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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

A Taberna do Papagaio

por josé simões, em 05.03.24

 

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O taberneiro sabe o nome da avó da Mariana, o taberneiro sabe o nome dos "terroristas do Raimundo" e dos "terroristas do Bloco", o taberneiro sabe o nome do gajo que no Twitter lhe vai roubar a eleição nas urnas, o taberneiro sabe o nome da escola dos filhos do Tavares, o taberneiro sabe como recuperar todo o dinheiro da corrupção, o taberneiro sabe tudo sobre a herança da mãe do Sócras, o taberneiro sabe tudo sobre os negócios da Sousa Real dos animais, o taberneiro sabe tudo sobre o percurso do Pedro Nuno desde a escola primária, o taberneiro sabe como tirar o dinheiro da economia paralela, o taberneiro sabe o nome de quem na casa-mãe lhe vai viabilizar um governo, quer o Montenegro queira ou não queira, o taberneiro sabe tudo só não sabe o nome dos financiadores da agremiação a que preside.

 

Havia nos 70's nas Fontainhas em Setúbal a Taberna do Papagaio, com o psittacidae que lhe dava o nome em cima duma lata de bolacha Maria de folha, quando a dita era vendida avulso dentro de um cartucho de papel, a repetir "gatuno! gatuno!" sempre que alguém se afastava do balcão sem pagar.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

O custo da democracia

por josé simões, em 22.09.16

 

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Que "a democracia tem um custo" vai ser o argumento a atirar à cara de quem está contra o fim das restrições ao financiamento público dos partidos, no país onde desde 2009 o sector privado tem os salários congelados ou sofre aumentos simbólicos entre os zero virgula alguns e o um por cento. Logo seguido do inevitável "populista!". E é precisamente por a democracia ter um custo que da parte dos partidos fundadores da democracia devia haver algum pudor e alguma prudência para não fomentar o aparecimento de populismos fora do sistema, agora que Paulo Portas se retirou, e que têm como objectivo último suspender a democracia.


[Na imagem Donald Trump by Scott Scheidly]

 

 

 

 

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||| O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 23.06.15

 

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O ministro da Saúde do Governo que fez a 'reforma do IRS' por via da redução dos escalões e do encolhimento da sua progressividade, é o mesmo ministro da Saúde do mesmo Governo que vem agora clamar por uma ‘reforma’ do financiamento do Serviço Nacional de Saúde por via da progressividade dos impostos, os que podem mais pagam. Ou anda distraído, ou anda a gozar com a cara dos cidadãos, ou anda a apostado em lançar a confusão a três meses das eleições...


[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

||| Numerus clausus ao numerus clausus?

por josé simões, em 11.02.15

 

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Para acabar com a maior indústria exportadora portuguesa - a dos licenciados e doutorados, como forma de filtrar braços de trabalho para os empregos mal remunerados e precários [que o Governo não tem um modelo de baixos salários e de precariedade para o país] que não há na indústria e na agricultura, ou ambas?


E dentro do numerus clausus ao numerus clausus e já que na escola neoliberal alemã travestida de austríaca tudo são números, como é que é feita a selecção, quem é que entra? Quem pagar mais, ou faz-se uma prova de avaliação e entra quem "der menos de 20 erros numa frase"?


«Novo modelo de financiamento do ensino superior impõe limite de alunos»


[Imagem]

 

 

 

 

 

||| Back in the USSR

por josé simões, em 07.07.14

 

 

 

"Quem paga encomenda a música", provérbio russo.

 

Podemos sempre recuperar a polémica anos 80, e anos-quando-der-jeito, da "traição à Pátria" pelo suposto financiamento do PCP pela então URSS, a menos que os campos da luta ideológica sejam mais, substancialmente mais, traição à pátria, para um país membro da União Europeia e da NATO, do que o campo do selling England by the ruble pound, segundo o mui liberal princípio de que o dinheiro não tem cor nem bandeira nem pin na lapela.

 

"Los Oligarcas rusos financian al Partido Consevador britânico"

 

[Na imagem "Nikita Kruschev’s shoes" at Brown University, USA]

 

 

 

 

 

|| Um Governo riscadinho

por josé simões, em 17.05.13

 

 

 

Lembram-se do liberal Pedro Passos Coelho que, antes de ser primeiro-ministro, queria privatizar a Caixa Geral de Depósitos para retirar o "peso do Estado" da economia e que, depois de chegado ao Governo, exige que a mesma Caixa Geral de Depósitos financie mais a economia ou "vamos de ter mudar a administração" [ler "substituir os boys nomeados"], lembram-se?

 

Do que ninguém se lembra é de ter ouvido Pedro Passos Coelho falar sobre que tipo de financiamento à economia exige, a que género de economia é que se refere, coisa desnecessária para os boys nomeados que perceberam bem a irritação do chefe, o "posto de trabalho" em risco, e conhecem como ninguém as prioridades económicas do Governo das marcas e das grandes empresas. A ministra Cristas, do partido da lavoura, essa continua calada. Ou a rezar para que pare de chover que já estamos quase em Junho.

 

[Imagem de autor desconhecido]