||| A filha da putice não tem fim?
Depois de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, à vez ou em uníssono, com cara de pau, "alguém acredita que o Governo possa ter por objectivo, tenha prazer em ter um país de miseráveis mal pagos?", aliados no Governo que não tinha um modelo de baixos salários para o país enquanto tirava dias de férias, eliminava feriados, subtraía valor à hora extraordinária até ficar quase ao mesmo preço da hora normal, facilitava o despedimento e embaratecia a indemnização a pagar pelo empregador, contra a rigidez laboral em prol da rigidez patronal, e antes de publicamente se lamentar que a única reforma que tinha ficado por fazer tinha sido a de baixar os custos do trabalho para as empresas, temos agora um personagem, Francisco Calheiros de seu nome, calhado presidente da Confederação do Turismo Português, encalhado à saída da reunião da Comissão Permanente de Concertação Social a dizer que "não há nenhum empresário que tenha prazer em pagar o salário mínimo", perante a acefalia dos tripés de microfone com carteira de jornalista. Leram bem. "não há nenhum empresário que tenha prazer em pagar o salário mínimo", no país em que a direita diz que a esquerda é contra o lucro.
A filha da putice não tem fim?
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