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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Falhar o alvo

por josé simões, em 30.12.21

 

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Vai grande alarido nas "redes" com a primeira capa do Jornal de Negócios em modo "festa da mangueira", ou "menina não entra", quando o alvo devia ser não o género mas a razão por que jornais sem leitores e com prejuízos sistemáticos dão sistematicamente à primeira página os mesmos, de economistas a "empresários", do mesmo campo ideológico, com ligação zero ao mundo do trabalho, replicados ad nauseam no prime time das televisões como vozes de verdades absolutas e indiscutíveis e sem contraditório. Uma pescadinha de rabo na boca tóxica.  

 

 

 

 

Da lendária estupidez dos 'amaricanos'

por josé simões, em 05.01.21

 

 

 

Amém, ámen ou âmen (hebraico אָמֵן, grego ἀμήν, árabe آمِينَ) é um termo encontrado pela primeira vez na Bíblia hebraica e subsequentemente no Novo Testamento que indica uma afirmação ou adesão com que se concluem muitas orações nas grandes religiões monoteístas: Cristianismo, Islamismo e Judaísmo. Costuma-se traduzir o significado da palavra para o português como "que assim seja".[1] ou "assim seja"

 

O 117.º Congresso dos Estados Unidos da América é aberto com uma oração que termina com um "amen and a-women". O politicamente correcto do "a todos e a todas", "homens e mulheres" ou "eles e elas" que polui todos os discursos e declarações neste início de século não explica tudo. Amén.

 

[Via]

 

 

 

 

||| Calem-se, por favor, mas de vez!

por josé simões, em 18.04.16

 


«'Portuguesas' e 'portugueses' não é apenas um erro e um pleonasmo: é uma estupidez» É bem verdade, mas apresentemos argumentos um pouco mais científicos.


Com a preocupação de defender os direitos das mulheres, o primeiro-ministro francês fez aprovar o Decreto n.º 84-153, de 29 de fevereiro de 1984, que criou uma comissão de terminologia encarregada de estudar a feminização dos títulos e funções, assim como, de uma maneira geral, o vocabulário respeitante às atividades das mulheres.


A comissão começou a trabalhar com base no pressuposto de que a língua francesa seria machista, assumindo-se que o masculino favorecia um apagamento do feminino, que o masculino se sobrepunha e abafava o feminino. Era essa a ideia do governo francês, e foi com essa ideia que a comissão de terminologia foi criada.


Surpreendentemente para o governo, mas não para os linguistas sérios, a comissão veio declarar que a preferência pelo masculino em nada abafava ou diminuía o valor do feminino. Com efeito, diz a comissão:


«Herdeiro do neutro latino, o masculino mostra-se imbuído de valor genérico, sobretudo nos casos de plural que lhe atribuem a capacidade de referir indivíduos dos dois sexos, neutralizando assim os géneros.»


E continua, a propósito do que refere como «a regra genérica do masculino»:


«Para referir o sujeito jurídico, independentemente da natureza sexual do indivíduo referido, melhor será recorrer ao masculino, uma vez que o francês não tem género neutro.


[...]


A comissão defende que os textos regulamentares devem respeitar o regime da neutralidade das funções.»


Na mesma linha se pronunciou a Academia Francesa, chamando a atenção para a não coincidência do género gramatical e do género natural, que todos os linguistas bem conhecem. De facto, a associação do género gramatical ao género natural (ou sexo) é abusiva. As crianças podem ser do sexo masculino, assim como as vítimas e as testemunhas podem ser homens. Também o príncipe Hamlet é uma personagem shakespeariana. No entanto, a língua marca essas palavras de femininas, independentemente de o referente ser masculino ou não. O crocodilo não é necessariamente masculino nem a mosca necessariamente um animal (ou animala?, para não ser machista) feminino. Em francês, a vítima (la victime) é uma palavra do género feminino, mas a testemunha (le témoin) do género masculino. O género gramatical é uma convenção linguística, tal como o número e o caso, por exemplo.


E contrariamente ao que já foi publicamente dito, não é verdade que «a língua reflete os valores, usos e costumes da sociedade. Promove a desigualdade se usarmos uma linguagem que consagra a ideia do masculino como universal». Não é a língua que promove a desigualdade, é a sociedade que promove a desigualdade. Acusar a língua é deitar poeira para os olhos, dirimindo responsabilidades e deixando a sociedade longe de toda a culpa. A culpa é da língua?! E assim ficarão todos contentes quando falam com os colegas e as colegas.


[Continuar]

 

 

 

||| Talvez assim percebam

por josé simões, em 15.02.14

 

 

 

[Via]