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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

"O liberalismo faz falta"

por josé simões, em 07.03.24

 

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SNS precisa de mais 29 mil profissionais para combater desigualdades

 

Há cerca de 745 mil funcionários públicos em Portugal. Na visão da IL, quantos deveria haver?

Nos últimos anos foram admitidos cerca de 90 mil funcionários, nos governos de António Costa - 90 mil funcionários a mais do que havia quando iniciou funções. Para uma legislatura, aquilo que estamos a dizer, se com esta média de saída de 20 mil funcionários, 15 mil por ano, estaríamos a dizer que reduziríamos cerca de 40 mil funcionários públicos até ao fim da legislatura. Sempre com este mecanismo de reforma, não estando aqui em causa nenhum tipo de negociações antecipadas e outras questões.

 

Rui Rocha, líder do Iniciativa Liberal, em entrevista ao Observador.

 

"Ministério da Saúde? Afuera!"

 

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A direita do tugão explicada com dois desenhos

por josé simões, em 11.11.21

 

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"Há cada vez mais funcionários públicos em Portugal". "Temos de pôr fim a esta rebaldaria geringonço-socialista". "A extrema-esquerda aposta no funcionalismo público porque é a sua base eleitoral". "Chulos". "Manhosos". "Ide mazé trabalhar!".

 

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"Há falta de tudo, tropa, médicos, professores, enfermeios, polícias". Depois a tropa, os médicos, os professores, os enfermeiros, os polícias, os auxiliares de acção educativa, os auxiliares médicos, os funcionários burocráticos que faltam para assegurar o regular funcionamento do Estado são contratados e a direita que antes berrava pelo exagerado número de funcionários públicos e depois berrou com a falta de funcionários públicos berra outra vez com a contratação dos funcionários públicos em falta. É um espectáculo deprimente.

 

 

 

 

O que a DREN nos ensinou

por josé simões, em 30.05.07

“Em 1851, quando se quis pôr termo ao carrossel de revoluções e guerras civis, um dos temas discutidos foi o do aumento de garantias ao funcionalismo. Parecia uma boa maneira de extinguir a fonte de combatentes desesperados que todas as insurreições encontravam entre os demitidos e injustiçados da administração e do exército. Terá havido ainda uma razão social. A classe média, à medida que as rendas agrícolas deixaram de bastar para manter uma posição social, descobriu uma compensação nas repartições públicas. E quis que a nova fonte de rendimentos estivesse garantida por lei contra esbulhos arbitrários. Eis o emprego vitalício. Mas convinha ainda assegurar a carreira contra quaisquer “subjectividades”. E eis a promoção por antiguidade. No século XX, o Estado Novo impôs novas condições ideológicas para a admissão no funcionalismo, mas consagrou o princípio dos direitos adquiridos. Assim se foi criando em Portugal um mundo à parte, o mundo encantado dos funcionários, que só podia aumentar, nunca diminuir, e onde havia prémios para todos.

O actual Governo ameaça acabar com este mundo antes de acabar com as suas causas: a partidarização dos serviços (como se ver pela DREN), e uma economia incapaz de gerar um número suficiente de empregos compatíveis com aspirações de classe média (como se vê pelo desemprego de licenciados). (…). É verdade que em qualquer empresa um empregado está sujeito à parcialidade das chefias. Mas, ao contrário de empresas operando num mercado aberto, o Estado é invulnerável à concorrência. Não há, por isso, custos associados à perseguição e afastamento, por mero capricho pessoal ou político, dos mais cumpridores e capazes.”

 

Rui Ramos para ler na íntegra no Público de hoje.