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Gilberto Madaíl em declarações ao Público afirma que a ineficácia dos órgãos desportivos é devida à falta de meios; “A justiça desportiva não tem os meios da justiça civil. Não temos escutas telefónicas, nem investigadores, nem detectives.”
O nosso muito obrigado pelo esclarecimento, mas tem outros “meios” como ficou sobejamente comprovado pelo processo Apito Dourado e pela prosa literária da senhora Carolina.
Reduzindo “tudo isto” a uma questão de meios e até ver, os desportivos levam ligeira vantagem; recorrendo à terminologia futebolística, são “campeões de Inverno”.
Há saída do Tribunal de Gondomar, Gilberto Madaíl frisa que é economista e não jurista e que este processo já lhe causou danos e transtornos suficientes, porque segundo o nosso ilustre dirigente federativo, tinha uma candidatura a um cargo na UEFA com 100% de hipóteses de ser eleita e teve de ser retirada devido a.
Talvez devido à sua formação em economia, resolveu economizar em meios e vai daí, três dos sete nomes propostos para o Conselho de Arbitragem estão implicados no processo “Apito Dourado”.
Carlos Esteves e Francisco Costa estão indiciados pela prática de corrupção e corrupção desportiva, José António Pereira, ex-árbitro, foi escutado a confessar que perdoou um pénalti a uma equipa da II B (recebeu como prémio, oferecido pelo presidente do Lixa, um par de sapatos!).
Madaíl como bom católico temente a Deus, é acérrimo defensor da máxima “não faças aos outros aquilo que não gostas que te façam a ti” e só por isso os nomes não são retirados da lista, como a sua candidatura ao cargo da UEFA teve de ser.
Mas também aqui nada de novo, é só mais uma extensão da dualidade de comportamentos tão bem praticados pelos nossos jogadores. Vejam-se as atitudes comportamentais em provas europeias e no campeonato nacional…
Marques Mendes, no rescaldo do cataclismo pós-Santana, começou por tentar credibilizar o partido. Os primeiros a “levarem nas orelhas” foram Valentim Loureiro e Isaltino Morais que eram arguidos em processos.
“Arguidos são arguidos, não são condenados” diz Madaíl à saída do Tribunal de Gondomar para justificar a inclusão dos nomes na lista.
Madaíl é deputado eleito pelo PSD. Excelentíssimo Senhor Dr. Luís Marques Mendes, já regressou do Brasil, ou está tão (pre)ocupado com a situação das nossas tropas no Líbano que ainda não deu por nada?
Post-Scriptum: De todos os escutados pela Policia Judiciária nunca nenhum desmentiu o teor das escutas, desde o árbitro “Imelda Marcos” até Pinto da Costa, Reinaldo Teles ou Valentim Loureiro… Alegam que as escutas são ilegais…