Resist
[Link na imagem]
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
[Link na imagem]
"O The Wall Street Journal escreve esta quarta-feira que Mário Centeno é um dos nomes apontados para substituir Lagarde na liderança do Fundo Monetário Internacional"
[Título]
O FMI não defende que os patrões e accionistas abdiquem de uma pequena parte das mais-valias, da distribuição de lucros e dividendos, não.
O FMI não defende um aumento das contribuições das empresas para a segurança social/ fundos sociais por forma a que os Estados melhor combatam as desigualdades sociais e a manter os níveis de estabilidade de quem está na reforma e de quem se encontra no desemprego, não.
O FMI tira da cartola o argumento da direita radical dos velhos reformados com a vida regalada por oposição aos novos miseráveis e desempregados e, para que não o acusem de apelar ao conflito geracional, defende a redução das contribuições sociais para os salários mais baixos, assim, só.
O FMI não defende que os patrões e accionistas abdiquem de uma pequena parte das mais-valias, da distribuição de lucros e dividendos, e as canalizem para as seguranças sociais/ fundos sociais, não.
O FMI defende mais uma etapa na descapitalização das seguranças sociais e dos fundos sociais dos Estados para depois o FMI vir defender que as pessoas não podem estar à espera do Estado na velhice, que o dinheiro não chega, que o melhor é os mais novos, os miseráveis que não vão ter uma reforma regalada como os mais velhos, com o dinheiro que poupam pela redução das contribuições sociais que invistam em seguros privados e em planos poupança reforma.
A quem é que defende o que o FMI defende?
[Imagem]
Mas em todos os aspectos e em todas áreas da vida dos portugueses, para o caso.
De um burro carregado de livros ser um doutor, passando pelo "foge cão" do tratamento por doutor a todo e qualquer burro, até a todo o doutor, senhor ou não, carregado de gravatas e a debitar o que a opinião privada gosta de ouvir, brincar impunemente com o dinheiro dos outros, dos que não são doutores nem têm para onde fugir, nem sequer supervisão prudencial ou interesseira ou comprometida que zele pelos seus interesses.
Quedas do BES e do Banif podiam ter sido evitadas
"pruridos ideológicos" e "elevado status social de alguns banqueiros”
[Imagem]
E do Deutsche Bank nunca mais ninguém ouviu falar depois de se saber que há problemas nos bancos portugueses que são um risco global, mais o crédito na China, a seca em África e o vírus Zika na América Latina e nas Caraíbas.
O Administrador Plenipotenciário do capitalismo financeiro para o sul da Europa mandou em seu nome dois sabujos a uma reunião que ele próprio marcou com os indígenas do país tutelado que, tendo alguns entrado como servos da gleba e outros como vassalos, saíram todos sabujos, como os sabujos enviados com procuração, por terem aceite participar na reunião. Lá diz o povo que quem não se dá ao respeito...
[Imagem]
É um Governo democraticamente eleito, apesar de tudo. Representa toda a gente.
Que representa toda a gente já a toda gente sabia. E que "apesar de tudo" também. Agora tem o mérito de ter sido dito e escrito.
[Imagem]
Guardar
O timing é perfeito para a novilíngua vir com "a fadiga das reformas" que é o eufemismo escolhido para suavizar o enjoo, o desagrado e a revolta que as pessoas começam a mostrar com o esbulho fiscal, o saque à classe média, o "elevador social" a funcionar sempre em sentido descendente com a diminuição de salários e pensões, com a fragilização e a precarização das relações laborais, por via do incentivo à rigidez patronal, em nome dos amanhãs que cantam e na melhoria das condições de vida de 1% da população mundial em offshores.
Greetings from Panama City.
Só por si o jornalismo engagé e a imprensa do pensamento único dominante explicam que o relatório do éfe éme i "mau" tenha tido honras de primeiras páginas e de aberturas de telejornais e o outro, o do éfe éme i "bom", tenha passado pelos intervalos da chuva?
"[...] deve ser sublinhado o sucesso da execução rigorosa do orçamento em Janeiro e Fevereiro de 2016".
[Imagem]
"FMI Não há lenha que detenha o FMI
FMI Não há ronha que envergonhe o FMI
FMI ..."
Não só a estapafúrdia regra dos 3% é cumprida como até fica abaixo da linha de água e o resto é conversa. A conversa dos dois éfe éme is que ciclicamente aparecem para nos atormentar, o éfe éme i bom, com o relatório a apontar o erro de reduzir salários e pensões, o éfe éme mi mau, a avisar que não só é preciso conter salários e pensões como é urgente cortar ainda mais. Siga.
[Imagem]
Nada de novo em o FMI vir, mais uma vez, assumir falhas no programa da troika e não se fala mais nisso o que lá vai lá vai, FMI, subtítulo "Chover no Molhado".. Nada de novo nos partidos do "não podemos diabolizar o FMI", "não precisamos de programa de Governo para nada porque o nosso programa é o programa da troika", "o Governo pode surpreender e ir mais além que as metas acordadas com a troika", "é impensável sequer pensar em colocar em cima da mesa a hipótese de uma reestruturação da dívida pública sem primeiro dar um sinal de boa-fé e empenho aos nossos credores" continuarem a papaguear que foi feito o que devia ser feito e que muito ficou por fazer mas que, apesar de tudo, correu tudo bem, que foi um sucesso e não se fala mais nisso o que lá vai lá vai. Nada de novo, portanto.
"Expectativas demasiado elevadas em relação ao efeito imediato das reformas estruturais, consolidações orçamentais feitas de forma excessivamente rápida, expectativas irrealistas em relação a uma estratégia de curto prazo de desvalorização interna e cedências no princípio de reestruturar logo à cabeça dívidas públicas pouco sustentáveis."
"As falhas dos programas da troika assumidas pelo próprio FMI"
[Imagem]
"Equivocou-se". "Numa acção de campanha". "Foi um lapso".
"O anúncio caiu como uma bomba nos meios financeiros associados à dívida pública". E fez primeiras páginas online. "Vamos continuar a pagar antecipadamente até ao final do ano porque isso significa muita poupança de juros". E fez abertura de telejornais e a todas as horas certas ao sinal horário em todas as rádios.
Vamos repetir mais uma vez: "Equivocou-se". "Numa acção de campanha". "Foi um lapso".
[Imagem]
Agora com um desenho, para quem ainda não percebeu ou que, fingindo não perceber, pensa que não acontece:
Sendo que a seguir às eleições significa isso mesmo, a seguir às eleições.
[Imagem]
Como diria a primeira-dama, pela boca do marido, já de abalada, Deus os proteja e quando lá chegarem mandem saudades que é coisa que cá não deixam, "com a ajuda da Nossa Senhora de Fátima":
«Fundo junta-se aos que duvidam que a receita líquida do IVA possa continuar a crescer ao mesmo ritmo nos próximos meses, uma condição essencial para que ocorra uma devolução da sobretaxa de IRS.»
«FMI contradiz Governo e diz que reembolsos do IVA vão acelerar no final do ano»
[Imagem]