegamos a Março. «Nessa altura as provas ficam em pousio durante um mês. Há uma saturação cognitiva de quem escreveu, que já não tem capacidade para detectar problemas». Passado que foi um mês «é feita uma leitura final, conferida uma espécie de check list, dado o OK final».

 

Chegamos ao exame e dá barraca! Sempre! É da praxe! É a tradição no seu melhor!

 

Ontem o director do Gabinete de Avaliação Educacional (Gave) assumiu toda a responsabilidade pelos erros detectados nas provas. É uma atitude linda não é? – Não, não é! Porque logo de seguida desresponsabiliza-se a si e a toda a gente da sua equipa ao afirmar que, não pode pedir responsabilidades a quem deixou passar os erros, porque “este é um trabalho de equipa. Só interferia se houvesse da parte de alguém displicência, falta de zelo ou dolo. Que não foi o caso.” (Público).

Senhor Carlos Pinto Ferreira: importa-se de repetir?! Na sua escala de valores o que é que pode ser considerado como «displicência, falta de zelo ou dolo»? Deve ser uma escala do “outro mundo”, porque nele não cabem as avaliações ao trabalho dos “nossos filhos”. Numa peneira tão fina como a que enunciou, chegamos ao fim e dá – desculpe a expressão -, a merda que dá, e não há ninguém para ser responsabilizado!?

Senhora ministra da Educação: uma vez que, e segundo o director do Gave, «este é um trabalho de equipa», com os péssimos resultados por todos conhecidos, não será de aplicar aqui a lei do despedimento colectivo com justa causa?

 

Depois é um “ai Jesus!” que estamos perante uma ofensiva que visa descredibilizar a classe dos professores. Fosse numa empresa privada em que a relação empresa-cliente está acima de tudo o mais, e outro galo cantaria!

 

Post-Scriptum: Qual é o salário auferido pelo director do Gave e sua equipa, e, pago pelo bolso do contribuinte?