Somos bons. Somos mesmo muito bons
Jogar 120 minutos com 10 contra 11, sem seleccionador, e só ser eliminado nas penalidades. Somos bons. Somos mesmo muito bons.
[A seleção no Euro numa só imagem]
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Jogar 120 minutos com 10 contra 11, sem seleccionador, e só ser eliminado nas penalidades. Somos bons. Somos mesmo muito bons.
[A seleção no Euro numa só imagem]
Morre Fausto, um dos nomes maiores da música popular portuguesa de sempre, no panteão ao lado dos dois Zés, o Afonso e o Mário Branco, e no dia a seguir são estas as primeiras páginas dos três jornais generalistas que ainda restam nas bancas. Melhor que isto só a peregrinação de um Papa a Fátima. Merecemos tudo o que nos cai em cima.
Os "40 anos disto", a hastag que nos últimos cinco anos tomou conta do Twitter, começaram quando Pinto da Costa passou a Jorge Nuno Pinto da Costa. André Villas-Boas ainda não é Luís André Villas-Boas. A incógnita é se quer ir por aí.
Jorge 'bazófias' Jesus, revoltado com os indianos e os paquistaneses que lhe roubaram mais de um milhão de euros em poupanças no BPP, foi refazer a vida a treinar um clube de futebol no Rio de Janeiro, cidade segura, nada como Lisboa, cheia de povos diferentes, etnias diferentes, falta de segurança, e de onde após breve interregno seguiu para o estado islâmico da Arábia Saudita, onde não há liberdade nem democracia mas há respeitinho, segurança e ordem, e milhares de imigrantes quenianos em situação de escravatura, vítimas de maus tratos e com elevado índice de mortalidade associada às condições de trabalho. Se calhar tem desses empregados por conta. Parafraseando o colega de profissão Manuel Machado, "um vintém é um vintém, um cretino é um cretino"
[Link na imagem]
[Imagem de autor desconhecido]
Saudi Arabia formally informs FIFA of its wish to host the 2034 World Cup as the favorite to win
[Link na imagem]
Na antevisão ao Eslováquia vs Portugal a contar para o Euro 2024 tivemos na sala de imprensa Cristiano Ró náldo [assim mesmo, com dois acentos, como dizem nas televisões] para falar dos recordes que já bateu, dos recordes que ainda vai bater, em como é muito bom, ele e o Messi, mais ele que o Messi, os clubes por onde passou, e ele e o umbigo dele e o umbigo dele e ele, que no estado islâmico o futebol é bué bom, as mulheres, as minorias, religiosas ou outras, os homossexuais, isso nem os jornalistas do pontapé-na-bola sabem o que é quanto mais ele que é o melhor do mundo e arredores, e isto tudo numa antevisão a um jogo da selecção, e que o futebol em Portugal é uma palhaçada. E tem razão. Na parte do palhaço rico.
[Imagem de autor desconhecido]
Ró náldo, que foi oferecido a todos os grandes da Europa e por todos recusado para a acabar na Arábia, diz que não volta à Europa porque o futebol na Europa coise. E os palermas do jornalismo Farinha Amparo de micro esticado sem reacção. Fala filho, fala, não porque te estejas a enterrar todo mas porque nós não sabemos mais que isto e costumamos deixar o cérebro em casa quando vimos para estas merdas. Estas ou outras. E ele falou. E ficámos a saber que até Ró náldo ir para Itália não havia futebol em Itália, depois Ró náldo foi para a Arábia e o futebol na Arábia passou a ser o melhor do mundo. O Ró náldo está para o futebol como o Paulo Querido está para as redes sociais, foi ele que inventou tudo. E finalizou "Estão a ver como eu sou bom? Já bati este recorde e este recorde e ainda a semana passada bati este recorde aqui. E até já bati o recorde do gajo que consegue falar mais vezes do próprio umbigo. Estão a ver aquela canção do Jovanotti, o L' ombelico del Mondo? Foi-me dedicada pelo próprio. #Chupa"
* Ró náldo, que é assim mesmo que todos os palermas nas televisões lhe dizem o nome, com dois acentos agudos.
[Link na imagem]
Um "português de bem", eleito deputado da Nação, passa 90 minutos de um jogo de futebol a fazer batota e, não contente com isso, agride o juiz da partida na frente de toda a gente para depois de o caso vir a público meter o rabo entre as pernas, não abrir a boca, fechar-se em copas e deixar o contraditório, a "defesa da honra", do "bom nome", a cargo de alguém que não esteve lá, não presenciou, fala de cor, o líder da agremiação a que paga as quotas. Se levasse a mesma dose de outrem do seu tamanho vinha de imediato invocar o estatuto de deputado para avançar judicialmente contra o "meliante", o "difamador", tal e qual camaradas seus que vão para a justiça assim que apodados de fascistas. Agora imaginem esta gente no poder, em cargos de governação.
[Link na imagem]